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Matérias especiais-Entrevistas
Matérias especiais-Entrevistas

Espaço dedicado a matérias especiais e entrevistas

algumas matérias foram revisadas.

Nesse ano especial onde lembramos os 45 anos

sem Elvis confiram essa excelente matéria

sobre Elvis e a música negra que foi escrita pelo

nosso amigo, membro e colaborador do fã clube

Solidônio:

ELVIS E A MÚSICA NEGRA:  

APROPRIAÇÃO OU PROMOÇÃO CULTURAL? 

Elvis Loved Him. What's With the Hall of Fame? - The New York Times

O ano de 2022 foi marcado por dois eventos significativos para os fãs de Elvis, especialmente os fãs brasileiros – o lançamento da biografia traduzida “O Último Trem Para Memphis” de Peter Guralnick e, mais recentemente, a estreia mundial da cinebiografia intitulada “Elvis” de Baz Luhrmann.  Desde o seu lançamento, o filme tem sido sucesso retumbante de bilheteria e crítica. Somente nos Estados Unidos, ultrapassou a marca de 100 milhões de dólares de arrecadação. No Brasil, fala-se em cerca de 18 milhões.  

Não obstante, a exibição do filme fez recrudescer um tema antigo e recorrente, o de que Elvis teria se apropriado da música negra para se autopromover. Alguns críticos afirmam que o filme superestimou a amizade de Elvis e BB King, forçando uma falsa aproximação entre Elvis e a comunidade negra. Outros dizem que Elvis apropriou-se da música negra para galgar o estrelato. Mas, depois da fama, mudou de estilo e abandonou os negros e a black music. Será verdade?  

Apropria-se significa apoderar-se ou tomar posse de algo que não lhe pertence.  Na sociologia, ocorre apropriação cultural quando uma pessoa ou grupo social hegemônico passa a reproduzir comportamentos de grupos marginalizados sem gerar benefícios a quem produziu essa cultura. Trata-se de um mecanismo de opressão e dominação, cujo objetivo é apagar o potencial de grupos inferiorizados, esvaziando de significado todas as suas produções como forma de promover o seu genocídio simbólico. Será que Elvis se enquadra nesta definição?  

É certo que alguém só pode apropriar-se culturalmente de algo que não lhe pertence. Então como Elvis poderia apropriar-se da cultura negra se a mesma já estava entranhada nele desde a infância e muito antes da fama? Se não, vejamos.  

 

Desde muito cedo, e crescendo em uma comunidade pobre do sul, Elvis passou grande parte de seus primeiros anos absorvendo a música de comunidades negras empobrecidas. Estes locais incluíam a comunidade Shake Rag em Tupelo, onde hoje existe uma placa honorífica de bronze cuja inscrição declara que, naquela comunidade, o menino pobre foi influenciado pelo gospel e blues dos negros.  

Tempos depois, Elvis se tornaria frequentador assíduo da Beale Street, um dos redutos afro-americanos mais importantes de Memphis, repleto de bares, clubes e músicos. Elvis, ainda um adolescente branco, ousou cruzar a linha perigosa da segregação racial ao frequentar lugares como esse. Segundo o jornalista e historiador David Marsh, mais que um frequentador, Elvis era o único branco a cantar Blues em clubes da Beale Street, como o Paradise e o Handy.  

Ao contrário da maioria dos brancos, Elvis adorava frequentar a Igreja Batista da East Trigg, onde se ouvia música gospel negra. Nesta época, o reverendo e compositor afro-americano Herbert Brewster era pastor da igreja. Em entrevista, Brewster recorda-se do jovem Elvis daquela época: “Elvis era um feixe de energia explodindo em música... e o seu eco nunca morrerá”.  Quando aluno da Humes High School, Elvis usava camisa cor de rosa e cabelos engomados parecidos com aqueles da Beale Street. Ele também era ouvinte inveterado da WDIA, uma rádio de Memphis especializada em música negra e que o influenciou profundamente.  

Elvis comprava suas roupas na Lansky Bros, uma loja que se transformou num centro de moda quando a Beale Street já era reduto de clubes de Blues e Jazz. Os clientes da Lansky Bros eram principalmente negros, o que incluía músicos como Lionel Hampton, Duke Ellington e BB King.   Segundo Sam Philips, Elvis adorava vestir-se à moda dos negros, cuja regra era manter-se diferente com roupas chamativas. Talvez por isto, Elvis era considerado um branco que se vestia como negro, cantava como negro e tinha voz de negro.  

Em entrevista recente concedida ao diretor Baz Lurhman, o amigo de infância de Elvis, Sam Bell, afirma que o menino Elvis passou a integrar o seu grupo de amigos negros assim que foi morar na vizinhança do bairro, mesmo com a política de segregação daquela época. Segundo Bell, o único momento em que eles se separavam era durante o período escolar. Isto porque Elvis tinha que ir para uma escola de brancos, e ele para uma de negros. Bell completa dizendo que Elvis frequentava livremente a sua casa e era muito querido dos seus pais, pois sempre os tratava educadamente por senhor e senhora, um tratamento incomum dado aos negros daquela época.  

O conceito de apropriação cultural também remete à ideia de exploração, pois o apropriador não produz benefícios para o grupo minoritário que produziu a cultura. Mas, o que Elvis fez ao rhythm and blues dos negros foi exatamente o contrário. Aqui, arriscamos dizer que Elvis realizou uma promoção, e não uma apropriação da música negra; promoção que pode ser sentida não apenas na música, mas também na relação afetiva entre Elvis e grandes expoentes da música afro-americana a quem Elvis ajudou, direta ou indiretamente.  

Segundo Little Richard, cantor negro que se declarou seu amigo pessoal, Elvis foi um grande integrador, permitindo que as portas fossem abertas para a música negra antes marginalizada. Declaração semelhante foi feita pelo soulman negro James Brown que disse: “eu o amava, ele era o meu irmão... Eu fui o nº 1 do soul e Elvis o nº 1 do mundo. Espero vê-lo no céu. Segundo George Klein, James Brown frequentava Graceland vez ou outra. Às vezes, Brown estava na cidade e simplesmente ligava para Elvis a fim de passarem a noite juntos cantando música gospel.  Quando na morte de Elvis, Brown compareceu ao seu funeral, onde permaneceu visivelmente abalado e imóvel no canto da sala por um longo período antes de se juntar ao resto dos ilutados.

Fato altamente emblemático aconteceu em 1956 quando o jornal “The Memphis World” noticiou que “o fenômeno do rock and roll quebrou as leis de segregação de Memphis” ao comparecer a um evento beneficente para arrecadação de fundos para crianças negras carentes. O evento, destinado aos afro-americanos, aconteceu nos bastidores do Goodwill Revue Ellis Auditorium e fora patrocinado pela rádio WDIA. Nesta noite, Elvis se apresentou com vários expoentes da música negra que o influenciaram, como Ray Charles, BB King e Rufus Thomas. Elvis compareceu como convidado surpresa, causando grande alvoroço entre as meninas de cor, demostrando o quanto ele era querido pela comunidade negra.  

Quando Elvis fez sua primeira turnê pelo Texas em 1970, os organizadores do show disseram que as garotas negras do Sweet Inspiration,  que eram backing vocals de Elvis, não eram bem-vindas e que poderiam ficar em casa. Elvis ficou muito aborrecido e respondeu: “se elas não puderem ir, eu também não vou”. Mais que isto, Elvis exigiu que elas tivessem tratamento de estrelas, desfilando com ele em carro aberto para que todos do estádio pudessem vê-las. Foi exatamente assim que aconteceu.  

Ao longo de sua vida profissional, Elvis foi rodeado de pessoas negras, seja em casa, nos estúdios, filmes e shows. Na internet, são incontáveis as fotos onde se vê Elvis abraçado e beijando fãs negros e artistas de cor. Elvis também possuía relação de amizade com muitas estrelas afro-americanas, a exemplo de Muhammad Ali, Jackie Wilson, Sammy Davis Jr, BB King e James Brown. No palco, Elvis era acompanhado de músicos negros, como Sherman Andrus do grupo The Imperials e as garotas Sylvia Shemwell, Cissy Houston (mãe de Whitney Houston), Estelle Brown e Myrna Smith, todas do grupo vocal Sweet Inspiration que acompanhou Elvis até o fim de sua carreira.

 

Existem controvérsias acaloradas sobre o grau de amizade entre Elvis e BB King, um dos maiores, talvez o maior ícone negro do Blues. Para a escritora Alanna Nash, Elvis e BB King eram simplesmente conhecidos e colegas de trabalho da Sun Records. Mas, esta afirmação não condiz com o relato do próprio BB King que escreveu em sua autobiografia: “muitas vezes, depois que terminávamos os shows, eu subia as escadas e ia até a suíte de Elvis. Eu tocava minha guitarra Lucille e Elvis cantava. Outras vezes, nós revezávamos. Era a maneira de Elvis relaxar. Naquele momento, nós éramos os Blues Brothers originais porque aquele homem conhecia mais músicas de Blues do que a maioria dos artistas do ramo”. Nesta declaração, King se referia aos encontros na suíte de Elvis do Hotel Hilton em Vegas, local onde Elvis ajudou BB King a se apresentar.

Outras referências da música negra que declararam publicamente o seu reconhecimento e admiração a Elvis incluem Stevie Wonder, Rufus Thomas, Jackie Wilson, Al Green, Chuck Berry, Isaac Hayes, Howlin Wolf e Sammy Davis Jr. O próprio Chuck Berry afirmou que nunca se considerou o pai do rock, mas peça de uma engrenagem formada de grandes nomes da música, entre os quais estavam Fats Domino, Little Richard, Bill Haley e Elvis. Em contrapartida, Elvis era grande admirador de Berry, tanto que gravou várias canções dele, a exemplo de Memphis Tennessee, Too Much Monkey Business, Promised Land, Maybellene e a clássica Johnny B. Goode.  

John Lee Hooker, um dos maiores gigantes negros do Blues norte-americano, prestou uma homenagem a Elvis, dedicando a ele a canção “Tupelo”, uma música que fala da destruição da cidade por uma inundação em 1927. Hooker inicia sua performance chamando Elvis de verdadeiro amigo, dizendo que ele foi um dos maiores que já existiu e chamando-o simplesmente de rei.  

Elvis também não escondia sua admiração por cantores afro-americanos. Uma das maiores referências negras de Elvis foi Roy Hamilton, cantor de estilo semiclássico e com forte característica gospel. Muitas das gravações de Elvis podem ter sido inspiradas em canções consagradas na voz de Hamilton, a exemplo de You’ll Never Walk Alone, Unchained Melody, Pledging My Love e Hurt. Em 1969, Elvis e Hamilton trabalharam juntos no American Sound Studio de Memphis, local onde Elvis cedeu a Hamilton a música “Angelica” que ele mesmo iria gravar. A canção fez parte do último single de Hamilton, cuja voz foi silenciada naquele mesmo ano devido a um derrame.  

Brook Benton, cantor negro de rhythm and blues, também era um dos preferidos de Elvis. Por muito pouco, Elvis não chegou a gravar um dos seus maiores êxitos, a canção Rainy Night in Georgia, que estava agendada para uma sessão de gravação a ser realizada por Elvis na cidade de Nashville em janeiro de 1977. Infelizmente, por razões ainda hoje controvertidas, a sessão foi abortada de última hora e nunca chegou a acontecer.  

Mohamed Ali, campeão negro de box e amigo de Elvis até o seu falecimento, esteve em Memphis em 1985 para os eventos alusivos à morte de Elvis.  Nesta oportunidade, Ali declarou: “nós negros somos engraçados com relação à música. Não vamos seguir alguém, a menos que ele tenha alma... O único garoto branco que tinha alma e podia cantar tão bem quanto os negros era Elvis”. Ali e Elvis se conheceram em Vegas, ano de 1973. Elvis presenteou Ali com um manto branco personalizado e cravejado de joias, e Ali presenteou Elvis com um par de luvas onde ele escreveu: “você é o maior”.  

Mary Jenkins Langston trabalhou como cozinheira de Graceland durante 14 anos. Mary declarou que Elvis a tratava como membro da família, chegando até a presenteá-la com uma casa e quatro carros. Outra cozinheira de Graceland, também afro-americana, foi Nancy Rooks, que trabalhou para Elvis até a sua morte. Em seu livro, Nancy afirma que Elvis disse-lhe certa vez: “eu não quero ser tratado como estrela em minha própria casa”. E Nancy respondeu: “então vou tratá-lo como se fosse meu irmão”

Informação pouco conhecida dos fãs é o fato de que Elvis também namorou mulheres negras. Esta revelação, publicada pelo site theelvisforum-phoenix, encontra-se no livro intitulado “Inside Graceland, cuja autora é a cozinheira de Elvis, Nancy Rooks. De acordo com a matéria, Elvis teve um relacionamento com uma jovem afro-americana chamada Magnolia Maggie Smith, que foi contratada por Elvis para trabalhar em Graceland como secretária executiva em meados de 1974. Segundo a matéria, Maggie era estudante universitária, e Elvis a contratou a fim de ajudá-la economicamente e encorajá-la nos estudos. A existência de Maggie é citada na biografia de Peter Guralnick, mas o autor subestima a importância dela na vida de Elvis, descrevendo-a simplesmente como uma secretária de Graceland. Todavia, novas revelações sobre Maggie apareceram com a publicação do livro “The King Elvis, Maggie Smith & Presley Tradition of Respect for People of Color”. O livro dedica cerca de 30 páginas à estória de Maggie, dizendo que a mesma foi, além de secretária executiva, babá de Lisa Marie e confidente muito próxima de Elvis. Infelizmente, Maggie faleceu misteriosamente em 1979 e poucas informações existem sobre ela. 

Em depoimento concedido ao documentário This Time, uma das cantoras negras do Sweet Inspiration, Myrna Smith, declarou que Elvis a tratava como uma princesa. Mais que isto, ele também demonstrou interesse em relacionar-se com ela. Myrna disse que eles sempre flertavam um com o outro, e que ambos compartilhavam um tipo especial de sentimento, ainda que nada sexual tenha efetivamente se concretizado. Myrna completou dizendo que preferiu manter a amizade por causa da relação profissional, e também pelo fato da mesma já ter um namorado.

No especial da TV americana NBC de 1968, Elvis aparece ao lado de um grupo vocal de três cantoras negras, The Blossons. Nesta oportunidade, o especial também mostrou a performance do bailarino e coreógrafo negro Claude Thompson. Elvis encerra o especial da NBC com a canção If I Can Dream em homenagem ao ativista negro dos direitos civis que fora brutalmente assinado em Memphis, Martin Luther King. Depois da gravação, Elvis foi para a sala de edição e fez sua tomada preferida ser reproduzida repetidas vezes. Ele ficou tão emocionado com a canção que disse a Steve Binder, o diretor: "Nunca mais vou cantar outra música em que não acredite”.  

Interessante que Elvis não gostava de ser chamado de rei, refutando veementemente a alegação de que teria fundado o rock and roll. Em 1957, numa entrevista à Jet Magazine, Elvis declarou: “muita gente diz que eu comecei o rock, mas o rock and roll já existia muito antes de mim. Ninguém consegue cantar essa música como os negros. Vamos falar a verdade! Eu não consigo cantar como Fats Domino, eu sei disto”. Anos depois, em 1969, durante uma entrevista coletiva em Vegas, Elvis interrompeu um jornalista que o havia chamado de rei. Elvis apontou o dedo para Domino que estava presente na sala e disse: “ali está o verdadeiro rei do rock and roll.” 

O argumento de que Elvis enriqueceu assinando composições de autores negros é totalmente calunioso. Elvis nunca assinou músicas de outrem, fossem eles negros ou brancos. Um exame rápido da discografia de Elvis revela que os álbuns dão os devidos créditos aos compositores das canções. Além disto, Elvis fazia questão de citar o nome dos autores até mesmo durante os shows e entrevistas.  

Outra injustiça é dizer que Elvis usou a música negra como trampolim, abandonando-a logo após da fama. Tal afirmação reflete grande desconhecimento do repertório gravado por Elvis nas décadas de 60 e 70. Ao longo de toda carreira, canções com forte influência do Blues podem ser ouvidas, tanto nas gravações de Nashville, como nas trilhas sonoras dos filmes. Mesmo na década de 70, Elvis nunca deixou de gravar Blues, fato que pode ser comprovado em canções como Shake a Hand, Got My Mojo Working, Steamroller Blues, Merry Christmas Baby, Three Corn Patches e tantas outras. Durante os shows, Elvis sempre revisitava os clássicos do Blues que o consagrou no início da carreira.  

Versátil como ninguém, o menino pobre de Tupelo exerceu o papel de muitos “Elvis”: o Elvis inspirado do gospel, o Elvis latino das rumbas e o Elvis romântico das baladas country. Todavia, um dos papéis mais relevantes, talvez o maior de todos, foi o Elvis bluesman da música negra, o Elvis que ousou romper as barreiras do preconceito quando a segregação racial era institucionalizada e política de governo. Este foi, inequivocamente, um dos seus maiores legados sociais para a América e para o mundo. Resta, aos seus detratores, culpá-lo de ter a pele branca, mas nunca de esvaziar a cultura negra, tampouco de promover o seu genocídio simbólico.  

Viva Elvis! 

Solidonio  

Colaborador do almostelvis.jp 

05 de agosto de 2022;  

REFERÊNCIAS EXTERNAS: 

https://www.youtube.com/watch?v=GP5Yorsa5uI 

https://www.youtube.com/watch?v=NH2r4wjYK8M&t=21s 

https://www.iloveoldschoolmusic.com/elvis-loved-black-women-his-background-singer-had-quite-a-tell-tale-story-to-share/ 

https://www.elvispresleymusic.com.au/pictures/1956-december-7.html 

https://lanskybros.com/blogs/news/clothier-to-the-king 

https://theelvisforum-phoenix.com/viewtopic.php?t=10676 

https://www.elvis.com.au/presley/elvis-not-racist.shtml 

https://www.tupelo.net/vendor/tupelo-cvbformer-site-of-shake-rag-district/ 

https://www.elvis.com.au/presley/the-definitive-truth-about-elvis-presley-and-racism-according-to-b-b-king.shtml 

https://elvisblues.blogspot.com/2020/09/elvis-racista.html 

https://rollingstone.uol.com.br/musica/elvis-presley-e-bb-king-eram-realmente-amigos/ 

  

 

Pequena história de Elvis com o livro “Letters of Helena Roerich"

A fotografia acima mostra Elvis Presley em 1977, 
embarcando em seu

avião particular enquanto agitava uma cópia de
“Cartas de Helena Roerich 1935-1939, Volume 2.” O livro foi dado a ele por seu amigo e
conselheiro espiritual Larry Geller.

Elvis estava interessado em aprender
sobre espiritualidade oriental e misticismo.

Ele ficou particularmente impressionado com o
trabalho de Helena Blavatsky,

cujos ensinamentos teosofistas
influenciaram grandemente os Roerichs.

Elvis era conhecido por ler trechos do
livro "A Doutrina Secreta" de Blavatsky em voz alta

para o público enquanto ele estava no palco. Elvis estudou as cartas de Helena Roerich de perto,
anotando e sublinhando muitas passagens.

Na foto abaixo, você pode ver uma página da cópia
do livro de Elvis com suas anotações.

Ele sublinhou as palavras de Helena:
"Enquanto isso, os sonhos proféticos,
o melhor de tudo,

informam a humanidade sobre o futuro." Abaixo,
ele escreve: “Tememos a morte, mas ansiamos
por sono e belos sonhos.”


Sobre a autora:
Helena Roerich era uma mulher excepcionalmente talentosa,
autora de muitos livros. 
Suas Cartas reunidas, em dois volumes,
são um exemplo da sabedoria,
percepção espiritual e conselho simples
que ela compartilhou com uma multidão
de correspondentes - amigos, inimigos
e colegas de trabalho.

Elvis Monteiro-Almost Elvis JP.

 

 

Renato Barros não conheceu os Beatles, mas esteve em dois Shows de Elvis Presley!

Renato & Seus Blue Caps: 60 anos comemorados com show na sexta O ...

ISTO É RENATO BARROS! 2019 / 2020 | WE LOVE THE BEATLES FOREVER

Alguns artistas de todos os tempos influenciaram de alguma forma o guitarrista, cantor, compositor e produtor Renato Barros, outros ele simplesmente é fã, como é o caso de Elvis Presley!

 

Em 1972 quando esteve em Las Vegas o artista teve oportunidade de assistir a dois Shows de Elvis Presley, juntamente com Pedrinho Medeiros, que na época era o baixista da banda Renato e Seus Blue Caps.

 

Quando foram para os Estados Unidos, a meta de Renato e Pedrinho era Los Angeles e queriam visitar a Disneyland.

 

Quando chegaram ao Aeroporto em Los Angeles, Renato comprou um carro velho da marca Oldsmobile, era conversível, “uma onda” na época, e seguiram viagem para conhecer a Disney.

Quando estavam viajando pela “Free Way” (aquelas estradas largas de lá), no meio do caminho avistaram um outdoor enorme anunciando um Show de Elvis Presley, e as datas coincidiam com a viagem deles.

 

Renato diz que um olhou para a cara do outro já com a ideia de ir ver aquele show.

 

Antes de chegarem à Disney, pararam em um Posto de gasolina na estrada e perguntaram qual era a distância de lá até Las Vegas, e a informação foi que era muito longe, cerca de 270 milhas, e teriam até que atravessar o Deserto de Nevada.

 

Eles ainda levaram o carro para um mecânico examinar, e este desaconselhou a longa viagem, dado que o carro era muito velho, mas os dois não desistiram!

 

E é o próprio Renato quem conta esta história:

 

“O mecânico disse que o carro não iria aguentar a longa viagem, mas nós não desistimos.

 

Demos uma passadinha na Disney, loucos pra seguirmos logo viagem pra vermos o Elvis, e conseguimos chegar naquela mesma noite para o Show que iria acontecer no International Hilton Hotel.

Nós assistimos ao Show, fiquei maravilhado por ter visto o Elvis ao vivo e tal, e voltamos para o nosso Hotel.

 

De manhã cedo nós saímos para o comércio local para procurar coisas de instrumento musical, coisas pra guitarra, aqueles pedaizinhos de distorção, enfim, ver quais eram as novidades lá nos Estados Unidos pra gente comprar e trazer para o Brasil.

 

Fomos a várias lojas até que nós paramos em uma loja bem pequenininha e ficamos olhando a vitrine... assim... Aí o dono da loja veio até a porta e perguntou se a gente estava querendo alguma coisa.

 

Dissemos que só estávamos olhando e ele logo disse pra gente entrar e tal... Sempre muito simpático, começamos a conversar, contamos que éramos do Brasil, começamos a falar de música, e de repente ele apontou para a calçada e disse, estão vendo aquele rapaz que está lá na calçada olhando a vitrine, segurando um case de violão e umas partituras debaixo do braço? Aquele é o John Wilkinson, guitarrista e secretário do Elvis.

 

O cara entrou na loja, ele já era cliente, fomos apresentados a ele e começamos a conversar, ele pensou até que nós tocássemos Bossa Nova, por sermos do Brasil, e nós fizemos amizade com ele e até aquele momento ainda não havíamos mencionado que tínhamos ido ao Show de Elvis na noite anterior.

 

E foi então que ele nos convidou, dizendo vão lá assistir ao show no Hilton... E abriu uma pasta de couro, tirou duas credenciais e entregou pra gente.

 

Eu ainda falei, não... mas nós já vimos o Show ontem... Mas ele insistiu, dizendo pra gente ir de novo e procurá-lo lá depois do Show.

 

E nós fomos, assistimos ao Show do Elvis pela segunda vez e no final, como ele havia dito pra gente ir lá procurar por ele, nós fomos.

 

Chegando ao camarim estavam lá os músicos do Elvis, entre outras pessoas, e começamos a conversar ali no corredor do camarim até que de repente o Elvis passou...

 

E quando ele passou o John Wilkinson, que estava conversando com a gente, o chamou e nos apresentou dizendo que éramos músicos brasileiros.

 

O Elvis se aproximou, disse “Hi” (olá) e também perguntou se a gente tocava Bossa Nova (risos).

 

O papo foi rápido, não foi longo, mas marcou a minha vida! Já imaginou você conversar com o seu ídolo de adolescência? Eu fiquei doido, eu já tinha uns trinta anos de idade naquela época.

 

E esta foi a minha história com Elvis”.

 

 

Neste documentário exibido pela TV em 2002, com narrativa de Lisa Tarbuck, podemos ver algumas cenas daquele Show em Vegas...

 

https://www.youtube.com/watch?v=uiMEcVf2M7E&feature=youtu.be

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Por Lucinha Zanetti
(Autora do Livro "Renato Barros: Um Mito, Uma Lenda")
O livro está à venda pelo Site Amazon:

 

"The Love you Take, is Equal to the Love, You Make!"

As 50 Vozes de Elvis

No passado, dizia-se que um artista era considerado completo quando era capaz de dançar, cantar e interpretar. Elvis, ainda que não fosse um dançarino técnico, atuou em 31 filmes de Hollywood e foi cantor profissional desde muito jovem até a sua morte pré-matura aos 42 anos de idade. As biografias mais reputadas atestam que Elvis tinha grande potencial para as artes cênicas. Uma das suas melhores atuações, senão a melhor, foi no filme balada sangrenta (King Creole) de 1958. Entretanto, a trajetória de Elvis como ator foi frustrada e o seu potencial dramático subutilizado. Isto aconteceu não por falta de talento, mas pela imposição de produtores cinematográficos e do seu próprio empresário.  Os filmes, sobretudo aqueles da década de 60, tinham roteiros ingênuos e repetitivos, puramente comerciais. Não havia a preocupação de promover o Elvis ator, mas sim de utilizar o cinema como mídia para divulgar o Elvis cantor. 

Em 1968, exatamente com o filme Change of Habit da Universal Pictures, Elvis estreia o seu último filme de Hollywood. Ele abandona a atividade paralela de ator e cantor, dedicando-se integralmente aos estúdios de gravação e aos palcos. A partir daí, Elvis simplesmente cantou, e cantou magistralmente até o fim. Sentia a necessidade de cantar a todo momento, seja na informalidade dos ensaios, no backstage, em casa com os amigos e no intercurso entre um show e outro. Cantava até sozinho, acompanhado por ele mesmo ao piano ou violão, onde extravasava suas alegrias e angústias. 

É sabido que Elvis dominava bem o piano, violão, guitarra e contrabaixo. Algumas vezes, também se arriscou na bateria. Todavia, Elvis não se notabilizou como músico. Ele não era um solista exímio em qualquer um destes instrumentos. O seu maior predicado como artista foi indubitavelmente a voz, e que voz!

A extensão e a qualidade vocal de Elvis impressionam até aqueles que não são admiradores. Ele possuía um registro vocal flexível, com tessitura e alcance extraordinários, o que lhe permitia alcançar notas muito difíceis, algo incomum para um cantor não lírico de música popular. Interessante que Elvis nunca teve aulas formais de canto ou mesmo formação clássica em teoria musical. Aprendeu tudo naturalmente na experiência prática, demonstrando uma habilidade inata típica dos gênios. Talvez, a forte influência dos grupos de música gospel tenha contribuído para o desenvolvimento destas habilidades.

Os prodígios musicais geralmente se manifestam com alguns sinais típicos e característicos,  incluindo interesse musical desde a infância, capacidade de identificar tons específicos, habilidade para tocar de ouvido, improvisação e memória musical de longo prazo para harmonia, melodia, ritmo e tempo. Elvis reunia todos estes predicados, além de possuir a capacidade de interagir de maneira dinâmica e cativante com o público.

Tecnicamente, Elvis é descrito como um barítono e tenor. Define-se barítono como a voz masculina intermediária, cujo registro é mais agudo que o baixo, porém mais grave que o tenor. Por outro lado, o tenor é a voz masculina mais aguda do registro modal. Exemplos de tenores conhecidos incluem Andrea Bocelli, Plácido Domingo, Caruso e Pavarotti. O livro intitulado The Great American Popular Singers (Henry Pleasants) diz que a voz de Elvis cobria duas oitavas e mais uma terceira, indo desde o sol grave de um barítono até o si agudo de um tenor. Possuía uma extensão em ascensão de falsete que chega, pelo menos, a um ré bemol. A melhor oitava de Elvis situa-se no meio, de ré bemol a ré bemol, concedendo um passo adicional, quer seja para cima ou para baixo. Muitas vezes, ele atingia o "dó de peito", que corresponde a nota sol 3, feita com voz de cabeça,  como se fosse um falsete. No artigo intitulado The Fifty Voices of Elvis (www.elvis.com.au), Jim Burrows diz que, em 23 anos de carreira, Elvis produziu, aproximadamente, cinquenta vozes diferentes, varrendo de cima a baixo o registro vocal. Se alguém, que nunca conheceu Elvis, ouvisse uma relação de músicas selecionadas, pensaria trata-se não de uma, mas de várias vozes distintas.

É fato que a voz de Elvis se modificou bastante ao longo do tempo. Muitas vezes, o Elvis dos anos 50 tem voz quase irreconhecível quando comparado àquele dos anos 70. Por isso, o público geral pensa tratar-se de cantores diferentes. Compare-se, por exemplo, a voz estridente de Jailhouse Rock de 1957 à voz grave e aveludada de Love Letters de 1970 e He'll Have to Go de 1976. A diferença é nitidamente abissal. O mesmo se pode afirmar do Elvis da década de 60, cuja voz, ainda que distinta, se aproximava mais do Elvis jovem que do Elvis maduro dos anos 70. Neste ponto, cumpre-nos fazer algumas reflexões. Afinal, foi a voz de Elvis que mudou ou simplesmente a maneira pela qual ele a impostava? Porque a voz ficou tão mais grave com o decorrer do tempo? Quando esta mudança começou exatamente?

Biologicamente, a diferença entre a voz aguda e grave depende da morfologia das pregas vocais da laringe. Nos homens, as pregas vocais são mais grossas e elásticas, vibrando a 125Hz aproximadamente. Nas mulheres, as pregas são mais finas e tensas, fornecendo frequências maiores, em torno de 250Hz. Durante a puberdade, a voz do homem fica mais grave porque a testosterona aumenta a massa das pregas vocais e provoca hipertrofia da laringe. Geralmente, o período de muda vocal acontece entre os 13 e 15 anos para os homens. Mas, estes limites não são fixos e podem variar.

Quando Elvis começou profissionalmente, ao redor dos 20 anos de idade, é muito provável que sua voz já estava biologicamente definida. Portanto, os melhoramentos posteriores foram o resultado de treinamento e ajustes. De fato, já nos anos 50, as gravações de Elvis  revelam uma grande versatilidade e extensão vocal. Neste tempo, Elvis literalmente brincava com a própria voz, realizando variações tonais e peripécias das mais diversas. A voz podia se transformar de aguda e estridente em suave, polida e grave. Tome-se, como exemplo, a canção Peace in The Valley, onde Elvis canta com voz solene, suave e cheia. No extremo oposto, estão canções como Hound Dog One Night, onde a voz é áspera e gritante. Portanto, desde o início, a voz de Elvis já possuía os requisitos básicos que o acompanharia ao longo da carreira.

Na década de sessenta, já é possível perceber algumas tendências na imposição da voz. É nesta época que a voz de Elvis flui da maneira mais natural. Nota-se, em muitas canções, que Elvis não realiza grandes esforços, seja para baixo ou para cima. Canções como Never EndingAngelKuipo e I Met Her Today revelam uma voz cândida, amena, afinadíssima e sem grandes sobressaltos. Porém, há momentos mais raros em que ele vai aos extremos, como se verifica ao final de You'll Be GoneSurrender e It's Now or Never. Nitidamente, percebe-se que Elvis explora livremente o seu potencial, sem preferência de uma tonalidade em detrimento da outra.

Uma transformação insidiosa, porém relativamente rápida, acontece na voz de Elvis no final dos anos 60. Trata-se de um período de transição, onde Elvis começa a manifestar sua preferência pelos tons graves e voz nitidamente mais impostada. Define-se impostação como um recurso técnico no qual a voz é corretamente colocada em diferentes focos de ressonância,  incluindo os focos nasal, laríngeo e faríngeo. A técnica, muito utilizada por cantores e locutores, requer respiração adequada e controle muscular da laringe e do diafragma.

É exatamente nesta época, fim do anos 60, que Elvis grava a canção sacra How Great Thou Art (1967), faixa título do seu primeiro álbum a lograr o prêmio Grammy. Nesta música, Elvis soa quase como um cantor lírico, com voz cheia e carregada, quase escura em alguns momentos. Esta tendência pode ser vista nas gravações de estúdio posteriores. Até mesmo na trilha sonora dos últimos filmes, como na canção Almost in Love (1968), já se percebe alguma diferença. O mesmo se pode dizer das gravações ao vivo, incluindo aquelas do Comeback Special da NBC (1968) e dos inúmeros shows gravados em Vegas em 1969. Neste período, Elvis muitas vezes canta com voz grave e gutural, principalmente nas gravações do Comeback Special.

A partir de 1970, a voz de Elvis consolida-se definitivamente com sua tessitura e impostação características. Interessante que a voz grave e impostada é aquela mais perseguida pelos imitadores de Elvis, talvez porque seja a mais fácil de ser imitada. Ainda assim, são poucos os imitadores competentes que conseguem se aproximar do timbre de Elvis. Quando conseguem, são exitosos em algumas notas, mas fracassam em outras, demonstrando que a voz de Elvis era ímpar, excepcional e cheia de nuances.  É muito mais difícil imitar o Elvis dos anos 50 e 60 que o Elvis dos anos 70. Maior prova disso é o grande número de covers que fazem o Elvis maduro de macacão e gola alta. Mas, pouquíssimos se arriscam a fazer o Elvis jovem irrequieto de paletó dourado.

Há quem diga que Elvis, na medida em que engordou, ficou com a voz mais grave e pesada. O mesmo se pode dizer de Tim Maia, cuja voz ficou mais profunda e cheia com o tempo. Estudos científicos sugerem alterações vocais nos indivíduos obesos. A voz tende a ficar mais rouca, soprosa, instável e estrangulada. Mas, estas alterações não justificam as mudanças sofridas por Elvis, cuja voz só melhorou com o tempo, alcançando o máximo no final de sua vida. Além disso, a voz de Elvis já era impostada e grave muito antes dele engordar.

Parece-nos que essas transformações foram motivadas muito mais pela escolha técnica do próprio Elvis do que por fatores puramente biológicos. Interessante que a mudança vocal foi um caminho sem volta, irreversível.  Isto porque, na década de 70, não se ouve mais Elvis cantar como outrora, nem no estúdio, tampouco no palco. Mesmo durante os shows, quando ele resgata êxitos do inicio da carreira, a impostação vocal é outra, muito diferente da gravação original.

Porém, a despeito destas reflexões, uma interrogação permanece - por que Elvis fez essa opção? Terá sido influência de algum artista ou grupo específico? Ele foi estimulado por algum gênero ou escola musical de que gostava? Ou será que Elvis se considerava tecnicamente melhor ao cantar dessa maneira? Esta última hipótese é sustentada pelo artigo de Jim Burrows (www.elvis.com.au) ao dizer que Elvis era obstinado em cantar cada vez melhor na medida em que sua carreira progredia. Porém, tudo isso é especulação. Talvez, apenas Elvis, se estivesse entre nós, pudesse responder com segurança.

O fato é que a morte de Elvis não consegui calar a sua voz. Ela continua a encantar fãs, admiradores e o publico geral, seja através dos discos ou das inúmeras performances que foram registradas em áudio e vídeo. Por isso, as bobinas fonográficas de Elvis têm sido viradas e reviradas à exaustão nos arquivos das gravadoras. Até mesmo shows gravados por fãs anônimos são constantemente remasterizados e lançados comercialmente. Mais recentemente, os artifícios da remixagem digital permitiram que a voz de Elvis fosse acompanhada pela atual orquestra filarmônica real de Londres em três exitosos álbuns. Duetos que nunca existiram já foram construídos digitalmente, onde artistas de hoje têm o privilégio de compartilhar as suas vozes com a de Elvis numa mesma canção.

Apesar do tempo transcorrido, mais de 40 anos, a voz de Elvis, maior artista do século XX, permanece inabalável, sendo permanentemente redescoberta pelas novas gerações. Foi, inequivocamente, a maior voz popular norte-americana a romper as fronteiras do mundo e rasgar os limites do céu. Ela ressoa forte na eternidade e nos corações de fãs e admiradores, atravessando incólume o tempo até os nossos dias. Viva Elvis!

 

Solidonio

Colaborador do Almost Elvis JP

Janeiro de 2020.

 

O traje que Elvis doou:

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No verão de 77 Elvis doou para Igreja Católica da Sagrada Família,

para ser sorteado para caridade, em Julho do mesmo ano este jumpsuit que ele usou durante muito tempo em shows chamado de "Silver Phoenix".

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Elvis já havia comparecido a mesma igreja que fica na cidade de Denver

no Colorado para o velório do irmão de um dos seus amigos policiais 

Ron Pietrofesso.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e pessoas em pé

Eles também sortearam o banco que Elvis sentou na igreja, e quem

está usando a roupa na foto é um rapaz que trabalhava na igreja.

Mesmo sem cinto ele achou o traje muito pesado!

Elvis Monteiro -Almost Elvis JP.

Canção à Virgem de Fátima cantada por Elvis Presley traz história de conversão

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Mai. 17 / 03:00 pm (ACI).- Nossa Senhora de Fátima e o Rosário já foram cantados por um grande nome da música internacional, Elvis Presley, na canção “The Miracle of the Rosary”, a qual além da mensagem da Virgem Maria traz como pano de fundo uma história de conversão.

Embora tenha sido criado na Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Elvis Presley gravou “The Miracle of the Rosary” em 15 de maio de 1971. Porém, não se trata de uma canção sua, e sim de Lee Denson, amigo do rei do rock, que pertencia à Igreja Batista, mas se converteu ao catolicismo após se casar com uma católica.

A família de Lee Denson ajudou os pais de Elvis quando estes se mudaram da cidade de Tupelo para Memphis, em 1947. Lee foi o primeiro professor de guitarra de Presley.

A história da canção “The Miracle of the Rosary” foi escrita em 1960, quando Denson se aproximou do catolicismo. Sua esposa Mary era católica e devota da Vigem. Todos os dias, rezava o terço, conforme a Mãe de Deus havia pedido aos três pastorinhos na Cova da Iria.

Entretanto, devido avida corrida de músico profissional de seu marido, começou a descuidar da fé.  Certo dia, o terço que uma amiga havia lhe trazido de Fátima sumiu. Ela revirou a casa inteira, mas não o encontrou.

 Foi na noite de 13 de outubro de 1960 que, ao chegar em casa, encontrou o terço no seu estojo, em cima de uma almofada na cama. Mary e seu marido ficaram surpresos. Mais tarde, enquanto dormiam, acordaram de repente, ela após sentir um suave toque nos lábios e ele por ter ouvido um som parecido com um sino.

Na manhã seguinte, decidiram ir à Missa e revelaram, posteriormente, que ouviram o padre dizer que Nossa Senhora de Fátima todos os dias opera milagres na vida de cada um e que poucos lhe agradecem ou param para pensar no que lhes aconteceu.

Lee e sua esposa contaram que foram os únicos a ouvir essas palavras. Perplexo, o músico não voltou a dormir bem, até que resolver compor uma canção para Nossa Senhora de Fátima.

Pensando em um artista que pudesse gravá-la a fim de dar grande projeção aos milagres de Fátima, logo lembrou-se de seu amigo Elvis Presley. Mas, resolveu esperar até 1967, quando foram comemorados os 50 anos das aparições da Virgem na Cova da Iria. Elvis, porém, não pôde gravar naquele ano, o que veio a se concretizar em 1971.

Lee Denson abandonou a carreira artística para se dedicar à igreja, em Memphis. Em uma ocasião, em 1978, cantou “The Miracle of the Rosary” na Missa e, conforme relatos, a Igreja se encheu de perfume de rosas. Entre os fiéis, estava o arcebispo panamenho Tomas Clavel, que considerou um sinal “milagroso”.

Tempos depois, o Papa Paulo VI abençoou a canção “The Miracle of the Rosary”. Nos anos 1980, Lee Denson a cantou no Santuário de Fátima e no Carmelo de Coimbra, na presença da Irmã Lúcia, uma das videntes de Fátima.

Fonte: https://www.acidigital.com/

 

Elvis in Concert 1977: A Proposta de Um Novo Olhar

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 Em 1977, poucos meses antes de sua morte, Elvis teve dois shows integralmente gravados pela rede de TV americana CBS. Estes shows, nas cidades de Omaha e Rapid City, foram posteriormente editados, dando origem ao especial póstumo intitulado Elvis in Concert. Nos Estados Unidos, a CBS exibiu o Elvis in Concert no dia 3 de outubro de 1977, das 20 às 21 horas de uma segunda-feira. No Brasil, foi transmitido no ano seguinte pela rede globo, exatamente no dia 16 de agosto, às 21 horas de uma quarta-feira. Desde que o Elvis in Concert foi ao ar, parte da crítica jornalística passou a atacar duramente a imagem de Elvis e suas performances. No Brasil, a reação não foi diferente. No dia em que Elvis morreu, Cid Moreira, então apresentador do jornal nacional, noticiou o falecimento de Elvis com as seguintes palavras: “agora à noite, o hospital batista de Memphis informou que Elvis Presley foi encontrado morto... Elvis, com 42 anos, muito mais gordo e um casamento acabado, vivia sozinho em sua mansão no Presley Boulevard; e na solidão, sempre assistia ao filme que conta à história dele... Distante da glória, do palco e dos fãs, ele revivia os tempos em que era o rei do rock and roll.

Portanto, esta era a imagem retratada pela impressa: um Elvis gordo, saudoso, esquecido e vivendo sozinho no absoluto ostracismo. Tratava-se de uma imagem totalmente distorcida e falseada, refletindo a animosidade e má fé de alguns setores da imprensa. De fato, Elvis estava acima do peso e com a saúde comprometida. Entretanto, mantinha uma intensa agenda de shows, além de uma vendagem expressiva de discos. Seu álbum de 1977 (Moddy Blue) foi laureado com o título de “disco de ouro” naquele mesmo ano, alcançando o status de “platina dupla” em 1992. Também foi considerado o melhor álbum do gênero country de 77. Elvis continuava a ser venerado por seus fãs. Admiradores de todo mundo, inclusive do Brasil, acorriam aos Estados Unidos simplesmente para vê-lo cantar. Nesta época, Elvis tentava reconstruir sua vida pessoal, tanto que chegou a noivar com uma belíssima jovem americana, Ginger Alden, antes de sua morte.

Se a carreira de Elvis continuava ativa, por que havia tanta aversão dos críticos em relação a sua figura? É certo que esta hostilidade foi fortemente influenciada pelo contexto musical da época. No final da década de 70, o gênero disco alcançava sua fase explosiva de popularidade. Havia uma percepção equivocada de que o rock and roll era um estilo superado, e que os cantores de rock seriam definitivamente suplantados pela onda das discotecas. Tanto é verdade, que muitos cantores de funk e soul aderiram à onda disco. Era o tempo dos “embalos de sábado à noite”, tempo do brilho, das luzes saltitantes, das roupas coloridas e extravagantes, tempo em que Star Wars estreava nas salas de cinema pela primeira vez. Havia uma atmosfera de modernidade, tecnologia e revolução cultural. Como a figura de Elvis estava associada às origens do rock, os críticos mais enfurecidos passaram a admoestá-lo sistematicamente. Sobretudo, porque Elvis era um roqueiro veterano, um rei de 42 anos de idade, com raízes profundas na tradição do blues e da country music. Para a crítica desqualificada, é mais fácil se promover atacando quem está em evidência. Pisar em cachorro morto não causa repercussão.

As mudanças na aparência física de Elvis também contribuíram para acentuar esta animosidade. Neste sentido, o especial Elvis in Concert favoreceu a divulgação destas mudanças através da TV. Mas, afinal, o que se vê ao examinar estas imagens? Em resumo, vê-se um homem acima do peso, menos ágil que outrora e sonolento em certos momentos. Porém, também se vê um intérprete de voz magistral, irrepreensível, de imponente estatura física e carisma genuíno. Elvis conservava a inigualável exuberância que o consagrou desde o princípio. Ostentava para o público um dos seus melhores trajes, adornado com o reluzente sol asteca a brilhar no peito e no dorso. O show possui momentos memoráveis, onde Elvis revela toda sua potência vocal, demonstrado que sua voz permanecia imbatível. Três canções são particularmente impressionantes pela riqueza da interpretação: Hurt, onde Elvis vai facilmente do grave ao agudo extremo, Unchained Melody, com Elvis a todo fôlego no piano e a inspiradíssima How Great Thou Art.

É provável que Elvis não sofreria esses ataques se fosse gordo desde o início. Demis Roussos, no ápice de sua carreira, já era visivelmente obeso. Contudo, sua obesidade nunca foi objeto de contestação por parte da crítica. Poderia se dizer o mesmo de B.B King, Barry White, Luciano Pavarotti, Ed Motta e outros nomes da música e do cinema. E quanto à aparente sonolência manifestada por Elvis em certos momentos? Durante os seus shows, Bob Marley apresentava sinais típicos de torpor pelo uso de substâncias psicoativas. Todavia, nunca foi denegrido por este comportamento. Ao contrário, Marley era considerado um rebelde depreendido e contestador. Qualquer observador inexperiente percebia a letargia de Amy Winehouse em decorrência do álcool e das drogas. Não obstante, Amy é referida como uma artista excêntrica, jovial e de comportamento transgressor.

O que dizer dos cantores românticos que pouco se movem no palco? Nunca se viu a imprensa retrucar a imobilidade de Julio Iglesias, de Frank Sinatra ou de Roberto Carlos, um ex-roqueiro. Não obstante, os movimentos contidos de Elvis foram duramente repreendidos, mesmo tendo um repertório majoritariamente romântico nesta época. Michael Jackson teve seu rosto desfigurado por inúmeras cirurgias plásticas, mudou do preto para o branco e ainda foi acusado de pedofilia. No entanto, Jackson jamais teve sua imagem censurada pelas transformações físicas voluntariamente sofridas.

Fica evidente que as críticas feitas a Elvis são relativas. Elas têm algum fundamento quando comparam o Elvis de 77 ao Elvis de 68, por exemplo.  Porém, se o Elvis de 77 for visto com isenção, evitando-se confrontá-lo com os tempos de juventude, parte das acusações cai por terra. A comparação entre o Elvis maduro e o Elvis jovem desconsidera as mudanças naturais sofridas por todo artista na medida em que envelhece. Elvis estava com 42 anos. Carregava, sobre os ombros, mais de 20 anos de uma exaustiva carreira e vários problemas físicos. Mesmo que gozasse de plena saúde, não poderia ser o mesmo de antes. Portanto, é necessário ver o Elvis de 77 com os olhos de 77, e não com os olhos de 53 ou de 68. Se ainda estivesse vivo, Elvis não faria aquelas proezas acrobáticas que outrora realizou no palco.

Analisando as críticas feitas a Elvis, incluindo aquelas da década 70, percebe-se o quanto parte da imprensa é implacável e ferrenha. Quando o artista em questão é Elvis, exige-se o máximo dele, quase a própria perfeição. Qualquer nota inferior a dez, mesmo que satisfatória, é motivo de duras acusações. Para estes críticos, outros artistas podem ter fraquezas e cometer deslizes, mas não Elvis. Parece que este direito lhe fora negado. Sem dúvida, trata-se de uma grande injustiça a alguém que deu o máximo de si ao público e aos fãs até o final da vida.

Há também aqueles que se ressentem do repertório dos últimos shows, dizendo que era repetitivo e que pouco se modificava. Esta mesma crítica é feita às apresentações de Roberto Carlos. No entanto, qualquer artista veterano tem um show típico relativamente padronizado. Isto é, um repertório de canções imprescindíveis que não podem faltar, sob pena de desagradar o público. Em 77, Elvis já acumulava várias destas canções que o consagrou. Este repertório formava o eixo central de sua apresentação. Ainda assim, percebe-se que Elvis acrescentava músicas de trabalho mais recentes aos seus shows. Por exemplo, as canções Hurt, And I Love You So, Help Me,  Unchained Melody. Não raro, ele também resgatava canções de outrem, ou canções do seu repertório poucas vezes cantada ao vivo.

Infelizmente, a Elvis Presley Enterprises (EPE) insiste em não autorizar o lançamento original dos tapes da CBS. Esta recusa reflete as duras acusações sofridas por Elvis naquela época e tempos depois. Trata-se de uma estratégia para salvaguardar a imagem de Elvis frente aos abutres da impressa marrom. A retenção dos tapes originais também pode representar uma estratégia comercial, um último coringa na manga da EPE a ser lançado no futuro a peso de ouro. Entre os fãs, circulam cópias inferiores produzidas por selos piratas independentes. Por se tratarem de cópias, as imagens não têm boa qualidade. Apenas alguns fragmentos originais foram liberados oficialmente para enriquecer documentários e coletâneas. Sabemos, por estes fragmentos, que as matrizes de primeira geração gravadas pela CBS têm excelente qualidade. As imagens são multicâmara, permitindo a exibição em diferentes ângulos e direções. Além disso, contêm vasto material, o que inclui dois shows completos (Omaha e Rapid City), bastidores, montagem do show, tomadas externas e entrevistas com os fãs. Os tapes possuem material suficiente para 3 ou 4 DVDs.

Em 2011, um selo não oficial, a boxcar, lançou uma coleção de luxo intitulada Elvis - The Final Courtain. A caixa, além de um livro ricamente ilustrado, contém os shows completos de Omaha e Rapid City, o especial da CBS e muitas imagens raras filmadas em 8mm. Trata-se da melhor qualidade de vídeo já lançada até agora, mas ainda distante da qualidade das matrizes que foram gravadas em bobinas profissionais ampex de 2 polegadas. O especial editado, resumo de ambos os shows, é aquele que possui melhor qualidade. Algumas fontes afirmam que ele é cópia de primeira geração do tape que foi editado e transmitido pela TV. Todavia, nesta coleção, os shows completos de Omaha e Rapid City têm qualidade inferior. Provavelmente, são cópias de terceira ou quarta geração. A venda e distribuição deste material foram suspensas pela justiça americana. A EPE, após rastrear a origem, moveu uma ação na justiça contra os empresários Joseph Prizada e Bud Glass, ambos acusados de serem os responsáveis pela distribuição ilegal. Depois deste episódio, é certo que a guarda e vigilância das bobinas originais aumentou rigorosamente, pois muitos selos independentes cobiçam estes tapes. Desde o lançamento da boxcar, a situação dos tapes da CBS parece estar estacionária diante de um impasse. Em síntese, pode-se dizer que a EPE não lança oficialmente este material, tampouco permite que outras produtoras o façam, o que é lamentável.

A EPE já manifestou publicamente a sua posição quanto ao lançamento oficial dos tapes da CBS. Segundo ela, os shows poderiam ser lançados oficialmente, caso houvesse uma maneira de fazê-los chegar apenas aos fãs, protegendo a imagem de Elvis. Atualmente, esta possibilidade existe com a criação do selo FTD, cujos lançamentos são consumidos majoritariamente por fãs. Porém, Ernst Jorgensen, criador da série FTD, não deu qualquer indicação de que possa comercializar vídeos de Elvis, incluindo o Elvis in Concert. Os colecionadores mais experientes estão céticos quanto ao lançamento oficial do Elvis in Concert. Eles acreditam que a EPE jamais lançará este material. Portanto, a única possibilidade de um lançamento satisfatório seria através de selo independente. Isto é, uma produtora "pirata" que tivesse acesso às bobinas originais da CBS para digitalizar e remasterizar as imagens. No meio disto tudo, algumas dúvidas e mistérios permanecem: como a boxcar teve acesso ilegal a estas cópias? Onde estão arquivadas as bobinas ampex originais? Estes arquivos já foram digitalizados?

A maioria dos fãs concorda que a política da EPE é equivocada ao tentar ocultar esta última fase da carreira de Elvis. O fato concreto é que os shows de Omaha e Rapid City já são públicos, uma vez que podem ser baixados pela internet e vistos no YouTube, porém com baixa qualidade. Se eles fossem lançados oficialmente, remasterizados em HD, a imagem melhoraria sensivelmente, tanto a imagem de vídeo, quando a imagem física de Elvis. Além disso, os produtores poderiam utilizar os melhores ângulos, enriquecendo o material com entrevistas e depoimentos que contextualizassem aquele momento da carreira de Elvis. Entretanto, algumas preocupação legítimas angustiam os fãs: os tapes estão sendo devidamente preservados? Se o lançamento for delongado demasiadamente, será que as novas gerações ainda terão interesse em adquiri-lo? No futuro, se o número de fãs diminuir, a fabricação e distribuição compensarão o investimento financeiro?

Para os fãs de Elvis, os tapes da CBS possuem um significado especial. Trata-se do último registro de Elvis com qualidade de vídeo profissional. É a distância mais próxima entre Elvis e o nosso tempo, uma oportunidade ímpar de vê-lo mais uma vez. Por esta razão, fãs, admiradores e simpatizantes têm a esperança de que, algum dia, estes tapes sejam disponibilizados com qualidade de vídeo profissional, pois eles são indispensáveis para filmografia  e biografia do rei. Viva Elvis!

Solidonio.

Colaborador do Almost Elvis JP

22/10/2018

 

Elvis e a Canção Feelings de Morris Albert

Um dos temas mais controvertidos da discografia de Elvis é a canção Feelings do compositor brasileiro Morris Albert. Feelings é a composição de um brasileiro mais conhecida no mundo. A despeito do enorme sucesso, Feelings foi considerada plágio da música francesa Pour Toi pela suprema corte da Califórnia em 1988. Em inglês, foi originalmente lançada por Morris Albert em compacto simples (single) no ano de 1974 e relançada em LP em 1975. A canção foi tema da novela “Corrida de Ouro” da Rede Globo, obtendo enorme êxito e exaustivas regravações por diversos artistas do mundo.

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Após a morte de Elvis, muitos pesquisadores de sua obra têm levantado a hipótese de que Feelings teria sido gravada por Elvis em 1976, permanecendo como “gema rara” ainda não lançada. Duas questões importantes emergem desta surpreendente possibilidade: será que Feelings foi realmente cantada por Elvis na memorável Jungle Session de 1976? Se realmente foi, terá sido registrada em bobinas fonográficas ou mesmo em K7? A resposta a primeira questão é seguramente “sim”. Várias fontes documentais e testemunhais atestam que Feelings foi ensaiada, não apenas uma, mas várias vezes por Elvis naquela ocasião. Estes ensaios ocorreram, especificamente, na sessão de 8 de fevereiro de 1976, que foi iniciada na madrugada de um domingo (zero hora) e encerrada aproximadamente as 7 horas da manhã. Esta informação é dada por Joseph Tunzi, profundo conhecedor da discografia de Elvis e autor do livro Elvis Sessions III.

Em entrevista publicada no site The Kings Court Forum, Kathy Westmoreland, backing vocal de Elvis, confirma que Feelings foi efetivamente ensaiada. Estavam presentes à sessão, o produtor Felton Jarvis, engenheiros de som, os Stamps, JD Summer e demais membros da banda. Considerando que Feelings foi indubitavelmente cantada por Elvis, resta indagar se foi gravada de alguma maneira. Sobre esta última questão, não há resposta segura, ainda que a gravação de Feelings seja uma possibilidade concreta. Mas, se Feelings foi várias vezes ensaiada, por que não foi oficialmente lançada?

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Segundo os biógrafos, a explicação mais aceita é a de que Elvis, mesmo após inúmeras tentativas, não se satisfez com o resultado final. Portanto, nenhum take oficial poderia existir. Entretanto, sabemos que muitos ensaios de Elvis (rehearsals) foram gravados e posteriormente lançados pela RCA a peso de ouro. Nesta entrevista com Kathy Westmoreland, a mesma assegura que Feelings foi, além de ensaiada, gravada naquela sessão em Graceland. Quando indagada pelo entrevistador, Kathy responde textualmente: “Feelings, estou certa de que ele gravou! Felton manteve o tape rodando durante todo o tempo, havendo muitas partes que poderiam ser usadas”.

Mesmo que o ensaio de Feelings não tenha sido registrado em bobinas de áudio, ainda há a possibilidade de que tenha sido gravado em microcassete. Esta hipótese é discutida na entrevista realizada com Joseph Tunzi, e que está publicada no site "Elvis Brasil" (www.elvisbrasil.com.br). Tunzi admite que Feelings pode estar contida nos microcassetes de David Briggs, tecladista de Elvis.

É bastante provável que a gravação de Feelings em bobina profissional de áudio não exista mais. Afinal, por que? Alguns biógrafos afirmam que Feelings poderia ter sido gravada e posteriormente apagada, assim como sucedeu com a canção América, The Beautiful. De fato, se este tape existisse nos arquivos da gravadora, já teria sido lançado. Alguns sites da internet sugerem que um take inacabado de Feelings já circula informalmente entre os fãs. Contudo, se um take informal estivesse em circulação, sua difusão seria tão sigilosa que passaria desapercebida pelos colecionadores mais exigentes. Esta hipótese parece-nos altamente improvável, sobretudo em tempos de internet, onde a transmissão de arquivos é generalizada e instantânea. Além disso, nenhuma fonte confiável ou site especializado confirma a existência deste take misterioso.

Quando esteve no Brasil, Morris Albert declarou que foi procurado pela BMG a fim de negociar o lançamento de Feelings na voz de Elvis. Esta declaração foi veiculada em diversos órgãos da imprensa, aguçando ainda mais a expectativa dos fãs. Todavia, nenhum lançamento ocorreu após todos estes anos. Os críticos afirmam que esta declaração foi uma estratégia de autopromoção. Contudo, deve-se convir que Morris Albert não necessitaria desta afirmação para promover a canção, uma fez que Feelings é uma composição definitiva e consagrada em todo mundo.

Outro dado interessante é que Orion Jimmy Ellis, reputado cover de Elvis, gravou Feelings, além de outras canções polêmicas do rei.  Na voz de Jimmy Ellis, Feelings pode ser encontrada na coletânea tripla Who Was That Masket Man, atualmente disponível no mercado internacional. Dentre os imitadores de Elvis, Jimmy Ellis é considerado um dos melhores, senão o melhor cover de todos os tempos. No site do YouTube, essa interpretação de Feelings foi postada por um fã anônimo com o título sugestivo de Elvis Resurrection - Feelings.

Segundo Ernst Jorgensen, criador do selo FTD, alguns colecionadores detêm raridades capazes de deixar qualquer fã de queixo caído. Se Feelings sobreviveu nos microcassetes de Briggs, ela é uma gema secreta de ouro puro. É tão valiosa quanto Blowing in The Wind, lançada oficialmente em 1997, vinte anos após o desaparecimento do Rei. Atualmente, nossa imaginação é instigada por aquilo que seria Feelings se Elvis a tivesse concluído com êxito. Ela teria sido lançada no álbum From Elvis Presley Boulevard, Memphis, Tennessee? Ou seria parte do repertório remanescente lançado no álbum Moddy Blue? Elvis ainda poderia tê-la gravado ao vivo, caso não tivesse partido tão prematuramente. Talvez, se uma segunda Jungle Session tivesse ocorrido, Feelings seria definitivamente registrada.  

Entre os fãs, permanece a aura de mistério em torno de Feelings. Como Elvis a cantou? Que arranjo deu a canção? Por que ele não se satisfez com o resultado final após tantas tentativas? Ele queria torná-la diferente da interpretação de Morris Albert? Será que o arranjo de Órion se aproxima daquele feito por Elvis? Somente os músicos de Elvis, testemunhas oculares daquela sessão, podem responder as estas questões. É fascinante a possibilidade de que Feelings possa ter sobrevivido até a presente data, mesmo que informalmente em microcassete; a possibilidade deste arquivo magnífico ser revelado para os fãs e grande público na voz magistral de Elvis.

 

Solidonio,

Colaborador do Almost Elvis JP.

29/03/2018.

Fãs de Elvis na Paraíba e o Fã-Clube Almost Elvis JP

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Tradicionalmente, a cidade de João Pessoa sempre apresentou um número significativo de fãs de Elvis, além de admiradores e simpatizantes anônimos. De fato, os fãs mais antigos sabem da grande popularidade que ele possuía nesta capital, principalmente nas décadas de sessenta, setenta e início dos anos oitenta. O repertório de Elvis era mandatório nas principais rádios de João Pessoa. As bancas estavam sempre repletas de revistas, pôsteres e livretos. Ao passarmos pelo centro da cidade, ouvíamos, aqui e acolá, um disco de Elvis sendo reproduzido. Se pudéssemos retroceder àqueles anos de ouro, seguramente veríamos vários lançamentos de Elvis em exposição na avenida General Osório e nos seus arredores, principalmente na eletropeças, loja que era referência do mercado fonográfico. Nestes locais, clientes, vendedores e curiosos se reuniam à beira do balcão para ouvir os discos e fazer comentários dos mais variados. Alguns eram verdadeiros, outros, totalmente fantasiosos, frutos do imaginário popular. Em resumo, pode-se dizer que Elvis viva literalmente "na boca do povo".

Apesar da pouca idade, acompanhei estes últimos anos de Elvis e a forte comoção que sua morte produziu nos anos subsequentes. Mesmo com grande número de admiradores, João Pessoa não dispunha, naquela época, de uma agremiação que reunisse os fãs da cidade. Existiam pequenos núcleos dispersos, mas que não faziam publicidade, tampouco promoviam eventos. Talvez, pelo fato de Elvis ainda estar vivo e ativo, havia a sensação natural de que os próprios meios de comunicação fariam essa divulgação. Ademais, nessa época, a mídia tinha recursos mais limitados que os de hoje, pois não existiam as facilidades da internet. Em João Pessoa, dispúnhamos, exclusivamente, da radiofonia e dos jornais que publicavam alguma nota vez ou outra. Até a década de 80, as grandes redes de televisão não possuíam afiliadas na Paraíba. Portanto, a programação televisiva era simplesmente uma repetição daquela gerada no sul do país. Some-se a tudo isto, a acomodação e o excesso de privacidade de alguns fãs. Testemunhei, inúmeras vezes, fãs que propositalmente se afastavam dos demais, temerosos de expor o material raro que possuíam, seja por zelo demasiado, ciúmes ou puro egoísmo.

Passaram-se muitos anos até que surgisse um  fã-clube em João Pessoa, cuja presidência era ocupada por Maria Magnólia e o seu esposo. Tratava-se do Elvis Corporation Fã-Clube, fundado em meados de 1990. Provavelmente, foi a primeira iniciativa de fazer reuniões e promover a discografia de Elvis nas rádios da cidade. Muitas vezes, as reuniões eram realizadas no bairro de Tambaú, onde Magnólia residia. Tive a oportunidade de comparecer a alguns destes encontros, participando de dois programas de rádio, sendo um na cidade de João Pessoa e outro em Santa Rita, município próximo. Nesta época, Magnólia já dispunha de muitos títulos raros, sendo a maioria em formato de vinil. Alguns já estavam fora de catálogo no Brasil, sendo desconhecidos de boa parte dos fãs. Este fã-clube pioneiro foi construído com o esforço pessoal e heroico da sua presidente que teve o privilégio de conhecer Graceland, a mansão de Elvis na cidade Memphis. Porém, até onde sabemos, o fã-clube de Magnólia foi sendo desativado anos depois. Fomos informados, através de terceiros, que ela mudou-se para cidade de Caruaru, sendo esta, provavelmente, a razão da extinção.

 

Os fãs de João Pessoa continuaram dispersos e sem referências locais até 2008, ano em que o fã-clube Almost Elvis JP fora fundado. A sua criação foi o resultado da coragem e persistência de José Monteiro, ou simplesmente Elvis Monteiro, o seu nome artístico. Monteiro é paraibano, jovem, nascido em João Pessoa e faz parte da nova geração de fãs. Começou a despertar o seu interesse por Elvis ainda criança, por influência dos seus pais que gostavam bastante de música, inclusive de Elvis. Coincidentemente, Monteiro nasceu no dia 16 de agosto, data do falecimento de Elvis. Porém, ele nascera quase 10 anos após o desaparecimento do rei. Mas, isto não o impediu de se tornar um dos maiores especialistas na biografia e discografia de Elvis.

Conheci Elvis Monteiro através de Oliver Meira, empresário do mercado fonográfico de João Pessoa, no início de 2010. Monteiro já era cliente regular de Oliver e soube, através do mesmo, que eu também era fã e colecionador desde muitos anos. Nosso primeiro encontro foi exatamente na Oliver Disc, loja localizada próximo à praia, especializada em títulos raros e importados. Foi um encontro aprazível e muito produtivo; encontro que seria o primeiro de muitos que viriam depois. Ainda me recordo das primeiras palavras que dirigi a Monteiro sem cerimônias, antes mesmo de cumprimentá-lo: "afinal, Elvis gravou ou não gravou feelings de Morris Albert?" E Monteiro respondeu com propriedade: "Elvis, eu não sei, mas Órion, eu sei que gravou". Monteiro se referia a um dos maiores e mais reputados imitadores de Elvis que gravou a canção, tanto que muitos fãs pensam tratar-se do próprio Elvis. A pergunta não tinha o objetivo de testá-lo, mas de satisfazer uma curiosidade pessoal sobre este mistério da discografia de Elvis. Interessante que, tempos depois, aquela dúvida seria parcialmente resolvida pelo próprio site do fã clube.

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No estado da Paraíba, não existe fã, jornalista, músico ou comunicador mais versado em Elvis do que Monteiro. Entre os fãs brasileiros, Monteiro faz parte de um seleto grupo, cujo conhecimento biográfico e discográfico está muitíssimo acima da média geral. Além de fundador e mantenedor do fã-clube, Monteiro é colecionador, crítico musical, e conhecedor profundo da música popular norte-americana das décadas de 50, 60 e 70. Também realiza apresentações, interpretando o repertório de Elvis em eventos e nos encontros promovidos pelo fã-clube. A experiência e a quantidade de informações acumuladas por Monteiro já superam, e muito, o conhecimento da maioria dos fãs, incluindo aqueles mais antigos, contemporâneos de Elvis. Em seus anos de presidência, Monteiro vem mantendo contato com várias personalidades norte-americanas que conviveram diretamente com Elvis. Mais recentemente, ele conseguiu entrevistar Ginger Alden, a última namorada de Elvis, testemunha ocular dos últimos anos de vida do rei.

Além de atuar localmente, o Almost Elvis JP integra uma rede de fã-clubes espalhados pelo Brasil afora. Monteiro realiza um intercâmbio permanente de informações com outros estados, incluindo São Paulo, onde está sediado o Elvis Triunfal, considerado um dos maiores fã-clubes do Brasil, presidido por Marcelo Neves. O Almost Elvis JP foi reconhecido por Graceland, tendo sido registrado como uma das agremiações oficiais que atuam no âmbito nacional brasileiro. Esta conquista muito honra o Almost Elvis JP, sobretudo o seu presidente, cujos esforços incansáveis lograram este valoroso reconhecimento. Monteiro já é referência na cidade de João Pessoa, tendo concedido várias entrevistas à impressa local. É figura conhecida dos lojistas de discos, proprietários de bares e setores do jornalismo. Em síntese, pode-se dizer que Monteiro é um batalhador tenaz, fiel escudeiro, quando se trata de promover a obra de Elvis em João Pessoa.

Todavia, as dificuldades são muitas, principalmente os recursos limitados, tanto recursos humanos, quanto financeiros. Reunir os fãs, principalmente em eventos maiores, não é tarefa fácil.  Requer planejamento, esforço e dinheiro. A disponibilidade de tempo e local, os afazeres cotidianos e a compatibilidade de horário nem sempre permitem um comparecimento massivo dos fãs. Ademais, entre os admiradores de Elvis, existem aqueles mais reservados, menos sociáveis, e que, por uma razão ou por outra, preferem manter certa privacidade.

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A despeito das várias tentativas, a mídia de João Pessoa raramente oferece espaço para transmissão de programas especiais sobre Elvis. Nas emissoras de rádio, não há lugar para os grandes tributos, seja para Elvis, seja para  bandas e outros artistas do mesmo gênero, o que é lamentável. É um cenário muito diferente daquele vivido até a década de 90, onde era bem mais fácil realizar especiais, com até 2 horas de duração, nas estações radiofônicas da cidade. Apesar de termos uma quantidade enorme de emissoras, principalmente na banda FM, todas elas estão sujeitas às metas publicitárias e interesses dos seus patrocinadores. No geral, a busca por audiência virou mais que uma preocupação, virou um desespero, mesmo que isto leve ao prejuízo da qualidade. Porém, os diretores de programação cometem um grande equívoco ao considerar o repertório de Elvis desinteressante e extemporâneo para realização de um especial. Em meio à ruína musical em que vivemos, tanto no âmbito nacional quanto internacional, o público encontra-se carente e ávido de um repertório com melhor qualidade. Maior prova disto é a grande audiência obtida pelos canais de televisão quando nomes clássicos da música popular aparecem em programas de auditório.

É neste contexto de espaços limitadíssimos que surge, na internet, o site Almost Elvis JP. O projeto, criação e manutenção também são o resultado do empenho pessoal de Monteiro, cujo trabalho dispõe da ajuda de alguns colaboradores para redação de matérias especiais. Trata-se da única referência especializada em Elvis na cidade de João Pessoa e em todo estado da Paraíba. Portanto, possui grande importância, não só para os fãs daqui, mas também para pessoas de outros estados que desejam interagir com os fãs paraibanos. O site tem sido utilizado para publicar notícias das mais variadas, desde o lançamento de livros, documentários, CDs e DVDs até a realização de eventos no Brasil e no mundo. Também é um canal importante para divulgar e cobrir as reuniões de fãs em João Pessoa. O site dispõe de várias seções, incluindo discografia, depoimentos, vídeos e matérias especiais, onde reflexões e aspectos interessantes da vida de Elvis são discutidos. Paralelamente ao site do fã-clube, Monteiro também possui um canal no YouTube e página no Facebook, onde pode interagir mais diretamente com os fãs.

Entre os fãs paraibanos, alguns se destacam, inclusive com projeção nacional. Um dos mais tradicionais é o cinéfilo Ivan Cineminha, assim chamado devido ao seu conhecimento profundo e minucioso do cinema nacional e internacional. Ivan é fã de Elvis desde a década de 50. Orgulha-se em dizer que assistiu a maioria, senão todos os filmes de Elvis no cinema. Quando relembra aquele tempo, Ivan enaltece a grande popularidade dos filmes, cuja repercussão era enorme, fazendo a juventude vibrar em salas superlotadas. Ivan foi gerente de vendas no comércio fonográfico de João Pessoa, o que lhe permitiu conhecer, em tempo real, os lançamentos de Elvis e o impacto popular dos discos. Porém, ele não ficou limitado ao catálogo nacional. Ivan era um dos poucos paraibanos a possuir títulos americanos raríssimos daquela época. Os discos de vinil eram encomendados a peso de ouro através de uma loja tradicional de São Paulo, a Brenno Rossi, atualmente extinta. Ele chegou a possuir cerca de 60 álbuns importados originais, incluindo o Moody Blue em vinil azul e o belíssimo LP dourado Canadian Tribute. Segundo Ivan, Elvis vendia bastante no comércio de João Pessoa, incluindo coletâneas. A vendagem era expressiva até mesmo na década de 70, época em que a popularidade de Elvis é questionada por alguns críticos. Além de Ivan, pouquíssimos fãs da Paraíba colecionavam material importado até a década de 80. Sobre estes fãs, as informações são vagas e fragmentadas. Sabe-se apenas o nome de alguns. Mas, os detalhes são desconhecidos, pois eles nunca foram ligados ao Almost Elvis JP.

Atualmente, João Pessoa dispõe de um agradável restaurante sugestivamente intitulado de "bar do Elvis". Este estabelecimento, situado no bairro Castelo Branco, é muito frequentado por jovens estudantes, pois fica próximo a nossa universidade federal. Muitas vezes, o bar do Elvis é utilizado como ponto de encontro para confraternização e eventos do Almost Elvis JP. O proprietário, Edmundo Ferreira, também atua como imitador, tendo realizado alguns shows para os fãs e público geral.Resultado de imagem para almost elvis jp

Entretanto, dentre os imitadores paraibanos, Antônio Gomes, ou Tony Presley, é um dos mais profissionais e bem preparados, possuindo uma banda própria que o acompanha durante as apresentações. Tony é engenheiro mecânico, colecionador e um dos maiores fãs da cidade de Campina Grande. Também é um dos poucos paraibanos privilegiados a conhecer Graceland e outros locais ligados ao rei na cidade de Memphis. As performances de Tony se destacam pelos macacões finamente confeccionados, alguns feitos por encomenda em ateliê americano especializado em Elvis.  

O núcleo do Almost Elvis JP é formado por um grupo relativamente pequeno de membros mais assíduos; membros cujos nomes não serão citados, sob pena de algum ser injustamente esquecido. Eles participam dos encontros com mais frequência, fazem sugestões e mantêm uma comunicação mais permanente. Mas, em torno deste núcleo, orbita um incontável número de fãs e simpatizantes que prestigiam o fã-clube, principalmente através do site Almost Elvis JP. O alcance do fã-clube pode ser medido através do site, onde aparece, no livro de visitas, notas elogiosas de fãs espalhados por todo Brasil. Finalizando, cumpre-me parabenizar José Monteiro e o Almost Elvis JP pelo brilhante trabalho realizado. Ao mesmo tempo, convidar fãs e admiradores a participarem do fã-clube, seja presencialmente, seja por meio da internet. Faço votos de que o fã-clube e o seu competente presidente continuem neste valoroso trabalho de congregar os fãs, promovendo a obra de Elvis na cidade de João Pessoa e no Brasil.  Viva Elvis!

Solidonio.

Colaborador do Almost Elvis JP

04/07/2018.

Super ''8'' Elvis

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Acima um frame de um show do Elvis filmado em super 8mm 

Como todos sabem, os anos 60 foram

um marco tecnológico também no campo

da filmagem e fotografia...

Na época se popularizou a tv colorida nos EUA

e aqui no Brasil a tv era ainda em preto e branco e usava

um sistema de filmagem com câmeras em 16mm.

Uma das grandes revoluções para cinegrafistas profissionais e amadores que surgiu nessa década foi a câmera super 8 que filmava vídeos em super 8mm permitindo as pessoas filmarem eventos, shows, festas de família etc..

Super-8 (ou Super 8 mm) foi um formato cinematográfico desenvolvido nos anos 1960 e lançado no mercado em 1965 pela Kodak, como um aperfeiçoamento do antigo formato 8 mm, mantendo a mesma bitola.

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Acima uma filmadora super 8 da Canon 

O filme tem 8 milímetros de largura, exatamente o mesmo que o antigo padrão 8 mm, e também tem perfurações de apenas um lado, mas as suas perfurações são menores, permitindo um aumento na área de exposição da película, e portanto mais qualidade de imagem. O formato Super-8 ainda reserva uma área, no lado oposto ao das perfurações, onde uma pista magnética permite a gravação sincronizada do som.

O Super-8 original era um sistema de filmagem sem som, mas em 1973 foi lançada a versão sonora, com pista magnética. Os cartuchos sonoros são um pouco maiores, para acomodar uma distância entre a janela da câmara, onde o filme é exposto e forma-se a imagem, e uma segunda abertura, onde uma cabeça magnética da câmara entra em contato com a pista magnética do filme e grava o som. Câmaras Super-8 sonoras, com espaço interno maior e cabeças magnéticas de gravação, eram compatíveis com cartuchos silenciosos, mas câmaras silenciosas não podiam utilizar cartuchos sonoros.

Em 1997, a Kodak parou de fabricar filmes Super-8 sonoros, alegando motivos ecológicos: a substância utilizada para colar a pista magnética na película foi considerada prejudicial ao meio ambiente.

Quando passou na TV em 1968 o famoso Comback  o especial da NBC

alguns fãs  filmaram o especial da NBC focalizando uma filmadora super 8

na tela da televisão e gravando o áudio através de um gravador portátil colocado próximo ao auto-falante da TV.

Depois na hora da projeção era preciso colocar para o rodar o filme num projetor de super 8 que era indispensável para quem tinha a filmadora para poder rodar os filmes e dar play no gravador onde era muito difícil deixar áudio e imagens em sincronia.

Quando voltou aos palcos em 69 era natural que muitos fãs tentassem fazer imagens de Elvis durante os shows...

Vale lembrar que filmar, fotografar bem como registrar o áudio eram itens anunciados como proibidos durante os shows de Elvis..

Mais mesmo assim algumas pessoas conseguiram fazer registros excelentes de Elvis com uma câmera super 8 bem perto do palco direto das primeiras filas.

Uma das explicações é que mesmo proibido algumas pessoas deveriam ter conhecimento com membros do staff do Elvis e a outra, é que algumas pessoas desenvolveram uma tática para poder filmar o Elvis, levavam dois rolos de filmes por exemplo porque se a pessoa fosse pega com câmera filmando tinha os rolos de filmes apreendidos na hora da saída por membros da equipe do Elvis então as pessoas faziam a filmagem utilizando um rolo de  filme e na hora da saída tirava o rolo filmado e escondia numa bolsa ou em algum local e colocava dentro da filmadora o rolo virgem que se fosse apreendido não continha nada..

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Acima  mais um frame de um show do Elvis filmado em super 8mm

Lógico que havia alguns inconvenientes para quem desejasse filmar algum show como por exemplo o barulho do mecanismo da filmadora que não era silencioso e deveria incomodar um pouco as pessoas sentadas próximas que estivessem vendo o show.

Uma duvida que surge é se existe shows filmados quase que na integra ou apenas trechos, como vemos em alguns casos vídeos com muitos cortes..

Sobre isso há duas explicações

Uma é que o cinegrafista realmente filmou apenas trechos dos shows e a outra,

bem provável é que os detentores das imagens liberem apenas trechos das filmagens que detém para deixar os fãs  e as produtoras com água na boca.

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Acima um frame do show Garden  filmado em super 8mm

Sobre isso é a melhor resposta da pergunta, porque algumas imagens em super 8 como as do show do Garden em 72, lançados no Prince From Another Planet e algumas imagens de show  que aparecem no novo documentário The Searcher não são remasterizadas e lançadas oficialmente é que os detentores dos direitos das filmagens pedem somas astronômicas, inviabilizando o lançamento oficial dessas imagens para deleite dos fãs e colecionadores.

Fica a esperança que mais material saia por ai...

Elvis Monteiro,

Almost Elvis JP.

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Pouca gente sabe mais Elvis era muito interessado em ufologia...

Dentre a sua grande coleção de livros que ele carregava pra todo

lugar havia alguns livros sobre ufologia e algumas pessoas ligadas a Elvis

contam que durante suas viagens ele chegou a fazer observações

ufológicas no deserto..

Vale lembrar que durante os anos 60 com medo de voar Elvis fazia as suas viagens 

em um ônibus personalizado de Memphis a Hollywood e vice versa para fazer

seus filmes e no caminho passava em estradas no meio do deserto etc..

Larry Geller, cabeleireiro e um dos melhores amigos de Elvis que partilhava com ele

da sua busca filosófica disse que certa vez Vernon contou a Elvis que no momento

do seu nascimento Vernon foi a parte de trás da sua casa fumar um cigarro algo assim e viu uma imensa luz azul no céu e uma agitação nas nuvens...

Vernon disse que sabia que algo maravilhoso estava acontecendo mais realmente

naquela madrugada do dia 8 de janeiro de 1935 várias pessoas afirmaram que

viram uma estranha luz azul no céu de Tupelo e logo correu a história por toda a cidade de que discos-voadores teriam visitado Tupelo...

Outra história dessa vez relegada aos mitos e lendas que envolve Elvis seria de que

aos 8 anos de idade Elvis teria tido um contato imediato de 3°grau onde o garotinho

de Tupelo teria visto dois seres iluminados ou "anjos" como ele contava que lhe mostraram uma visão, de um homem num "terno branco" cantando em frente a uma grande multidão...

Diz a lenda que na época o garotinho de Tupelo não entendeu que era uma visão

dele próprio no futuro....

Saindo do campo das lendas Elvis, era realmente um interessado em ufologia

possuindo alguns livros como falei anteriormente sobre o assunto....

No filme MIB-Homens de preto é dito que "Elvis não morreu, apenas voltou pra casa" será? srrs

Abraços a todos,

Elvis Monteiro-Almost Elvis JP

 

 Entrevista com Ginger Alden

 

Queridos amigos do nosso fã clube Almost Elvis, que está completando 10 anos, do nosso grupo TCB-PB e fãs de todo o Brasil tive a honra e privilégio de fazer essa excelente entrevista com a Ginger Alden que como todos sabem foi a última namorada e noiva de Elvis e foi a última pessoa que viu nosso amado Elvis com vida e é uma pessoa que gosto muito e tenho muito respeito por seu carinho e dedicação aos fãs de Elvis de todo o mundo...

Antes de tudo gostaria de dizer que é um prazer, e um sonho fazer essa entrevista com você querida amiga Ginger Alden...

Vamos lá...

Você pode nos dizer agora como foi o início do seu relacionamento com Elvis, ele a levou para passear, algo assim?

Prezado Elvis Monteiro, Obrigado por ser um fã tão maravilhoso de Elvis e muito obrigado ao seu fã clube por seu amor e apoio..

Elvis ficaria muito feliz em saber que ele é adorado por muitos no Brasil!!

O início do meu relacionamento com Elvis foi mágico. Eu não sabia o que fazer. Eu não sabia. 

Fizemos uma viagem a Las Vegas pouco depois de nos conhecermos, o que foi absolutamente incrível, já que nunca fora no oeste da América.

Você poderia nos dizer quando foi a primeira vez que conheceu Elvis em Memphis?

Conheci Elvis quando tinha 5 anos de idade.

Meu pai estava no exército e conhecia o tio de Elvis, Travis e meus pais foram convidados por ele para se juntarem com Elvis, seus amigos e familiares para uma noite divertida no Mid South Fairgrounds um parque de diversões que Elvis tinha alugado por uma noite inteira...

Quinze anos depois voltei a se encontrar com Elvis pois minha irmã Terry era a atual Miss Tennesse e Elvis queria encontrá-la...

Minha irmão Rosemary e eu fomos com ela, o resto é história...

Eu escrevi tantas coisas no meu livro é difícil falar aqui...

Você pode nos falar sobre o especial Elvis In Concert, se Elvis estava ansioso para fazê-lo e você poderia nos contar se puder quantos shows foram filmados para realização do especial se foram apenas dois Omaha e Rapid City e se você acha que esse especial histórico deve ser lançado oficialmente para deleite dos fãs e colecionadores?

Para o especial da Cbs acredito que foram filmados 2 shows...

Elvis não teve muito tempo para se preparar para o especial e estava nervoso por isso como dá pra notar em algumas imagens do especial...

Eu acho absolutamente que deveria ser lançado!!

Ele cantou com seu coração e fez um trabalho maravilhoso!!

Elvis também apresentou seu pai e eu o que ele queria que fosse incluído na edição final do especial da CBS, por isso ele nos apresentou.

Fale um pouco do seu livro, como os fãs podem ter acesso a ele e se algum dia ele poderá se tornar um filme ou mesmo uma série

Meu livro "Elvis and Ginger" está a venda no meu site na internet "Ginger Lita Leyser gllbooks" e qualquer um pode me mandar um e-mail para saber como adquirir um livro autografado.

Para terminar, gostaria de agradecer a entrevista e gostaria que você enviasse uma mensagem aos milhões de fãs de Elvis no Brasil e os amigos do nosso fã clube Almost Elvis e do nosso grupo TCB-PB,obrigado muito mesmo, que Deus te abençoe Ginger

Um muito obrigado, muito grande aos fãs brasileiros por manterem vivo o legado de Elvis, através de seus filmes e suas canções,  e pelo seu  apoio a esse maravilhoso artista e humanitário que ele foi..

Deus abençoe vocês, Ginger Alden...

https://www.gllbooks.com/

Obrigado mais uma vez a Ginger Alden por essa maravilhosa entrevista,

abraços a todos,

Elvis Monteiro presidente do Almost Elvis JP

e editor do site.

Elvis – 40 anos depois

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 O tempo passou rapidamente desde o fatídico 16 de agosto de 1977. Naquela terça-feira, após várias tentativas desesperadas de reanimação, Elvis é declarado oficialmente morto às 15h30min da tarde. Pouco depois, por volta das 20h, Doutor Jerry Francisco, chefe da equipe do Hospital Batista de Memphis, convoca a imprensa para realização de uma entrevista coletiva. Os fãs resistiram a acreditar, mas era verdade. Elvis, definitivamente, has left the building. Começava, a partir daí, um luto permanente, inexorável; luto que se estende até a presente data, mesmo 40 anos depois.

 Nestas últimas quatro décadas, a indústria da música e as comunicações passaram por profundas transformações. Quando Elvis partiu, a mídia fonográfica vigente ainda era o LP (long play), também referido como disco de vinil. O protótipo do CD (compact disc) já existia na década de 70. Porém, somente seria difundido em 1981, quando o grupo sueco ABBA lançou o álbum The Visitors, primeiro disco de música popular a ser comercializado no formato digital. A radiodifusão e a televisão eram os principais meios de promoção e divulgação de discos. A internet ainda engatinhava em 77, pois era utilizada, essencialmente, para o intercâmbio de dados oficiais dentro do governo americano. Diferentemente de hoje, os cantores novatos da década de 70 necessitavam percorrer várias etapas probatórias antes de alcançarem exposição na mídia.

De fato, a maneira de produzir e consumir música mudou dramaticamente. O mercado fonográfico está em declínio, atônito e desorientado, pois não consegue mais acompanhar a rapidez das transformações. Além da pirataria, o compartilhamento da música digital possibilitou a troca gratuita e instantânea de acervos gigantescos por meio da internet. É muito provável que o próprio CD de áudio, mídia sucessora do LP, caminhe para o desaparecimento no futuro não muito distante. Restarão, ao mercado fonográfico, as migalhas do comércio digital legalizado, onde um álbum qualquer pode ser retalhado em fatias, tendo as suas faixas compradas separadamente nos formatos mp3 ou flac.  

Há uma percepção generalizada de que a mídia está saturada de cantores inexpressivos e efêmeros. Nas décadas de 50, 60 e 70, o coroamento de um artista era conseguir gravar e lançar exitosamente um disco. Hoje, lançar um disco é tão fácil, comum e banal que pouco significa para o êxito e continuidade do artista. A rapidez dos meios de comunicação fez da música um bem de consumo altamente descartável, com evidente prejuízo da qualidade. Ao mesmo tempo, a internet possibilitou uma ampla abertura, com exposição dos mais diversos gêneros, pulverizando a cultura em diferentes estilos e tendências. Aqui, arriscamos dizer que a música popular transformou-se numa salada de gêneros medíocres; uma sopa repleta de todos os sabores, por isto sem identidade definida. Em síntese, a música popular está desprovida de novas referências, tanto no âmbito nacional, quanto no internacional.

Neste contexto, as condições necessárias para o surgimento de grandes ícones parecem não mais existir. Por isto, as maiores referências da música ainda são aquelas das décadas de 50, 60 e 70. Entre elas, Elvis ostenta lugar de destaque, provavelmente o maior de todos. Após tantas transformações, os fãs permanentemente fazem a seguinte reflexão: qual imagem de Elvis resiste no inconsciente coletivo quarenta anos depois?

Para responder a esta questão, recorrerei a um episódio cotidiano, porém emblemático, que me levou a refletir sobre o tema. Conversava, despretensiosamente, com alguém conhecido; falávamos sobre Elvis e a sua biografia. O meu interlocutor, de aproximadamente 50 anos, com nível de escolaridade mediano, fez algumas referências elogiosas a Elvis. Mas, ao final, lamentou dizendo: “pena que ele era viciado em drogas e álcool”. Ao perceber o conhecimento superficial dele, especificamente nesta matéria, procurei gentilmente esclarecê-lo. Disse-lhe que Elvis, de fato, ficou dependente de medicamentos controlados, mas não usava drogas ilícitas. Em seguida, ele, de certa maneira, ironizou-me com desdém e concluiu dizendo: “... é a mesma coisa”. Ainda tentei expor alguns argumentos, mas senti que não produzira efeito. Talvez, o meu interlocutor tenha tomado minha resposta como afronta, uma vez que contestava o seu parecer anterior. Naquele momento, resolvi não mais prolongar o debate por entender que resultaria ineficaz. Ele já tinha uma inteligência formada sobre a questão, ainda que limitada e preconcebida. Além disso, faltava-lhe a profundidade necessária para discutir o tema. Caso persistisse na defesa de Elvis, seria tomado como um fã romântico e ingênuo, ou simplesmente um admirador fanático.

Não obstante, fiquei mentalmente a ruminar aquela pequena querela que, de certa maneira, provocou-me algum mal-estar. Refleti sobre a veracidade dos argumentos evocados por ele. Teria eu uma visão tendenciosa pelo fato de ser fã há tantos anos? Os medicamentos controlados e as drogas ilícitas são, verdadeiramente, a mesma coisa? Procurei despir-me das emoções e examinar a questão com imparcialidade e frieza.

Realmente, do ponto de vista fisiológico da dependência, são coisas muito próximas, praticamente iguais. Dependência química é sempre dependência, em maior ou menor grau, independentemente do agente causador. Provoca, em ambos os casos, entorpecimento e efeitos variáveis e indesejáveis sobre a saúde do dependente. Todavia, existe um abismo semântico enorme entre a “dependência de medicamentos” e a “dependência de cocaína” ou “dependência de heroína”, etc.

No primeiro caso, a “dependência de medicamentos” remete à figura do paciente psiquiátrico, vítima de conflitos e doenças da mente, onde a utilização de drogas é feita sob a supervisão e prescrição médica. Este tipo de dependência corresponde, inequivocamente, ao perfil de Elvis. Os laudos da autópsia comprovaram que Elvis não morreu de overdose de medicamentos. Todas as substâncias encontradas em seu sangue estavam dentro das doses terapêuticas recomendadas, exceto pelo sedativo metaqualona, cuja concentração estava relativamente alta. Ainda assim, ficou demonstrado que nenhuma destas substâncias provocou o óbito.

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É praticamente consenso, entre as biografias mais reputadas, que a etiologia primária da morte foi majoritariamente cardíaca. O patologista brasileiro Raul Lamim, único médico não americano a participar da autópsia, confirmou estas informações à imprensa. Segundo Lamim, o prontuário médico de Elvis registrava, até 77, inúmeras entradas anuais e rotineiras para realização de exames. Em tempo algum, o prontuário faz referência à presença de drogas ilícitas ou de álcool no sangue de Elvis.

Por outro lado, a dependência de drogas ilícitas evoca outro significado moral no senso comum das pessoas. O sujeito dependente é geralmente visto como um delinquente, alguém moralmente degenerado, um individuo transgressor, que recorre ao mercado negro do tráfico e à marginalidade para alimentar o seu vício.

Quando se afirma, publicamente, que “Elvis era viciado em drogas”, subtende-se, de maneira equivocada, que ele era alguém corrompido, moralmente arruinado, desprovido de regras e condutas sociais. Infelizmente, parte da impressa e do público prefere os rótulos e os estereótipos, mais fáceis de assimilar e produzir impacto. Elvis, mesmo no final da vida, jamais abandonou suas referências éticas e religiosas. Manteve, às duras penas, os seus compromissos profissionais, mesmo com a saúde debilitada. Mais que isto, nunca fez alusão pública ou apologia da sua dependência. Ao contrário, fez de tudo para ocultá-la dos fãs. Maior prova disto foi o duro golpe que Elvis sofreu quando ex-funcionários de sua equipe publicaram o livro intitulado Elvis: What Happened? (Elvis: O Que Aconteceu?). O livro causou grande constrangimento a Elvis, pois expusera, de maneira sensacionalista, a dependência que desenvolvera.

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Não há registro audiovisual que mostre Elvis utilizando drogas lícitas ou ilícitas, tampouco insinuando ou fazendo exortação ao uso das mesmas. Ao contrário, Elvis participou de várias campanhas contra o uso de drogas. Em toda obra de Elvis, seja nos shows, seja nos filmes de Hollywood ou aparições na TV, o uso de drogas jamais foi sugerido ou encorajado. O mesmo se aplica para as letras de suas músicas.

O meu interlocutor também cometeu outro grande equívoco, atribuindo, a Elvis, o vício do alcoolismo. É fato amplamente documentado que Elvis possuía aversão à bebida, pois considerava o estado de embriaguez ridículo e socialmente deplorável. Elvis também repudiava o álcool porque familiares muito próximos a ele padeciam deste vício.

Em matéria publicada no site oficial da Universidade Belfast (Queen’s University Belfast), sediada na Irlanda, Reino Unido, lê-se um estudo realizado pelo doutor Stephen Kingsmore sobre as causas da morte de Elvis (ver link 1). O Doutor Kingsmore, conceituado cirurgião obstetra e geneticista, examinou o DNA de Elvis a partir de um fio de cabelo. O mesmo afirmou que os ataques feitos a ele, acusando-o de autodestruição, são injustos e improcedentes. O exame de DNA revelou que Elvis sofria de cardiomiopatia hipertrófica, uma doença rara do coração que se manifesta entre os 20 e 40 anos. Elvis apresentava vários sinais da cardiomiopatia, incluindo arritmia, fadiga e hipertensão. Na opinião do Doutor Kingsmore, se a doença tivesse sido identificada a tempo, Elvis não teria morrido precocemente. Matéria semelhante é apresentada no site do jornal britânico The Guardian, citando o mesmo estudo do Doutor Kingsmore (ver link 2). No artigo, lê-se que muitas das complicações de Elvis, a exemplo da obesidade, glaucoma e enxaqueca, foram predispostas geneticamente através de mutações identificadas no DNA.

Parece que a imagem de um Elvis “gordo e drogado”, amplamente difundida pela mídia, ficou incutida e enraizada na mente das pessoas desde 77.  Normalmente, este estereótipo é lembrado quando alguém pretende atacá-lo gratuitamente. Quando as pessoas comuns pensam em Elvis, normalmente o associa às drogas. Citam-no como um grande astro, mas também como símbolo máximo de um artista viciado, e que pereceu por causa do próprio vício.

As causas da dependência química de Elvis são controvertidas. Ousamos dizer que Elvis foi vítima da “tirania dos microfones”, expressão utilizada pelo compositor brasileiro Jair Amorim para se referir aos perigos inerentes ao estrelato. Ademais, Elvis sofria de um quadro crônico de ansiedade, insônia e dores articulares. Por esta razão, entre as substâncias encontradas em seu sangue, estavam ansiolíticos, sedativos e analgésicos. Os fãs mais raivosos culpam o médico pessoal de Elvis, o Doutor George Nichopoulos, pela dependência química progressiva. Porém, em várias ocasiões, Doutor Nick defendeu-se desta acusação, dizendo que tentou, repetidas vezes, reduzir as doses com placebos. Mesmo assim, não obteve êxito.

O artigo intitulado “George C. Nichopoulos”, publicado no site Wikipedia (2017), fornece algumas informações sobre a batalha jurídica travada entre o Doutor Nick e os tribunais (ver link 3). Segundo o artigo, em 1980, Doutor Nick foi formalmente acusado de emitir um número absurdo de prescrições para Elvis, Jerry Lee Lewis e outros doze pacientes. Somente no ano de 77, Doutor Nick prescreveu mais de 10.000 doses para Elvis, incluindo laxantes, tranquilizantes, anfetaminas e narcóticos. Todavia, Doutor Nick foi absolvido deste processo específico, pois os pareceres médicos sobre as causas da morte eram inconclusivos e conflitantes. O tribunal concluiu que o Doutor Nick agiu no melhor interesse dos seus pacientes.

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Será que a dependência de Elvis era igual a de Jim Morrison, vocalista do The Doors que morreu vítima de overdose de heroína em 1971? Em nossa percepção, são casos diferentes. Por analogia, o caso de Elvis aproxima-se mais do drama de Michael Jackson, que ficou dependente do fortíssimo analgésico propofol. Existe uma hipótese de que a dependência começou depois de queimaduras que Jackson sofrera durante a filmagem de um videoclipe. O médico particular de Jackson, Doutor Conrad Murray, foi condenado por homicídio culposo em 2011, sendo considerado pelo júri responsável direto pela morte do artista.

O fato de Elvis ter sido ou não dependente de drogas lícitas não faz diferença alguma para os fãs, admiradores e simpatizantes. Tampouco ofusca o brilho do seu talento e legado artístico. Os fãs geralmente se ressentem, e com justa razão, das meias verdades proferidas sobre Elvis. Declarar que Elvis era dependente de medicamentos psicotrópicos é algo absolutamente verdadeiro, um fato biográfico insofismável, amplamente documentado e aceito sem contestação pelos fãs. Mas, dizer, simplesmente, que ele era um “viciado em drogas” é uma afirmação revestida de outro significado semântico, repleto de ideias preconcebidas e equivocadas.

Aqui, não se trata de deificar Elvis ou considerá-lo moralmente impoluto, imaculado ou perfeito. A despeito do seu talento, Elvis possuía muitos defeitos e fraquezas humanas. Trata-se, simplesmente, de fazer justiça histórica à sua biografia. Felizmente, nestes quarenta anos, novas evidências e revelações vieram a público, ajudando a clarificar as sombras que ainda pairam sobre a dependência química de Elvis. Lamentavelmente, as mentes mais cauterizadas resistem a uma revisão de conceitos. Por isto, é tarefa nossa, de fãs e admiradores, lançar luzes sobre a verdade e desconstruir o estereótipo preconceituoso que ainda reveste a figura do Rei. Viva Elvis!

 Solidonio

Colaborador do almostelvis.jp fã clube.

 Link 1:

https://daro.qub.ac.uk/stephen-kingsmore---elvis-presley

Link 2:

https://www.theguardian.com/media/2014/mar/25/channel-4-show-discovers-cause-of-elvis-presley-death

Link 3:

https://en.wikipedia.org/wiki/George_C._Nichopoulos#Legal_battles

Elvis, depois de 77...

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Os fãs de Elvis comemoram, neste dia 8 de janeiro, o aniversário de nascimento de Elvis, que completaria 82 anos, caso estivesse vivo. Nesta data festiva, os fãs se reúnem para celebração e troca de ideias. Normalmente, nestes encontros, uma questão recorrente diz respeito ao grau de popularidade que Elvis ainda detém, mesmo após quatro décadas do seu trágico desaparecimento. Alguns críticos afirmam que a imagem icônica de Elvis não seria a mesma, caso ele tivesse sobrevivido à década de 70. Dizem até que Elvis caminharia para o ostracismo se permanecesse vivo. Será verdade? Após 77, a carreira de Elvis teria sido exitosa? Que rumo tomaria?

A resposta à primeira reflexão parece óbvia, pois a imagem de Elvis é, inequivocamente, mítica no mundo da música. Elvis permanece uma referência indiscutível, sendo capaz de movimentar o mercado fonográfico e conquistar novos adeptos. O seu nome é tema de livros, documentários, filmes, debates e entrevistas das mais variadas. Até teses acadêmicas já se debruçaram sobre o legado artístico de Elvis e sua contribuição para cultura musical norte-americana. Maior prova desta importância é a vendagem expressiva de dois álbuns recentes em que Elvis é acompanhado pela atual Orquestra Filarmônica Real de Londres: If I Can Dream e The Wonder of You. Ambos alcançaram o primeiro lugar no Reino Unido em 2015 e 2016 respectivamente.  

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Ainda que a imagem de Elvis permaneça viva no inconsciente coletivo, deve-se reconhecer que ele não mais figura entre os artistas popularescos que gozam de alta exposição na mídia. Hoje, Elvis parece pertencer à dimensão dos artistas “Cult”. Esta expressão, amplamente utilizada na língua inglesa, indica a preferência por coisas diferentes, alternativas e que divergem do padrão comum da atualidade; padrão que é geralmente massificado e medíocre. De fato, o repertório de Elvis já pode ser definido como “pop clássico”. Os admiradores de Elvis, principalmente os mais jovens, fazem parte de uma categoria de público diferenciada; categoria que busca ativa e conscientemente aquilo que deseja, ao invés de consumir passivamente os detritos do atual mercado fonográfico. O mesmo se pode dizer dos fãs dos Beatles, banda de rock que ostenta status semelhante ao de Elvis, mas que possui uma vendagem total de álbuns e tempo de carreira inferiores ao dele.

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Se Elvis tivesse vivido mais 10, 20 ou 40 anos, o que poderíamos esperar de sua carreira?  Uma análise dos acontecimentos que antecederam a sua morte pode fornecer algum indício. Os simpatizantes da música religiosa defendem que Elvis, com o passar dos anos, teria se tornado um intérprete gospel. Esta opinião era compartilhada por JD Summer, back vocal de Elvis e membro do grupo The Stamps. Todavia, os últimos álbuns de Elvis não revelam esta tendência. É verdade que canções do gospel eram eventualmente incluídas nos discos. Mas, os álbuns não eram exclusivamente do gênero “gospel”, pois contemplavam estilos musicais dos mais variados. De fato, o último disco de Elvis exclusivamente gospel foi “He Touched Me”, lançado cinco anos antes do seu falecimento. Portanto, em nosso entendimento, Elvis continuaria incluindo gospels eventuais em seus discos, mas sem dedicação exclusiva ao gênero.

Mas, afinal, qual seria a tendência da carreira de Elvis nas décadas vindouras? É interessante que, após o desparecimento quase total do gênero “disco”, em meados de 1980, novos estilos musicais ressurgiram; ao mesmo tempo em que o rock recuperou a evidência temporariamente perdida, inclusive no Brasil. Nesta época, vários artistas das décadas de 60 e 70 reapareceram exitosamente, interpretando grandes baladas de amor. Se Elvis tivesse alcançado a década de 80, poderia ter acompanhado esta nova tendência, cujo contexto seria ideal para o lançamento de canções românticas, especialidade em que Elvis era imbatível.

A possibilidade de que Elvis seguiria como cantor predominantemente romântico é bastante provável. Esta afirmação tem como base a observação da carreira do próprio Elvis e de outros intérpretes da sua geração. A maioria dos cantores populares sofre um amadurecimento artístico e natural na medida em que envelhece. Em geral, o repertório fica mais introspectivo e requintado. Às vezes, até mesmo conservador. Nesta fase da vida, canções agressivas, rupturas e transgressões de comportamento são incomuns, pois estas características estão normalmente associadas aos cantores jovens. Analisando os últimos álbuns de Elvis, verifica-se que esta inclinação já era bastante perceptível; tanto que Elvis sofria críticas porque gravava poucas faixas dançantes de rock. Seguramente, o repertório de Elvis ficaria mais elegante a partir da década de 80. Teríamos um Elvis mais contido, intimista, apurado, preponderantemente romântico, gravando estilos musicais mais diversificados. Ele poderia ser um “blues man” refinado, a exemplo de B.B. King, ou interpretar canções melódicas que tanto gostava do gênero “country”.

Aqui, cabe relembrar o contexto musical que vigorava nos anos que antecederam a morte de Elvis.  Muitas das transformações iniciadas na década de 60 ainda produziam eco na década de 70. Havia uma percepção generalizada de que uma nova cultura deveria ser adotada em substituição à cultura antiga. Diferentemente de hoje, onde o cenário musical está pulverizado, com diferentes gêneros convivendo simultaneamente, o fim da década de 70 se caracterizou por uma cultura musical mais homogênea; cultura que, temporariamente, sufocou os demais estilos.

O ápice desta cultura foi representado pela explosão da “disco music”. Tratava-se de um gênero musical dançante, festivo, jovem, normalmente associado à moda, estilo de vida noturno e extremamente liberal. No Brasil, o gênero “disco” ficou conhecido como “discoteca”. Era o tempo do brilho, da dança livre e das luzes saltitantes. O chão das discotecas era multicolorido e iluminado; ao mesmo tempo em que um globo espelhado e giratório adornava o teto. Abaixo dele, jovens dançavam freneticamente entre as sombras e o piscar de luzes. Tudo isso, ao som dos Bee Gees, trio musical considerado os “reis do disco”. O filme “Embalos de Sábado à Noite” (Saturday Night Fever), lançado no ano da morte de Elvis (1977), mostra a cultura “disco” de maneira emblemática.

A explosão do gênero disco foi tão impactante que influências deste estilo podem ser sentidas na canção “Moody Blue”, faixa-título do último álbum de Elvis. Porém, diferentemente do movimento hippie dos anos 60, a cultura “disco” não tinha fundo ideológico anarquista ou contestador. Era, basicamente, um estilo musical novo e recreativo, fortemente associado aos avanços tecnológicos que ocorreram naquele período. De fato, no final dos anos 70, era criado o protótipo do CD (compact disk) nos laboratórios da Philips, mídia digital que, gradativamente, viria a substituir os discos de vinil; os microcomputadores começavam a aparecer no cotidiano das grandes empresas; a telefonia móvel (telefones automotivos) já era comum nos Estados Unidos e Europa; ao mesmo tempo em que os videocassetes, precursores do atual DVD, se popularizavam na América.

Nesta época, o público jovem não mais se identificava com o repertório de Elvis, considerado extemporâneo e antigo para esta faixa etária. Elvis ainda possuía uma vendagem expressiva de discos, mantendo uma agenda repleta de shows. Mas, o seu público era formado, majoritariamente, por fãs que foram conquistados ao longo da carreira. A atenção dos jovens estava quase completamente voltada para os artistas e bandas do movimento “disco” e de outros gêneros menores, a exemplo do punk rock.

Uma matéria interessante, publicada no Rapid City Journal, dá uma ideia geral sobre a percepção que o público tinha de Elvis naquela época (ver link 1). Este artigo comentava o show realizado por Elvis na cidade de Rapid City (Dakota do Sul) no dia 21 de junho de 1977. A matéria, assinada por Jeri Gulbransen, foi encabeçada com o seguinte destaque: There's no doubt about it - Elvis is still king (Não há dúvida quanto a isto - Elvis ainda é Rei).  O título soa quase como um desagravo a Elvis, cuja imagem já era duramente criticada. O artigo termina com a seguinte frase (tradução literal do inglês): “Os seus detratores podem chamar Elvis de velho e gordo, mas os fãs que lotam todos os shows sabem – Ele é o Rei”.

Portanto, em meados de 77, Elvis não estava no ápice de sua carreira. Um exame crítico da sua trajetória artística revela que a mesma foi caracterizada por fases cíclicas de altíssima notoriedade, intercaladas por períodos de popularidade mediana. Os picos mais importantes estão situados na década de 50 e no período do Comeback Especial (1968). Depois do antológico show do Havaí (1973), a popularidade de Elvis retorna ao nível mediano, assim permanecendo até a sua morte. De fato, a pontuação “Billboard” dos álbuns de Elvis, especificamente aqueles da década de 70, confirma esta afirmação (ver link 2).  Embora os álbuns normalmente figurassem entre os 100 mais vendidos, raramente eles alcançavam as primeiras posições nos Estados Unidos. Nesta fase, um dos poucos discos, talvez o único, que logrou a primeira posição foi Aloha From Hawaii, lançado em fevereiro de 1973. 

Não obstante, a trajetória de Elvis mostra que ele tinha a capacidade de se renovar artisticamente, superando adversidades profissionais. Por isto, é razoável supor que, depois de um período relativamente difícil, uma nova reviravolta poderia acontecer; provavelmente na entrada da década de 80.  Algumas biografias sugerem que Elvis poderia se desligar definitivamente do coronel Tom Parker, empresário que limitou, direta ou indiretamente, o seu potencial artístico. Este desligamento, caso ocorresse, poderia dar fôlego novo a Elvis, principalmente no âmbito internacional. Isto porque o coronel se opunha veementemente a realização de shows fora do território norte-americano. Elvis também ficaria mais livre para gravar o repertório que desejasse. Além disso, teria mais independência para planejar sua carreira e agendar os seus shows. Neste cenário, é bastante provável que Elvis realizasse várias turnês fora dos Estados Unidos, incluindo Europa, Japão e América Latina. Um show de Elvis no Brasil seria quase certo, tendo em vista o grande número de fãs e admiradores pagantes. Poderíamos sonhar com Elvis cantando no estádio do Maracanã lotado, assim como fez Frank Sinatra em 1980, cantando para 175 mil pessoas em um show histórico e memorável.

Entretanto, para que Elvis sobrevivesse à década de 70, ele teria que resolver muitos dos seus conflitos pessoais. Estes conflitos eram, provavelmente, a causa da sua desmotivação e apatia. Em parte, eles também provocaram a dependência de medicamentos, cujo longo período contribuiu para deteriorar o seu estado de saúde. Para que pudesse vencer a dependência, Elvis teria que reconstruir sua vida pessoal, passando a cuidar mais de si mesmo. Talvez, o casamento planejado com a belíssima jovem Ginger Alden desse a Ele novo ânimo pessoal e profissional.

Atualmente, é lamentável constatar que Elvis poderia ter vivido muito mais tempo, talvez até a presente data, caso os seus problemas de saúde tivessem sido remediados precocemente. Os problemas digestivos, particularmente os intestinais, eram perfeitamente tratáveis, mesmo que para isto necessitassem de cirurgia. O mesmo se pode dizer dos problemas cardíacos, pois, já naquele tempo, as doenças isquêmicas do coração eram tratadas com medicamentos e técnicas de reperfusão.

Alguns autores defendem a tese de que Elvis, pouco tempo antes de morrer, passou a sofrer de um câncer ósseo. Por isso, fatalmente pereceria, de uma maneira ou de outra. Entretanto, esta hipótese foi enfaticamente negada pelo Doutor George Nichopoulos, médico pessoal de Elvis que acompanhou os procedimentos da autópsia. Em entrevista concedida ao site “Elvis Information Network” (ver link 3), Doutor Nick declara textualmente: “A hipótese de que Elvis teria um câncer ósseo foi levantada por um dos médicos da autópsia... Porém, exames posteriores foram realizados, comprovando que Elvis não tinha câncer”. Segundo Doutor Nick, muitas pessoas ligadas a Elvis, inclusive ele mesmo (Dr.Nick), acreditavam nesta possibilidade, mas que se mostrou ser equivocada.

Neste ponto, resta-nos esclarecer outra reflexão anterior: a imagem mítica de Elvis seria a mesma se ele tivesse sobrevivido à década de 70? A reposta é, seguramente, “não”. Esta imagem aumentou substancialmente com a sensação de vazio deixada pela sua morte trágica, inesperada; a morte do artista mais consagrado e idolatrado da música norte-americana. A repercussão do falecimento foi tamanha que gerou uma onda de comoção generalizada, talvez a maior deste gênero, somente comparada ao assassinato do presidente Kennedy em 1963. No Brasil, a morte de Elvis era tema recorrente nos lares, escolas, praças, bares, espaços públicos e, sobretudo, na imprensa falada e escrita. Os discos, tão logo chegassem às lojas, rapidamente se esgotavam; revistas eram lançadas a todo o momento sobre ele; ao mesmo tempo em que os seus filmes passaram a ser reprisados constantemente.

Ademais, as circunstâncias da morte foram envoltas numa atmosfera de mistério e teorias que ajudaram a reforçar a figura mítica do Rei. Muito deste mistério perdura até hoje. Afinal, Elvis morreu? Como? O que o matou?  Foram os medicamentos ou os problemas cardíacos? Elvis usava drogas? Por que os laudos da autópsia ainda não foram integralmente publicados? Por que os turistas de Graceland não podem subir até o segundo andar e visitar os aposentos de Elvis? Ainda restam imagens e canções não reveladas?

Desde 77, estas hipóteses contribuíram para reforçar o estereótipo icônico de Elvis. Mas, sobretudo, a imagem do mito fundamenta-se em algo palpável e real: o seu excepcional talento e a grandiosidade do seu legado. Não fossem estas características, o mito não teria se perpetuado. O falecimento súbito, comovente e inesperado fez o público geral e os fãs redescobrirem a discografia de Elvis. Maior prova disto é o álbum Moody Blue, último lançamento de Elvis. Em 77, com Elvis ainda vivo, Moody Blue foi laureado com o disco de ouro, cujo prêmio foi entregue pessoalmente a Ele. O disco também alcançou o status de primeiro lugar na categoria dos álbuns “country” de 77. Porém, em 1992, Moody Blue saltou de disco de ouro para platina dupla nos Estados Unidos e Canadá. O mesmo se pode verificar em muitos álbuns das décadas de 60 e 70, cuja vendagem e interesse aumentaram enormemente; tanto que estes álbuns vêm sendo exaustivamente reeditados e enriquecidos com material extra.

Porém, em nosso entendimento, é um exagero dizer que a morte de Elvis “salvou” a sua carreira do ostracismo. Isto seria negar a sua contribuição artística, que já era enorme naquela época; seria subestimar a capacidade de Elvis se autorrenovar e vencer obstáculos profissionais. Se Elvis tivesse sobrevivido aos conflitos que o mataram, ele teria encontrado novos caminhos, dando continuidade a sua trajetória. Ousamos dizer que Elvis garantiria algum lugar de destaque, simplesmente por aquilo que já tinha construído, mesmo que não tivesse gravado um disco sequer a mais. Na pior das hipóteses, manteria sua notoriedade mediana de 77, pois a legião de fãs continuaria a acompanhá-lo incondicionalmente. Porém, é certo que Elvis não seria um artista fugaz dos modismos de hoje.  Ele estaria no rol dos cantores consagrados, quase intangíveis. Encabeçaria um time veterano de estrelas, onde figuram artistas como Bob Dylan, Tony Bennet, Paul McCartney, Julio Iglesias, Roberto Carlos e tanto outros. Elvis teria o status de “hors-concours”, expressão francesa que indica alguém grandioso e excepcional; alguém que está acima da competição pelo fato de já ter sido laureado.

Infelizmente, Elvis partiu prematuramente. Tão cedo, privou-nos de sua voz inconfundível. Há inúmeras canções de Elvis que são absolutamente sublimes, irretocáveis, cuja harmonia alcança a própria perfeição; canções que parecem tocar os céus, tamanha era a capacidade de Elvis imprimir sentimento e verdade através da sua voz. Hoje, Elvis pertence à dimensão mais alta dos imortais. Ele vem de uma escola onde os grandes astros eram forjados pelo talento genuíno. Do contrário, não alcançavam o estrelato; astros do nível de Sinatra, Nat King Cole, Ray Charles, Roy Orbinson e Lennon.

Na atualidade, as condições necessárias para o surgimento de ícones da música não existem mais. Isto porque a maneira de produzir e consumir música mudou radicalmente. O mercado fonográfico está em declínio, ao mesmo tempo em que os meios de comunicação estão pulverizados e saturados de cantores medíocres. O advento da internet, apesar de todas as vantagens, agravou a “cultura do lixo”, onde tolices ridículas podem ser publicadas e vistas a todo o momento.

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Por estas e outras razões, o legado de Elvis permanece inabalável. Talvez, com solidez ainda maior que aquela de outrora. Hoje, se nós, os seus fãs, pudéssemos falar diretamente a Ele, diríamos: “descanse em paz Rei. Saiba que, enquanto o mundo existir, o seu talento será permanentemente enaltecido e sua música revivida”. Viva Elvis!

Solidonio

Colaborador do fã-clube Almost Elvis JP

Janeiro de 2017. 

Link 1:

http://www.elvisconcerts.com/newspapers/press78.htm

Link 2:

http://elvispresleycharts.com/albums/

Link 3:

http://www.elvisinfonet.com/interview_drnick_2010.htm

Elvis Presley – O Músico

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A voz de Elvis era, inequivocamente, o seu maior e melhor instrumento. Mas, além disso, Elvis é retratado em vídeos e fotos como músico instrumentista. Frequentemente, ele está empunhado sua guitarra ou violão, às vezes tocando ao piano, acompanhado sua própria voz. Tratava-se de estratégia promocional? Ou Elvis realmente possuía talento como músico? Biógrafos e críticos de música atestam que Elvis não era um instrumentista excepcional, tampouco um solista extraordinário na guitarra, a exemplo de Jimmy Hendrix, Carlos Santana ou Eric Clapton. Elvis normalmente aparece exercendo o papel de guitarrista rítmico. Nesta função, o desempenho de Elvis é considerado regular ou simplesmente satisfatório. Em contrapartida, também existem relatos que enaltecem as habilidades de Elvis na guitarra. Johnny Cash, consagrado cantor de música country norte-americana, dá um depoimento impressionante, relembrando uma apresentação de Elvis no clube Eagle’s Nerst (Memphis) em meados de 1954. Cash afirma textualmente (em inglês): “Elvis era grande. Ele cantou That’s All Right Mama e Blue Moon of Kentucky muitas vezes, além de musicas negras… A atenção do público não vinha exclusivamente do seu carisma... Algo que realmente me impressionou naquela noite era a sua forma de tocar guitarra. Elvis era um guitarrista rítmico fabuloso. Quando ele começava That’s All Right Mama sozinho, com sua guitarra, você não precisava ouvir mais nada...”

A seguir, apresentamos uma matéria traduzida, originalmente publicada no site www.graceland.com. O texto descreve, resumidamente, os atributos de Elvis como músico. Procuramos traduzir a matéria o mais literalmente possível, fazendo pequenas alterações quando necessário a fim de preservar a ideia central do autor. O texto original em inglês pode ser obtido através do seguinte endereço: < http://blog.graceland.com/elvis-presley-the-musician>

 Elvis Presley construiu uma carreira legendária em torno de sua voz inesquecível, mas a voz não era o seu único instrumento.  Quais eram os instrumentos que Elvis tocava? Tocava guitarra, baixo e piano. Frequentemente, ele brincava com outros instrumentos, como bateria, acordeão e ukelele (um pequeno violão havaiano). Elvis não lia ou escrevia música, porém era um músico natural e tocava tudo de ouvido. Ele costuma ouvir uma música, pegar um instrumento e tocá-la. Normalmente, Elvis tocava durante as sessões de gravação e sempre produzia sua própria música.

Elvis simplesmente nasceu para criar música e estava sempre aprendendo novos modos de fazê-lo. Possuía uma criatividade sem limites. Muitas vezes, aproveitava a chance de brincar e praticar com qualquer instrumento que estivesse disponível.

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 Elvis tinha uma guitarra nas mãos em quase todos os seus filmes, a exemplo de “Loving You” de 1957.

 Elvis segurou um violão aos 11 anos de idade, em Tupelo, quando sua mãe Gladys comprou o instrumento para o seu aniversário na Tupelo Hardware. Ele utilizou este violão durante todo o curso colegial e até mesmo no seu início de carreira. Elvis dispôs de muitos e melhores violões ao longo de sua vida, e usou muitos deles em seus filmes.

O violão é o instrumento mais associado a Elvis. Embora ele fosse um bom tocador, ele não era um especialista. Todavia, mais importante do que isso, era a sua imagem. Elvis, o rei do rock and roll, sempre aparentava ser mais bacana com o seu violão na mão. Influenciou muitos jovens fãs a pegarem uma guitarra, exatamente como ele fez. Não fosse Elvis e sua guitarra, provavelmente não teríamos os Beatles, Led Zeppelin, Bruce Springsteen e muitos outros.

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Foto 1: Elvis brinca com um baixo no set de filmagem de GI Blues.

Elvis também tocava baixo. Em 3 de maio de 1957, Elvis e sua banda estavam trabalhando na trilha sonora de Jailhouse Rock. Bill Black estava com dificuldade de introduzir o seu novo baixo elétrico na canção You’re So Square, Baby I Don’t Care. Frustrado, ele acabou desistindo. Elvis surpreendeu a todos quando pegou o baixo e tocou. Fez isso tão perfeitamente que Jerry Lieber arranhou o vocal, e os dois gravaram o máster instrumental perfeito para Elvis sobrepor a sua voz à faixa.

Quando os Beatles visitaram Elvis na Califórnia em 1965, todos eles tocaram com ele (Elvis) no baixo.  Assim recordou John Lennon: “Ele tinha um amplificador pesado conectado ao baixo, e seguiu tocando baixo o tempo todo. Nós apenas estávamos lá e tocamos com ele. Ligamos o que estava por perto, tocamos e cantamos”.

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O piano foi outro instrumento que Elvis tocou de ouvido ao longo de sua vida. Aqui, ele canta entre cenas do filme Spinout.

Assim como a guitarra, Elvis aprendeu piano cedo, tocando de ouvido. Frequentemente, tocava durante os ensaios e, eventualmente, no placo. Particularmente, ele adorava reunir-se em torno do piano durante as sessões gospel. Uma das mais impressionantes fotos de Alfred Wertheimer mostra Elvis sentado ao piano, aos 21 anos de idade, tocando e cantando músicas para si mesmo.

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              Elvis pegou a bateria durante o intervalo de um filme.

Elvis pode nunca ter tocado bateria nos seus discos ou no palco. Mas, sempre estava cheio de energia e curiosidade musical, arriscando suas mãos na bateria muitas vezes. De fato, o primeiro presente recebido por Elvis de sua futura esposa, Priscilla Presley, foi uma percussão bongo.

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     Esta foto foi tirada após uma performance em Richmond, Virgínia, 1956.

Elvis, tocando acordeão? Este não é, exatamente, o instrumento de uma estrela do rock. Mas, Elvis, que amava todos os tipos de música, nunca hesitou em pegar um instrumento e ver o que poderia tocar. Esta foto foi feita exatamente após uma apresentação em Richmond, Virgínia, em 30 de junho de 1956. Ele não estava cansado após o show. Elvis brinca com um baralho de cartas e com o acordeão, talvez, fazendo um truque de mágica. Fazia tudo isso ao mesmo tempo, enquanto conversava com repórteres.

Você gostaria de saber ainda mais sobre Elvis. Confira a sua casa, Graceland, onde você pode ver quais instrumentos Elvis tocava e aprender mais sobre ele: o músico, o cantor, o artista, o ator e, obviamente, o homem.

Matéria original da Elvis Presley’s Graceland

03 de dezembro de 2015.

Viva Elvis!

Tradução,

Solidonio, 24 de setembro de 2016.

Colaborador do Almost Elvis Fã Clube JP.

 

 

 

Discografia de Elvis – Passado, Presente e Novas Perspectivas

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O interesse pela discografia de Elvis aumentou dramaticamente após o seu desaparecimento prematuro na manhã de 16 de agosto de 1977. Ao mesmo tempo, o luto permanente de fãs e admiradores despertou o desejo inevitável de recuperar tudo aquilo que Elvis registrou, seja nas bobinas de áudio, nas películas dos filmes ou nas câmaras fotográficas. A partir de então, foi deflagrada uma busca incansável por material inédito eventualmente esquecido nos arquivos da RCA Victor, gravadora oficial de Elvis. Como resultado desta busca, muitas canções desconhecidas foram resgatadas e disponibilizadas comercialmente em álbuns póstumos.

A discografia de Elvis pode ser cronologicamente dividida em três momentos ou fases. A primeira fase coincide com o tempo de vida de Elvis, portanto acaba exatamente com o advento de sua morte. Até este período, o material lançado correspondia, majoritariamente, aos takes másteres, também conhecidos como takes oficiais. Durante as sessões de gravação, Elvis repetia a mesma canção inúmeras vezes à exaustão. Isto com o propósito de obter o melhor resultado possível. O melhor take de uma série era selecionado pelos produtores como o take máster, passando a integrar o álbum a ser lançado comercialmente. Os demais takes eram simplesmente descartados, sendo considerados tecnicamente inferiores. Os takes rejeitados eram apagados das bobinas de áudio ou armazenados no arquivo “morto” da gravadora. Estes takes são atualmente referidos como takes alternativos. Muitas vezes, o take alternativo é semelhante ao máster, apresentando diferenças sutis. Não obstante, há casos em que a diferença é gritante, tornando a canção distinta, quase irreconhecível.

A partir da morte de Elvis, inicia-se a segunda fase da sua discografia, caracterizada por uma enxurrada comercial de takes alternativos, eventualmente com lançamento de canções inéditas. De fato, para satisfação dos fãs, músicas desconhecidas, pelo menos na voz de Elvis, foram lançadas neste período. Por exemplo, as faixas It’s Different Now, Lady Madonna (dos Beatles), Blowin’ in The Wind (de Bob Dylan), You're The Reason I'm Living (ao vivo), Maybelline (de Chuck Berry), I’m a Roustabout, etc.

O lançamento de takes alternativos e informais aumentou consideravelmente na década de 90. Mas, alcançou o seu período áureo com a criação da série especial intitulada FTD (Follow That Dream) fundada em 1999, cuja matriz está sediada na Dinamarca. Esta série, ainda em atividade, tem como projeto fundamental reeditar vários álbuns de Elvis, porém enriquecidos com a adição de raridades e takes alternativos. Tamanho é o material lançado, que mais de 100 títulos de Elvis já foram catalogados pela FTD/BMG. Projeto semelhante é apresentado pelo selo americano Legacy Editon. Em ambos os casos, o material procura atender aos colecionadores mais detalhistas e exigentes. Outra qualidade dos álbuns FTD e Legacy é a excelente remasterização digital dos takes, corrigindo eventuais equívocos da masterização original. Um exemplo disto é o álbum “Love Letters From Elvis” de 1971. A remasterização melhorou sensivelmente a qualidade sonora, permitido o realce de detalhes anteriormente quase imperceptíveis. Magnífico trabalho de remasterização também foi feito no álbum duplo "Way Down In The Jungle Room”, lançado pela Legacy Editon em 2016. Este álbum, particularmente no CD número 2, está repleto de takes alternativos da última sessão de gravação de Elvis, a Jungle Room Session.

Além de álbuns reeditados de estúdio, a série especial FTD tem disponibilizado várias gravações inéditas que foram registradas ao vivo durante os shows de Elvis. Algumas destas gravações foram obtidas diretamente da mesa de som (CDs soundboards), apresentando qualidade sonora quase profissional. Outras foram registradas por fãs anônimos com gravador portátil, possuindo uma qualidade mais baixa. Paralelamente aos lançamentos FTD e Legacy, muitos selos independentes e não oficiais (CDs bootlegs) têm comercializado takes alternativos, raridades e gravações de shows.

Enfim, a discografia de Elvis ainda vive a sua segunda fase, caracterizada pela reedição de álbuns, contendo enorme quantidade de takes alternativos. Sabe-se que Elvis gravou mais de 700 másteres que foram catalogados oficialmente. Se forem contabilizados os takes alternativos e as gravações raras, o número total de gravações salta para três ou quatro vezes mais.  

Os colecionadores mais atentos, aqueles que acompanham detidamente a discografia de Elvis, têm observado um acontecimento relativamente novo - o lançamento crescente de muitos CDs remixados (remixes) ou refeitos (remakes). Os CDs remixados parecem apontar para o início da terceira fase da discografia de Elvis. Esta terceira fase coincide com o declínio da segunda, tendo em vista que a quantidade de takes alternativos remanescentes parece esgotar-se rapidamente. De fato, todos os álbuns de estúdio da década de 70 já foram reeditados pela FTD/BMG. O mesmo se aplica à imensa maioria das trilhas sonoras, muitos álbuns das décadas de 50 e 60 e gravações ao vivo. Trabalho exaustivo de reedição tem sido igualmente realizado pela Legacy Edition e pelos bootlegs.

É muito provável que, nos próximos anos, todo material inédito de estúdio estará exaurido. Talvez, restem algumas poucas raridades nas mãos de colecionadores, porém em quantidade insignificante para criar uma série especial de discos. Este cenário de esgotamento é, provavelmente, uma das causas dos álbuns remixados. Diante da impossibilidade das gravadoras lançarem material novo, resta dar uma nova aparência ao material previamente conhecido.

Para melhor compreender os discos remixados, três processos técnicos da indústria fonográfica devem ser diferenciados: remastered (remasterizado) remixed (remixado) e remaked (refeito). A remasterização não objetiva modificar a originalidade do take. Trata-se simplesmente de um aprimoramento do som, onde o áudio sofre diversos processos de filtragem, compressão, equalização, avivamento e equilíbrio de canais. Na maioria das vezes, o resultado final é a pureza do som, realçando as minudências da gravação, sendo fiel àquilo que foi originalmente registrado na matriz analógica. Em contrapartida, a distinção entre remixed e remaked é mais confusa. Mas, comercialmente, são termos utilizados quase como sinônimos. Na prática, eles indicam que a voz de Elvis foi extraída da gravação original e mixada a um novo acompanhamento musical. Muitas vezes, este acompanhamento está repleto de efeitos eletrônicos, sintetizadores e sons artificiais produzidos pela parafernália digital.

O primeiro disco a lançar músicas refeitas de Elvis foi “Guitar Man” em 1981, ainda sob o comando de Felton Jarvis, produtor original dos discos de Elvis. As dez faixas deste LP foram posteriormente relançadas no CD “Too Much Monkey Business” da série FTD/BMG em novembro do ano 2000. Porém, “Guitar Man” pode ser considerado um evento isolado da década de oitenta, pois muitos anos se passaram sem que álbuns remixados fossem lançados oficialmente pela BMG/RCA.

Os discos remixados ou refeitos têm dividido a opinião dos fãs. Até que ponto este artifício tecnológico compromete a obra genuína de Elvis? Aqui, cabe uma reflexão ainda mais perturbadora: se Elvis estivesse vivo, aprovaria a realização destes remixes? Ficaria satisfeito com as modificações artificialmente realizadas? Esta é uma pergunta difícil de responder, até mesmo para os músicos que conviveram com Ele. Uma opinião favorável aos remixes é dada pelo próprio Felton Jarvis ao escrever na contracapa do disco Guitar Man. Jarvis declara textualmente (em inglês): “Como você pode ouvir, é como se Elvis tivesse regravado estas músicas hoje, mas apenas o vocal é realmente original. Eu sei que Elvis iria adorar, e nós esperamos que você goste.

Um exame rápido dos últimos lançamentos de Elvis revela o número impressionante de coletâneas oficiais remixadas ou refeitas. Em nosso entendimento, este fenômeno aponta para o surgimento da terceira fase da discografia de Elvis. Por exemplo, os CDs intitulados Elvis Spankox Re-versions, Elvis Reloaded, Elvis Relive, Elvis Regeneration, Elvis New Sessions, Elvis New Recordings, Elvis Remixes, Elvis Christmas Remixes; Elvis Bossa Nova Baby, Viva Elvis e tantos outros.

Até mesmo o premiado álbum If I Can Dream pode ser considerado um remake refinado. Neste CD, Elvis é solenemente acompanhado pela atual Orquestra Filarmônica Real de Londres, formando uma parceria magnífica que nunca existiu. Mas, que se tornou possível graças aos recursos da tecnologia digital. If I Can Dream foi lançado originalmente em 2015 e sagrou-se como disco de platina, alcançado o primeiro lugar na Austrália e no Reino Unido. Sem dúvida, um feito impressionante para um artista falecido há quarenta anos.

Agora, resta-nos fazer um exame crítico dos remixes. Primeiramente, assinalar que nem todos os remixes são iguais quanto ao resultado obtido. Alguns introduzem elementos novos, mas preservam o gênero fundamental da canção, sem comprometer a sua essência.  Em contrapartida, também existem remixes de péssimo gosto que pecam pelo excesso de efeitos eletrônicos. Nestes casos, a originalidade da canção é totalmente pervertida, subvertendo o gênero musical do qual ela faz parte. Os piores resultados vêm dos takes remixados da década de 50, época em que Elvis gravava muitas faixas de blues e rockabilly. É inconcebível ouvir rockabilly com batidas eletrônicas e efeitos sonoros da dance music. Tamanha corrupção compromete o atributo fundamental do rockabilly, atributo que o define como estilo, que é o acompanhamento acústico, conciso, seco, rústico, desprovido de qualquer sonoridade artificial.

As gravações remixadas ainda impõem outro problema, que é a mudança na tessitura do som. As gravações de Elvis, principalmente das décadas de 50 e 60, possuem uma textura própria que refletia as técnicas de estúdio utilizadas na época. Esta é a razão pela qual o som de Elvis e de seus contemporâneos produz uma sensação acústica diferente; sensação que não pode ser recriada com técnicas atuais de estúdio, por mais competentes que sejam os engenheiros de som.

Não obstante, há também remixes bem feitos, cujo resultado ornamenta a voz de Elvis e reaviva a canção. O premiado álbum “If I Can Dream” possui estas características, razão pela qual foi aclamado pelo publico e pelos fãs mais conservadores. O mesmo se aplica aos CDs bootlegs remixados pelo DJ Ethan, sonoplasta muito conhecido entre os fãs. Na maioria das vezes, Ethan refaz ou incrementa prudentemente as gravações, porém até certo limite, sem subvertê-las na sua essência.

Concluindo nosso raciocínio, ousamos dar uma resposta à nossa reflexão inicial - Elvis aprovaria a realização destes remixes? Arriscamos dizer que Elvis aprovaria alguns remixes, mas rejeitaria outros. Esta resposta tem como base a observação da sua trajetória artística. Durante os seus shows, principalmente aqueles da década de 70, Elvis dava nova aparência às antigas canções. Buscava um novo arranjo, uma nova versão ou releitura. Também se aventurou em gêneros musicais diferentes ao longo de sua carreira. Contudo, jamais abandonou as suas referências, fortemente fincadas no blues, na música country e no gospel. Elvis, seguramente, teria a mesma sensibilidade dos seus fãs. Mais que ninguém, seria capaz de identificar a fronteira existente entre o reavivamento e a adulteração da canção.

Esta nova fase da discografia, repleta de discos remixados, também representa uma estratégia comercial das gravadoras. Trata-se de uma tentativa de atrair novos fãs entre o público jovem, adepto da música eletrônica. Não obstante, o excesso desta prática pode gerar resultados contrários e indesejáveis. Existe um adágio popular que diz: “nada é mais novo do que o antigo”. Atualmente, os sons eletrônicos da dance e pop music estão saturados, pois são repetitivos, gritantes, iguais e cansativos. Provavelmente, caminham para o declínio e esquecimento no futuro próximo. Neste cenário musical medíocre em que vivemos, onde sobram efeitos eletrônicos e falta conteúdo, o som de Elvis se impõe pela sua autenticidade, pela sua correção, pelo brilho que lhe é peculiar. Portanto, para lograr novos adeptos, não é preciso corromper as canções de Elvis com excesso de ruídos eletrônicos. Basta apresentá-lo exatamente como ele é, o Elvis criativo, sensível, detentor de voz incomparável e talento genuíno. Viva Elvis!

 

João Pessoa, 7 de setembro de 2016.

 

Solidonio.

Colaborador do Almost Elvis JP Fã Clube.

 

60 anos do reinado do rock'n'roll

 

Há exatos 60 anos em 1956 Elvis foi eleito o 'Rei' do rock 'n' roll...

Naquela época o rock estava ganhando o mundo e de todas as grandes estrelas

da época do rock Elvis era com certeza o mais selvagem de todos pois ele não 

precisava de uma guitarra ou piano, o rock fluía naturalmente em seu corpo,

ele não conseguia ficar parado...

mesmo após os anos 50, na fase dos filmes se seu reinado foi ameaçado foi só temporariamente pois em 68 veio o especial de tv da NBC e Elvis reassumiu seu posto de Rei do rock até hoje e com certeza não haverá outro rei...

Elvis Monteiro ,

Almost Elvis JP

 

Roqueiro ou Seresteiro?

A Influência dos Ritmos Latinos no Repertório de Elvis

Em 1995, a gravadora BMG da Argentina lançou um álbum curiosamente intitulado “Elvis Latino”. O disco contém uma compilação de 26 faixas, incluindo gravações oficiais e takes raros desconhecidos do grande público. Como o próprio nome sugere, o álbum apresenta Elvis interpretando ritmos latinos ou canções com forte traço de latinidade. Pouco tempo depois, em 1998, a BMG do México lança o primeiro CD de uma série de cinco volumes, Elvis Le Canta a Mexico. O encarte do disco refere-se a Elvis como o “rei da música rancheira”. Para a maioria do público, pode parecer estranho que álbuns do “Rei do Rock” tenham estas características. Todavia, para aqueles mais versados em Elvis, esta latinidade não causa surpresa. Ao contrário, ela é de longe conhecida pelos fãs, estando fortemente presente na discografia de Elvis desde a década de sessenta.

Talvez, não seja exagero dizer que, depois do Blues, da Country Music e do Gospel, os ritmos latinos são a quarta influência mais predominante no repertório de Elvis. Para um intérprete genuinamente norte-americano, sobretudo da estatura de Elvis, esta característica é surpreendente. Isso porque o americano típico, de nível cultural mediano, não demonstra grande interesse por outras culturas ou por outras línguas. Assim, como explicar esta latinidade de Elvis? Quando começou? Qual a sua causa?

Um exame minucioso da discografia de Elvis revela que a primeira canção com forte tônica latina foi It’s Now or Never, lançada oficialmente em 1960. Esta canção é uma versão do original italiano “O Sole Mio” de Giuseppe Anselmi. Interessante que, na gravação de It’s Now or Never, há a participação de um músico colombiano nascido em Bogotá, mas radicado nos Estados Unidos. Trata-se do baterista Bill Lynn, falecido em 2006 aos 73 anos.

Indubitavelmente, o álbum mais latino de Elvis, até pela força do enredo do filme, é Fun in Acapulco, lançado em novembro de 1963. Em Fun in Acapulco, são apresentadas faixas que remetem ao pasodoble (The Bullfighter Was a Lady; El Toro; Marguerita), ritmo de Chá-Chá-Chá (No Room to Rhumba in a Sports Car) e música rancheira (Vino, Dinero y Amor). Algo de rumba e salsa pode ser ouvido na faixa Mexico. Neste mesmo disco, encontra-se Guadalajara, praticamente o segundo hino nacional mexicano. Esta é a única música totalmente cantada por Elvis em espanhol, mas com forte sotaque e letra quase ininteligível. A música Bossa Nova Baby, ao contrário do que o nome sugere, não é bossa nova, mas uma mistura de ritmos latinos. Bossa nova, propriamente dita, Elvis gravou na canção “Almost in Love”, cuja melodia foi composta pelo brasileiro Luís Bonfá, lançada na trilha sonora Live a Little, Love a Little de 1968. Influências da Bossa Nova também podem ser sentidas na faixa All That I Am, música do álbum Spinout de 1966.

Talvez, a gravação de Fun in Acapulco tenha despertado, ou pelo menos favorecido, o interesse de Elvis pelo universo latino. Mas, antes mesmo deste álbum, já se registram músicas latinas nas trilhas sonoras de Elvis, a exemplo de No More do filme Blue Hawaii (1961) e We’ll Be Together do álbum Girls, Girls, Girls (1962). Apesar do contexto tipicamente havaiano, No More é uma versão em inglês do clássico espanhol La Paloma. Já a canção We’ll Be Together tem elementos de música rancheira, cujo refrão é cantado por Elvis em espanhol. A música é belíssima, enriquecida com a harmonia das cordas, tendo a participação do quarteto porto-riquenho “The Four Amigos”. Elvis também se arrisca no espanhol em músicas como I Think I Gonna Like It Here, Vino Dinero y Amor e Alla en El Rancho Grande. Esta última é uma rancheira mexicana tradicionalíssima, que foi consagrada nas vozes de Pedro Infante e Jorge Negrete.

No arranjo da canção Vivas Las Vegas, é possível identificar influências da salsa e do merengue. Nesta mesma trilha sonora (Viva Las Vegas, 1964), um pouco de mambo pode ser ouvido na música Do The Vega. Um tango praticamente puro, sem mistura de outros ritmos, foi gravado por Elvis em The Walls Have Ears, faixa do álbum Girls, Girls, Girls; enquanto a ingênua canção Song of The Shrimp pode ser considerada um calypso, ritmo de origem caribenha. A música Surrender é uma versão latinizada do clássico italiano Torna a Surriento, e foi lançada por Elvis em 1961. Assim como It’s Now or Never, alcançou rapidamente o primeiro lugar na lista Billboard das canções mais executadas. Anos depois, Surrender é cantarolada por Elvis num show em Las Vegas (1969), fato que pode ser comprovado no CD número 3 do álbum triplo Collectors Gold.

Uma das causas desta latinidade de Elvis pode ter sido o cenário musical que vigorava na década de sessenta. Foi, inequivocamente, o período de maior efervescência cultural, principalmente no campo da música popular. Sobretudo, a década de sessenta se caracterizou pelo intenso intercâmbio entre a música norte-americana, a Europa e a música latina. O rock and roll, estilo genuinamente americano, influenciava fortemente os cantores europeus e latino-americanos. A música francesa e italiana despontava com enorme popularidade em todo mundo, inclusive no Brasil. Ao mesmo tempo, os ritmos latinos explodiam, alcançando boa penetração no concorrido mercado norte-americano. Assim como na década de cinquenta, a música dos anos sessenta ainda vivia o seu “período de ouro”, onde o bolero, a salsa, a rumba, o mambo, a rancheira e a bossa nova se tornavam gêneros consagrados. Maior prova disso é que outras estrelas da música também gravaram ritmos latinos. Nat King Cole, cantor negro de jazz, a voz de veludo norte-americana, gravou três álbuns em espanhol, interpretando ritmos latinos dos mais variados. O próprio Sinatra grava “Ipanema Girl” em parceria com Tom Jobim no ano de 1967. Neste tempo, os grupos mexicanos de Mariachis se multiplicam pelos Estados Unidos, acompanhado a forte corrente migratória proveniente de países latinos. O Trio de Boleros Los Panchos, embora formado por dois mexicanos e um porto-riquenho, nasce em Nova York em 1944, obtendo popularidade máxima nas décadas de cinquenta e sessenta, inclusive entre o público americano. Harry Belafonte, cantor negro nascido no Harlem (Nova York), filho de mãe jamaicana, é reconhecido como o “rei do calypso”, mantendo sua exitosa trajetória iniciada em meados de 1950. José Feliciano, cantor porto-riquenho versátil, cujo repertório inclui gêneros latinos, recebe o prêmio Grammy de 1968 como revelação daquele ano. Carlos Santana, mexicano, cantor e exímio guitarrista, destaca-se no festival de Woodstock pelo estilo “rock latino”, apresentando o seu mais célebre sucesso (Evil Ways) em 1969. Até mesmo os Beatles gravaram uma versão ao vivo do bolero Besame Mucho; versão que pode ser encontrada no álbum Live at the Star Club in Hamburg, Germany (1962). Também dos Beatles, a canção And I Love Her apresenta forte influência de ritmos latinos.

É neste rico contexto cultural que Elvis amadurece artisticamente. A latinidade de Elvis não pode ser unicamente atribuída aos roteiros cinematográficos ou à exigência de produtores musicais. Elvis cantava ritmos latinos em momentos aprazíveis de descontração, simplesmente pelo gosto de fazê-lo. Esta constatação é demonstrada em takes informais e caseiros, a exemplo de Alla En El Rancho Grande, Solamente Una Vez (You Belong to My Heart) e Mona Lisa. Em seus últimos anos de vida, Elvis resgata um dos seus maiores êxitos latinos, It’s Now or Never. Desta vez, a canção é apresentada durante os shows, adquirindo um arranjo ligeiramente diferente, mas tão latino quanto o original de estúdio, onde o refrão é carregado de metais pela orquestra do maestro Joe Guercio. Ao final do show, Elvis despede-se do público com um latiníssimo “Adiós”, demonstrando sua cumplicidade com os povos de língua hispânica.

Além do cenário musical, deve-se enfatizar a forte presença latina nos Estados Unidos, principalmente na região sudoeste. Os estados de Nevada (onde está situada Las Vegas e seus cassinos), Califórnia (onde fica Hollywood, distrito de Los Angeles), Texas, Arizona e Novo México são estados fronteiriços ou próximos à fronteira. Por isso, a influência latina é fortíssima, sobretudo de mexicanos. Fora dos estúdios de Hollywood, a “veia” latina de Elvis permanece óbvia, demonstrando que esta tendência ultrapassava os enredos dos filmes. De fato, uma profusão de ritmos latinos pode ser encontrada em canções como Fountain of Love, For The Millionth and The Last Time, Kiss Me Quick, You’ll Be Gone, Never Ending, Suspicion e tantas outras.

Frequentemente, a imagem de Elvis promovida pelo cinema remete à figura do Latin Lover ou amante latino. São muitos os filmes em que Elvis é mostrado com pele morena, sedutor, empunhando seu violão numa paisagem tropical ou a beira de praias paradisíacas. Quase sempre, está cercado de mulheres bonitas, conquistando-as galantemente com suas canções. Talvez, por esta razão, as músicas latinas tenham caído tão bem dentro do roteiro dos filmes. No Brasil, Elvis é descrito como “seresteiro”, adjetivo que foi empregado pelo cinema nacional para referir-se a ele no filme Fun in Acapulco (O Seresteiro de Acapulco).

Na década de 70, Elvis reafirma sua latinidade em gravações como Padre, Spanish Eyes e In The Heart of Home. Características de ritmos latinos também podem ser vistas no arranjo da canção Fools Rush In do álbum Elvis Now (1972). A canção Little Darling, faixa do último álbum de Elvis (Moody Blue, 1977), também possui influências latinas. Porém, na gravação precursora do grupo The Diamonds (1957), Little Darling tem uma latinidade ainda mais evidente, que remete aos ritmos cubanos e caribenhos. A canção romântica It’s Midnight, encontrada no álbum Promised Land (1975), não é propriamente um gênero latino. Mas, durante o refrão, Elvis eleva o tom rapidamente, alcançando notas agudíssimas que são intercaladas por alguns falsetes. Ao mesmo tempo, o som das cordas nitidamente se sobressai. Coincidência ou não, o resultado obtido é semelhante àquele visto em muitas rancheiras mexicanas; gênero musical que, segundo muitos críticos, influenciou a raiz da música country americana.

A latinidade de Elvis é tão evidente que foi reconhecida pelos seus imitadores mais reputados. Jimmy Ellis (Orion), um dos maiores, senão o maior imitador de todos os tempos, gravou Old Mexico. Também o cover Doug Church gravou a canção La Vida Loca no álbum sugestivamente intitulado de Kingtinued. Embora estas canções jamais tenham sido gravadas por Elvis, elas fazem alusão, ou pelo menos reconhecem, o lado latino do Rei. Jack Jersey, ainda que não seja propriamente um imitador, apresenta um repertório fortemente influenciado por Elvis, gravando inúmeros ritmos latinos.

Elvis também gravou versões brilhantemente arranjadas de músicas italianas, a exemplo de You Don’t Have To Say You Love Me, e das já citadas Surrender e It’s Now or Never. A faixa Santa Lucia é uma canção napolitana cantada por Elvis em italiano, tendo sido lançada nos álbuns Elvis For Everyone (1965) e Viva Las Vegas (álbum reeditado de 1964). No final do texto, apresentamos alguns vídeos selecionados do Youtube, sendo a maioria proveniente dos filmes de Hollywood. Além das músicas anteriormente referidas, também foi anexada uma lista não exaustiva de 20 canções de Elvis, todas apresentando influência latina, seja em maior ou menor grau.

A latinidade de Elvis é uma demonstração inegável de sua versatilidade como artista. Comprova que Elvis era um intérprete versátil, completo, aberto a outras tendências e atento ao cenário musical. Pode-se dizer que Elvis possuía potencial para gravar brilhantemente aquilo que quisesse. E quando gravava, imprimia sua marca inconfundível, elevando a canção a outro nível. Fazia isso com maestria e competência, pois tinha sensibilidade para incorporar estilos musicais dos mais variados. Sobretudo, esta latinidade aproxima Elvis dos seus fãs latino-americanos. Nós, em particular, admiradores do Brasil, país latino considerado um dos maiores redutos de fãs em todo o mundo. Viva Elvis!

Solidonio

Colaborador do Amost Elvis JP Fan Club

16 de Fevereiro de 2016.

Vídeos:

a) El Toro - Fun in Acapulco (1963):

https://www.youtube.com/watch?v=sNh7IOy-TB0

b) Amost in Love - Live a Little, Love a Little (1968):

https://www.youtube.com/watch?v=9J3jVq9wGgE

 c) I'll Take Love - Easy Come, Easy Go (1967)

https://www.youtube.com/watch?v=SWx3SOUjKpE

 d) It's Now or Never (Ao Vivo, 1977)

https://www.youtube.com/watch?v=tTZ66l8aRlY

 e) No More (1961)

https://www.youtube.com/watch?v=gYoK-VSuvL0

 f) Little Darling (Com o Grupo The Diamonds, 2004)

https://www.youtube.com/watch?v=_L8Xe6ivrm4

 g) Little Darling (Com Elvis, 1977 – Show de Slides)

https://www.youtube.com/watch?v=8Tq5KHrhiJE

Algumas Canções de Elvis com Influência Latina

1) Let’s Forget About Stars; 2) A House That Has Everything; 3) I’ll Take Love; 4) Fun in Acapulco; 5) You Can’t Say No in Acapulco; 6) Fort Lauderdale Chamber of Commerce; 7) A Boy Like Me A Girl Like You; 8) Mama; 9) Paradise Hawaiian Style; 10) Who Are You Who Am My; 11) Beach Shack; 12) Today, Tomorrow and Forever; 13) Charro; 14) I Met Her Today; 15) Angel; 16) Write To Me From Naples (Informal Take); 17) I’ll Remember You (Studio Version); 18) Ask Me; 19) Ito Eats, 20) Because of Love.

De costa a costa: 60 anos da 1° aparição na tv de Elvis Presley em rede nacional

Para Elvis o ano de 1956 foi cheio de novidades: o seu primeiro álbum, seu primeiro filme e sua primeira aparição na televisão nacional.
Elvis fez aparições na TV local e regional antes de sua primeira aparição nacional no programa dos 'Dorsey Brothers' "Stage Show". Mas, para muitos fãs em todo o Estados Unidos, o "Stage Show" deu-lhes o primeiro olhar para o jovem Elvis.

A primeira aparição de Elvis no "Stage Show" foi em 28 de janeiro de 1956. Ele viajou com seus companheiros de banda, Scotty Moore, D.J. Fontana e Bill Black, de Memphis a Nova York de carro e chegou no dia anterior.
A banda ensaiou na manhã de 28 de Janeiro, e o programa era às 20:00 hrs.

Era uma noite chuvosa, e Elvis ainda era relativamente desconhecido, por isso não havia uma grande multidão lá para ver vê-lo.

O DJ Bill Randle de Cleveland introduziu Elvis: "Nós gostaríamos neste momento para apresentá-los a um jovem que, como muitos jovens artistas - Johnny Ray entre eles - saiu do nada para ser uma grande estrela. Este jovem que vimos pela primeira vez, ao fazer um filme curto.

Achamos que esta noite ele vai fazer história na televisão para vocês.

Nós gostaríamos apresetá-lo agora -. Elvis Presley "

Naquela primeira performance, Elvis cantou um medley de "Shake, Rattle and Roll" / "Flip, Flop and Fly" e depois "I Got a Woman."  "Heartbreak Hotel" acabara de ser lançado, mas ele não cantaria ela dessa vez.

Fonte:Blog oficial de Graceland.

para ver a matéria completa e maiores detalhes confiram:

http://blog.graceland.com/from-coast-to-coast-elvis-presleys-first-national-tv-appearance/?utm_source=Fan+Club&utm_campaign=4fb1b4f1af-Fan_Club_0127161_27_2016&utm_medium=email&utm_term=0_2dfa2f732b-4fb1b4f1af-100170573

Vejam fotos raras de Elvis em Paris:

Durante a seu serviço militar na Alemanha Elvis, quando teve uma folga do serviço

conseguiu uma autorização para conhecer Paris na França.

O principal objetivo de Elvis talvez fosse conhecer Brigitte Bardot

mais essa não quis conhecer o Rei do rock.

Elvis gostava muinto dela e na sala de sua casa na Alemanha tinha um imenso poster de Brigitte.

Elvis aproveitou a visita e conheceu diversos locais na cidade especialmente o famoso clube Lido.

Dizem que ele chegou a cantar um pouco no local depois do clube fechar para alguns convidados.

Entre os que acopanharam Elvis a Paris estava Lamar Fike.

Hein? Médico de Elvis Presley diz que ele morreu de “constipação crônica”

 

 

RIO DE JANEIRO – Agora é o médico de Elvis  Presley, Dr. George Nichopoulos, que chegou com teorias sobre a morte do  cantor, em 1977. E olha que ele caprichou na dose de estranheza: o  músico teria morrido de “constipação crônica”, que seria um jeito mais  “leve” de dizer que o moço tinha uma forte prisão de ventre. E bota  forte nisso: segundo o médico, o cólon de Presley media de 2,35m a  2,74m. Só para ter uma ideia, o tamanho normal de um cólon saudável é de  mais ou menos 1,5m.

“Logo depois da morte dele nós não tínhamos  certeza (de qual teria sido a causa), então eu continuei a pesquisar e  acabei recebendo telefonemas de vários médicos de diferentes escolas,  que estavam estudando justamente sobre constipação”, disse o médico.

“Até  a realização da autópsia não sabíamos o quanto ele estava mal por conta  dessa prisão de ventre. Nós sabíamos que era ruim porque estava sendo  difícil de tratar, mas nunca pensamos que poderia ter gerado essa  consequência. Nós assumimos que a constipação era simplesmente um efeito  colateral dos remédios que ele tomava para insônia.”

Dr.  Nichopoulos contou que o músico tinha muita vergonha da constipação e  evitava o tratamento. E disparou: “Se Presley tivesse concordado em  fazer uma colostomia, talvez ainda estivesse aqui”.

Fonte: www.achadosnamoda.com

 

35 anos sem Elvis

Nesse dia 16 de agosto o mundo lembrará com saudade do nosso amado Elvis. Serão 35 anos desde aquele  16 de agosto em que Elvis nos deixou.

Ele não estava bem na época: apesar de todos os seus shows serem de lotação esgotada ele estava bastante doente: tinha glaucoma, diabetes moderadas, além disso, ele sofria fortes dores estomacais e depois de sua morte descobriu-se que ele tinha uma espécie de câncer ósseo. Isso claro para Elvis que era dependente de medicamentos agrava seu problema, pois ele não se considerava dependente e sim um doente.Mais sua voz estava melhor que nunca podendo-se notar ao vermos ele cantar canções como ‘Hurt’ e ‘Unchained Melody’. Elvis também não se tornou dependente de medicamentos rapidamente. Ele não foi um caso único: era comum  muitos soldados virarem dependentes de medicamentos, pois eles davam para os soldados no exército coisas como estimulantes etc... Para manter os soldados acordados de guarda por exemplo. No frio gélido da Alemanha onde Elvis serviu dormir ao fazer a guarda à noite ao relento significava um risco de morrer de hipotermia. E Elvis era sonâmbulo e tinha insônia desde a infância. Para sua família de gente do interior, eles eram acostumados a tudo e era normal pegar Elvis andando a noite e levá-lo de volta para cama.

Assim nos anos 70 Elvis sofria muito com extensivas tournées agendadas pelo Coronel além dos shows em Vegas e Lake Tahoe. Em vez fazer de fazer vários shows em grandes cidades e diminuir a quantidade de viagens o Coronel promovia shows  em cidades tão pequenas que dificilmente foi palco de show de um grande artista e para Elvis era muito difícil agradar a todos nessas cidades tradicionalmente caipiras que gostavam de músicas caipiras e não se emocionavam ao som de ‘My Way’ e ‘The First Ever Time I Saw You Face’ e sim ao som de artistas como ‘Bill Monroe’ entre outros...

Além do divórcio  e outros problemas, Elvis realmente estava bastante cansado dessa rotina de shows em meados dos anos 70.

O que agravava mais esse problema era sua doação aos fãs: mesmo esgotado ele amava os fãs, sabia que para muitos vê-lo ao vivo era o sonho de uma vida por isso se entregava de corpo e alma a cada apresentação.

Quando estava em casa Elvis ficava mais recluso em seu quarto, bastante cansado e várias vezes foi internado por exaustão. Ai tomava mais e mais medicamentos para ter mais energia e aguentar esse rítimo de vida.

Mais não é o caso de falar dessa parte de sua vida falar de seus problemas.

O importante para nós fãs é o artista que se foi:

Elvis para mim é o maior cantor de todos os tempos. Pois alcançava notas que deixava até os cantores do seu coro, por exemplo, impressionados sendo que todos eles eram músicos profissionais famosos na música gospel em sua maioria. Cantores como Pavarotti que eram tenores tinham aquele vozeirão e era normal para eles grande alcance vocal vários toms acima. Mais Elvis fazia coisas vocalmente falando impressionantes para um cantor popular. Já vi depoimento de músicos dizendo que nunca fariam o que Elvis fazia ao vivo, pois com certeza desafinariam. Além de tudo há seu lado generoso, pois ele ajudava mais de 30 instituições somente em Memphis. Todo ano Elvis fazia uma distribuição de cheques para ajudar entidades e se soubesse de alguém precisando de algo ajudava na hora. E comprava carros e presentes para os amigos e até para estranhos. Elvis era humilde não ligava para coisas materiais e não gostava de ser chamado de ‘Rei’ que segundo ele era somente Jesus Cristo. E pouca gente sabe mais muitas coisas que ele usava como anéis etc.. Eram bijuterias. Se gostava de algo ele não ligava se era verdadeiro ou não.

Elvis emocionava a todos e cantava com grande inspiração especialmente as músicas religiosas que amava. Se  gostava de uma música Elvis cantava com alma e se entregava a ela. Ele chorou enquanto gravava ‘I´ve Lost You’ devido à emoção que sentiu pela letra da canção.

Elvis se foi há 35 anos justamente no dia em que nasci: 16 de agosto. Nasci em 86 e desde criança fui se apaixonando por Ele e hoje o amo como um irmão. Elvis era um artista completo, um ótimo ator, um super- herói no palco. Cada jumpsuit que usava nos anos 70 eram verdadeiras obras de arte.

Elvis mudou o mundo: deu-nos liberdade de escolher o que vestir, o que comer nos deu inspiração para lutar pelos nossos sonhos. O grande Raul Seixas dizia aos novos roqueiros: se vocês escutam Pink Floyd e todos esses novos grupos e se nós temos toda essa liberdade de hoje foi por que o Elvis nos deu isso tudo.

Elvis foi tão grande que os maiores artistas de todos os tempos como Beatles, Elton John, Led Zepelin, caras que tinham milhares de fãs sempre foram fãs declarados de Elvis.

Elvis foi o maior de todos o único e primeiro a ser chamado de Rei....

Elvis  sei que um dia vou te abraçar em um lugar muito bonito e te amo muito meu amigo, meu irmão.

Amigos orem por ele nessa data especial e aqueles que como eu nunca foram a Graceland e a Elvis week tenham fé em Deus que um dia realizaremos nosso sonho o importante é que o Rei mora em nossos corações.

Long live Elvis!!!!!!!!!!!!

 

Com amor Elvis Monteiro presidente do Almost Elvis João Pessoa Fan Club.

 

Elvis e Felton Jarvis:

Durante a década de sessenta, Elvis trabalhou com lendário “Chet Atkins”, então produtor de algumas de suas sessões. Chet fazia parte da direção da RCA Victor, e sugeriu o nome Felton Jarvis para atuar como novo produtor dos discos de Elvis. Segundo Chet, a parceria de Elvis e Felton poderia resultar em novos “Hits”, particularmente numa fase em que Elvis estava limitado a gravar as trilhas sonoras dos filmes. Neste tempo, Felton já havia trabalhado com artistas conhecidos, a exemplo de “Fats Domino” e “Willie Nelson”.

Felton assistiu um show de Elvis em 1955, tornando-se fã imediatamente. Tempos depois, gravou uma canção em tributo ao Rei, intitulada “Don’t knock Elvis”. Contudo, o trabalho como produtor somente ocorreria alguns anos mais tarde. Em resumo, Felton, que já era fã de Elvis, juntou-se ao séquito da “Máfia de Memphis”. Assim era conhecido o grupo de bajuladores que acompanhava Elvis.

É evidente que o som de Elvis melhorou desde quando começou a trabalhar com Felton, exatamente nas sessões de gravação do álbum sacro “How Great Thow Art”. Não obstante, com o passar do tempo, aqueles que compunham o séquito de Elvis (músicos e funcionários) passaram a perceber que Felton era mais um bajulador de Elvis do que um profissional.

Felton não aceitava que os músicos dessem sugestões a Elvis, tampouco sugerir canções ou fazer alguma crítica. Quando Elvis não ia bem em alguma tomada, Felton simplesmente dizia - Rei ficou bem, mais vamos fazer de novo? Na verdade, Felton deveria dizer que ele foi mal e que teria que repetir novamente.

Além disso, quando os músicos sugeriam a Elvis alguma música diferente, Felton retrucava dizendo que os músicos não voltassem fazer isso.

Em 1969, quando Elvis foi gravar no “American”, Felton repreendeu várias vezes o produtor Chips Moman quando ele advertia: “Elvis, você desafinou, faça de novo...” Esse era o tipo de sinceridade de que Elvis gostava, a sinceridade demonstrada por “Moman”. Infelizmente, Felton era simplesmente mais um dos aduladores do Rei.

Elvis e Felton em 77

Quando Elvis selecionava canções para gravar no “American”, perguntava aos seus músicos: o que vocês acham dessa canção? Eles sinceramente respondiam - uma mer.... Depois, Felton chamava os músicos em particular e os repreendia: “Elvis não precisa desse tipo de opinião, pois já temos as canções selecionadas do catálogo da “Hill Range Songs”

Havia um acordo para Elvis gravar apenas canções editadas pela editora musical “Hill Range Songs”. Geralmente, eram músicas de péssima qualidade. Felizmente, o talento de Elvis era tamanho, que as canções cresciam em sua voz. Elvis as moldava de tal maneira que as tornava consideravelmente melhor do que realmente eram.
Elvis não pôde gravar muitos “hits” de outros artistas de que gostava preso a essa limitação pois para isto, os compositores teriam que ceder os direitos à “Hill Range”. Apesar de ter o privilégio de ser gravado pelo Rei, nenhum compositor gostaria de fazer esse tipo de acordo desfavorável. Assim, as músicas destinadas a Elvis eram selecionadas do catálogo dessa editora. Depois, a RCA mandava os “demos” para Elvis ouvir.

Felton ficou com Elvis até o falecimento do Rei, mas nunca foi o produtor que Elvis merecia. Felton não o criticava. Ao contrário, o venerava como um Deus. Às vezes, era descortês com o pessoal que trabalhava nas seções, sobretudo se fossem sinceros em suas opiniões sobre canções ou se dessem idéias a Elvis.

Depois que Elvis morreu, Felton continuou mais um tempo como produtor. Fez um trabalho até interessante no primeiro “remix” oficial de Elvis, o álbum “Guitar Man”, lançado no começo dos anos 80. Logo depois, Felton também viria a falecer em 1981. 

Não é intenção nossa admoestar “Felton” como pessoa, e sim como produtor musical. Embora Felton tenha melhorado o ânimo de Elvis nos anos 60, fica evidente que ele se tornou mais um “puxa saco”, assim como aqueles que compunham a ‘Máfia de Memphis’.

Elvis Monteiro

Contribuição: Solidônio.

 

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA DO DOCUMENTÁRIO “ELVIS ON TOUR”: UMA APRECIAÇÃO

 

Em novembro de 1972, a “Metro Goldwyn Mayer” lançou o documentário de longa metragem “Elvis on Tour” para as salas de cinema. Rapidamente, após as primeiras semanas de exibição, o filme alcançou enorme popularidade entre o público e a crítica especializada. O êxito da produção foi tamanho, que o “Globo de Ouro” premiou o “Elvis on Tour” como o melhor documentário daquele ano. 

Posteriormente, o “Elvis on Tour” tornou-se disponível para o grande público em VHS e “vídeo laser”, mídias já extintas no mercado. O lançamento da obra em DVD e “Blu-ray” somente ocorreria no ano de 2010. Até esta data, os fans aguardavam ansiosamente por esta nova edição, cuja qualidade de vídeo seria bastante superior às edições anteriores. Sobretudo, havia grande expectativa de que os “outtakes” inéditos do “Elvis on Tour” fossem remasterizados e incluídos no DVD. Infelizmente, a edição de 2010 simplesmente repetiu as cenas apresentadas nas edições anteriores. Embora a remasterização tenha melhorado sensivelmente a qualidade de áudio e de vídeo, nenhum material extra foi incluído.

Alguns fans também se ressentiram da alteração feita na abertura do filme, que substituiu a canção original (Johnny B. Goode) por uma versão editada de “Don’t Be Cruel”. Além desta alteração, um acontecimento lamentável deixou os fans de Elvis perplexos e entristecidos - a classificação indicativa do DVD traz a seguinte observação: “Não recomendado para menores de 14 anos. Contém consumo de drogas ilícitas e desvirtuamentos dos valores éticos”.

Um exame minucioso do filme mostrará que o “Elvis on Tour” é desprovido de qualquer alusão às drogas; tampouco apresenta cenas que possam afrontar os princípios da ética ou ameaçar a integridade da família. Ao contrário, o documentário mostra um artista totalmente empenhado no seu trabalho, às vezes mais introspectivo; às vezes mais descontraído em suas performances. No palco e nos ensaios, Elvis freqüentemente aparece cantando músicas sacras em momentos de rara inspiração. Em outros trechos, Elvis demonstra o tratamento cordial que dava aos seus músicos, fans e anfitriões. Tudo isso é visto em meio ao entra e sai frenético de limusines, hotéis e aviões. Enfim, vê-se Elvis realizando uma exaustiva turnê, que incluía shows noturnos durante 15 dias em 15 diferentes cidades americanas. No palco, Elvis ostenta o mesmo vigor e agilidade que o consagrou, mas nada que pudesse ultrajar a moral, o pudor e os bons costumes sociais.

As biografias mais reputadas atestam que Elvis tornou-se dependente de medicamentos psicotrópicos, o que é um fato incontestável e aceito sem problemas pelos fans. Sabe-se que o uso continuado de psicotrópicos produz algum grau de dependência, em menor ou maior grau. No caso de Elvis, estes medicamentos foram indicados pelo seu médico particular, Dr. George Nichopoulos. As razões que levaram a essa dependência progressiva são de natureza médica e pessoal, e não cabe a nós emitir juízo de valor sobre isso. Não obstante, deve ser enfatizado que Elvis não transgrediu qualquer preceito da Lei ao consumir estes medicamentos; tampouco recorreu a meios ilícitos para obtê-los.

 

 Se houve excesso no uso destes psicotrópicos, a responsabilidade recai, pelo menos em parte, sobre o médico que os prescreveu. É sabido que o Dr. Nichopoulos teve sua licença suspensa pelo Conselho Médico do estado do Tennessee. O mesmo foi acusado de emitir um número excessivo de prescrições a vários pacientes durante sua vida profissional.

Não há registro audiovisual que mostre Elvis utilizando drogas ilícitas, insinuando ou fazendo apologia ao uso das mesmas. Ao contrário, Elvis participou de várias campanhas contra o uso de drogas. Também recebeu do Presidente Nixon o título honorífico de agente federal do “birô de drogas e narcóticos”, departamento americano encarregado de combater o tráfico e o consumo de entorpecentes. Em toda obra de Elvis, seja nos shows, seja nos filmes de Hollywood ou aparições na TV, o uso de drogas jamais foi sugerido ou encorajado. O mesmo se aplica para as letras de suas músicas.

Afinal, quais são os critérios de classificação indicativa adotados no Brasil? No portal do Ministério da Justiça, é possível consultar a classificação de qualquer obra cinematográfica (ver link 1 abaixo). Também foi disponibilizada uma publicação intitulada “Guia Prático de Classificação Indicativa” (ver link 2). Este guia diz que o requerente deve encaminhar a obra, juntamente com a ficha de inscrição e a “classificação pretendida”, à Coordenação de Classificação Indicativa (COCIND). Depois disso, o COCIND analisará o pedido e publicará a “classificação recebida” no Diário Oficial da União. Somente após a publicação, a obra estará apta para exibição.

 

 

No diário oficial da união, publicado em 08/10/2010, lê-se que a classificação pretendida pelo requerente para o “Elvis on Tour” foi “não recomendado para menores de 14 anos”. Contudo, mais abaixo, aparece o número do processo e a classificação recebida “livre” (ver link 3). Resultado semelhante é visto quando se consulta a classificação indicativa no portal do Ministério da Justiça (ver link 1). Neste, o “Elvis on Tour” aparece como “Livre” na “classificação recebida”. No item “inadequação”, nada aparece, mostrando que nenhum conteúdo ofensivo foi encontrado no filme.

Uma segunda edição do “guia de classificação indicativa” foi publicada neste ano de 2012 (link 4), objetivando melhorar o conteúdo apresentado no guia anterior. Nesta publicação, são explicados os vários critérios para a classificação final da obra, incluindo violência, sexo, nudez e uso de drogas lícitas e ilícitas. Ao todo, são descritas seis categorias de classificação que a obra pode receber: livre (L), não recomendado para 10, 12, 14, 16 e 18 anos. Quando há “insinuação” ao uso de drogas ilícitas, o conteúdo é considerado inadequado para menores de 14 anos. Os filmes cujas cenas mostram produção, tráfico, consumo ou indução ao uso de drogas ilícitas são impróprios para menores de 16 anos. Classificação mais rigorosa recebe o filme que faz apologia ao uso de drogas. Neste caso, ele é não recomendado para menores de 18 anos. Sobre o “Elvis on Tour”, a percepção unânime dos expectadores é de que o documentário não se enquadra em nenhum destes critérios de inadequação. Essa percepção é a mesma da “Coordenação de Classificação Indicativa”, que qualificou como “livre” o documentário.  

Deve-se enfatizar que o lançamento do “Elvis on Tour” pelos seus distribuidores contribuiu favoravelmente para aquisição da obra, permitindo que o DVD fosse oferecido a preços mais acessíveis no mercado brasileiro. Entretanto, as razões que levaram a classificação indicativa de 14 anos permanecem incompreendidas pelos fans. Estas são dúvidas que persistem, e talvez persistirão, sobre o excelente documentário “Elvis on Tour”. Todos nós, admiradores e simpatizantes de Elvis, compartilhamos o desejo sincero de que essa classificação seja revista nos próximos exemplares do filme; e que o DVD possa ser comercializado com a classificação “livre” para o entretenimento das famílias e do público geral. Viva Elvis!

 

Link 1 (Ministério da Justiça):

http://portal.mj.gov.br/ClassificacaoIndicativa/jsps/ConsultarObraForm.jsp

Link 2 (Guia Prática de Classificação Indicativa)

http://portal.mj.gov.br/main.asp?Team={67064208-D044-437B-9F24-96E0B26CB372}

Link 3 (Diário Oficial da União)

http://www.jusbrasil.com.br/diarios/20359160/dou-secao-1-08-10-2010-pg-84

Link 4 (Novo Guia de Classificação Indicativa)

http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/noticias/guia-pratico-da-classificacao-indicativa

 

Solidonio.

Colaborador do Almost Elvis JP

Agradeço mais uma vez ao amigo Solidonio.

Amigos de minha parte o erro principal é colocarem gente para trabalhar em lançamentos do Elvis sem ter nada de conhecimento sobre a vida e obra do cantor.Não consultam algum fã ou pesquisador aí erram datas etc...Acho até procuram sites de busca ou consultam aquela famosa enciclopédia virtual na hora de lançar alguma revista,livro etc..

Por favor, quem mais sabe sobre Elvis é os fãs,presidentes de fãs clubes e não algum editor de alguma revista ....

Espero que consultem os fãs para futuros lançamentos.

Abraço a todos,

Elvis Monteiro, presidente do Almost Elvis fan club.

Incidente em Hotel leva Elvis a rua

 
 

ELVIS estava na cidade de Cincinnatti em 25/6/77 para realizar o penúltimo show de sua ultima tourne. ELVIS foi acomodado no Hotel local. Após algumas horas o ar condicionado deixou de funcionar e ELVIS ligou para a gerencia que o comunicou que nada podia ser feito... ELVIS odiava ambientes quentes e ligou para o Coronel que estava em outro quarto. Este tentou ver o que acontecia mas também não resolveu o problema. Elvis, muito irritado, resolveu procurar outro hotel por conta própria e saiu em pleno dia. Mas encontrar um quarto livre não seria uma tarefa das mais fáceis já que os hotéis estavam lotados porque ELE estava na cidade!!!!!”. Assim que chegou ao hall do hotel, algumas pessoas estavam por ali e aproveitaram para fotografa-lo, (não era sempre que isso acontecia...) e ELVIS foi saindo, os guarda-costas conseguiram alcançá-lo já do outro lado da rua indo pegar seu carro no estacionamento do hotel. O coronel que estava na janela não quis acreditar no que via, Elvis em plena luz do dia, muito bravo andando na rua...Depois entrou no carro e queria porque queria sair daquele hotel e achar um mais adequado as suas necessidades.
Fonte: http://tudosobreelvis.blogspot.com.br

 

A matéria a seguir surgiu da imaginção do amigo Solidonio fã de Elvis de longa data que fez esse texto abaixo imaginando como nós receberiamos a notícia de que nosso amado Elvis estaria vivo.

O que você pensaria se descobrisse que sua morte seria algo planejado?

 

Elvis não morreu: se fosse verdade, como seria?

Será que ele estaria assim?

Hoje, o mundo despertou perplexo com uma notícia estarrecedora e aparentemente inverossímil – Elvis Presley está vivo, saudável e sendo interrogado pelo FBI americano neste exato momento. O furo extraordinário de reportagem foi dado pela CNN americana em primeira mão, precisamente às duas horas e quinze minutos desta madrugada. Logo depois, a notícia foi confirmada por fontes oficiais do governo e pelo serviço de inteligência. Às pressas, a sede do FBI, em Washington D.C., convocou uma entrevista coletiva com a impressa para esclarecer a verdade dos fatos. Os agentes responsáveis pela investigação disseram que há mais de seis anos recebem denúncias anônimas sobre um homem muito semelhante a Elvis, vivendo na cidade de Bad Nauheim, Alemanha. Coincidentemente, esta cidade foi aquela onde o jovem Elvis residiu durante o serviço militar no final dos anos 50. Segundo os agentes, o FBI nunca deu crédito a estas informações, até que fotos do referido homem fossem recebidas e examinadas pela perícia. Depois disso, o FBI, auxiliado pelo serviço secreto alemão, localizou a residência do suposto “Elvis” e interceptou várias ligações telefônicas. Qual não foi a surpresa dos agentes ao verificarem que muitas das ligações tinham como destino as residências de Lisa Marie Presley e de Priscilla Presley. Posteriormente, a voz do suspeito foi analisada por especialistas e comparada à voz original de Elvis. O resultado deixou agentes, peritos e autoridades atônitos  - 99,9% de probabilidade de que a voz do suspeito fosse realmente a voz de Elvis Presley. 

Uma operação conjunta entre o FBI e a polícia secreta alemã deteve o referido homem em sua residência no último domingo. Elvis utilizava o nome falso de Jesse White Jr. há mais de 30 anos, fazendo-se passar por um imigrante americano naturalizado alemão. No interior da casa, foram encontrados diversos pertences, instrumentos musicais e um estúdio profissional com mais de 200 gravações inéditas totalmente desconhecidas. O Senhor Jesse White vivia uma vida discreta e insuspeita com sua companheira alemã, a Senhora Eva White de 40 anos de idade.

Durante a coletiva, oficiais da inteligência admitiram que Elvis foi extraditado sigilosamente para os Estados Unidos há três dias sob autorização da justiça alemã. Ele permanecerá detido na sede do FBI para elucidação de todos os detalhes do caso.

Desde essa última coletiva, terminada às 6:30 horas desta manhã, uma grande multidão se aglomera em torno da sede do FBI. A polícia interditou toda a área próxima por questões de segurança. Apenas autoridades do governo e parte da impressa têm acesso às dependências do edifício. Ansiosos por informações adicionais, repórteres de todo mundo acorrem à capital americana. Todos os vôos para Washington D.C. estão esgotados neste momento; e o governo já ameaça suspender, temporariamente, o desembarque de fans e curiosos. Entre o povo americano, nunca se viu tamanha movimentação e entusiasmo. Redes de TV internacionais, inclusive do Brasil, já cobrem “ao vivo” toda repercussão do caso. A volta inconcebível de Elvis é manchete em todos os noticiários de TV, revistas, rádios e páginas da internet. Nas ruas americanas, desde a costa leste ao oeste, não se fala em outro assunto que não seja o reaparecimento de Elvis.

Surgem os primeiros rumores de que Elvis foi visto rapidamente adentrando no edifício após sair do carro oficial sob forte escolta policial. Bem mais magro que em 1977, trajava terno azul marinho e óculos escuros. Está ligeiramente calvo, cabelos mais curtos e pretos, contudo sem as tradicionais costeletas. Até agora, nenhuma foto foi divulgada, pois o FBI mantém Elvis inacessível à impressa até o fim do interrogatório. Alguns agentes declararam que Elvis aparenta uma idade de aproximadamente 60 anos. Provavelmente, devido à realização de várias cirurgias plásticas. Segundo o jornal “Washington Post”, comoção igual jamais foi vista em toda história americana, nem mesmo durante a conquista da lua, o ataque de 11 de setembro, a morte de Kennedy ou do próprio Elvis. A manchete do “New York Times” diz que o regresso de Elvis já é o acontecimento mais surpreendente e inusitado deste século. No jornal francês “Le Monde”, lê-se o seguinte destaque: “Elvis - Le retour splendide et magnifique”. Já o jornal espanhol “El País” reservou um caderno especial de 6 páginas intitulado “El increíble retorno del Rey”.

Visivelmente emocionado, o porta voz da Casa Branca declarou que o reaparecimento de Elvis revigora a alegria e jovialidade dos americanos, incluindo o presidente. Contudo, Elvis terá que prestar contas à justiça Americana e Alemã por forjar a própria morte e assumir falsa identidade.

Em sua última nota oficial, o FBI declarou que o Sr. Presley já se encontra acompanhado de seu advogado, e que o mesmo tentará ajuizar um pedido de fiança, a fim de que Ele responda em liberdade pelas acusações. Priscilla Presley, quando procurada pela impressa, admitiu que Ela, parte da família e assessores mais próximos sabiam a verdade sobre Elvis. Também declarou que todo plano de fuga foi planejado pelo coronel Tom Parker, empresário de Elvis já falecido. O coronel percebeu que poderia faturar muito dinheiro com a morte de Elvis, tornando-o o maior mito de todos os tempos. Na época, Elvis concordou com o plano de fuga porque já não suportava os ataques da impressa e as pressões empresariais. Além disso, não queria expor publicamente seu estado de saúde bastante debilitado. Em sua home-page, o presidente da “Sony Music” disse que fará uma proposta milionária a fim de negociar as mais de 200 músicas inéditas gravadas por Elvis durante o período de anonimato. Segundo o presidente, a existência deste repertório oculto é uma demonstração de que Elvis continuava musicalmente ativo e planejava voltar ao estrelato algum dia.

Enquanto isso, o mundo aguarda, ansiosamente, a entrevista coletiva de amanhã, onde Elvis fará sua primeira aparição pública após mais de três décadas de exílio. Viva Elvis!

Solidonio

Colaborador do Almost Elvis JP

 

Elvis fala sobre drogas em Las Vegas:

No dia 2 de Setembro de 1974 Elvis falou pela primeira vez em público sobre os

comentários de que era viciado em drogas.Ele conta que ficou doente e que falaram que ele era viciado em heroína.Existem muintos bootlegs que tem a gravação desse show e dá pra ouvir o comentário de Elvis.Leiam o texto traduzido:

 Elvis:... "Eu ouvi rumores voando ao meu redor - eu fiquei doente no hospital. Neste dia e na hora você não pode mesmo ficar doente. Você está amarrado, por Deus eu vou te dizer uma coisa, nunca fui viciado na minha vida, exceto na música. Eu fiquei doente  uma noite, tinha febre alta, e eles não me deixaram fazer o show,  de 3 fontes diferentes eu soube que falaram que eu estava viciado em heroína. Juro por Deus, pelos funcionários do hotel Jack, mensageiros, freaks que carregam a bagagem até o seu quarto, as pessoas, você sabe empregadas. E eu estava doente. Mas em toda a cidade, amarrado para fora
 Você não pega damas ofendidas e senhores, eu estou falando com alguém, se eu encontrar ou ouvir uma pessoa que disse isso sobre mim, eu vou quebrar seu pescoço g ***** n seu s ** de ab *** h, que é perigoso .... eu vou puxar o seu g ***** língua n pelas raízes. "
Uma pausa, ele então mudou o assunto:
  ". Muito obrigado de qualquer maneira. Quantos de vocês viram o filme Blue Hawaii?"

Eu acho que Elvis sabia dos riscos dos medicamentos que tomava mais uma coisa eu falo:

se Elvis tomasse drogas "pesadas" como muintos pensam eu não teria problema em dizer pois todo mundo comete erros e quem somos nós para julgar alguém ? eu o amaria como um amigo assim mesmo, mais todos sabemos que Elvis odiava drogas ilegais como cocaína etc...ao contrário de muintos artistas que até promovem o uso desse lixo.Então chega de criticar o Elvis!!!!!!

Elvis Monteiro- Almost Elvis JP

 

A fantástica aventura do Rei até Vegas:

 

Graceland entardecer.

 

Agora o Rei está no seu quarto acordando.

Graceland é sempre bem protegida 24 horas por dia e o quarto de Elvis é todo vedado, não entra luz natural e o ar-condicionado está sempre a toda para evitar que o Rei transpire(quando estava de folga as vezes ficava dias no quarto).Elvis sempre deixa a tv ligada e diz que a tv é a sua janela e faz companhia assim ele tem a sensação que sempre tem pessoas no ambiente pois não gosta de estar sozinho.Ao acordar depois de ingerir alguns comprimidos e vitaminas o Rei da uma ligeira olhada na tv e interfona para cozinha e ao pedir seu café da manhã pergunta: - que horas são?

Pauline uma de suas empregadas responde: - quatro horas chefe

Elvis pergunta: - da manhã ou da tarde ?

Pauline

Depois de um tempo chega seu café:

fatias de bancon tostadas ,purê de batatas , ervilhas,rodelas de tomate repolho cozido tipo alemão.

Elvis mistura tudo no prato e devora as colheradas.Se seu prato esfriar é trocado por outro (no seu closet Elvis tinha um mini-refrigerador cheio de guloseimas).

Elvis come tudo com café quente e forte.Elvis toma café colocando a boca logo acima da asa da xícara.

Depois Hamburguer chega e aplica algumas injeções de substâncias estimulantes para dar mais energia ao Rei.É importante lembrar que apesar de usuário de certas substâncias era tudo legal comprado em farmácia Elvis não usava drogas ilegais como muintos pensam e até combatia essas drogas.Todos nós usamos alguma substância seja comprimido etc.. alguma vez na vida não é ? vale lembrar que Elvis tinha alguns problemas de saúde como Glaucoma.

H.James

Quando estava em casa uma das formas do Rei relaxar era ir a jungle room escutar poemas declamados pelo velho ator Charles Boyer.Seu favorito era:

"Se o coração é o lugar de onde vem o amor para onde este vai quando o coração morre? volta para o coração de onde veio ou vira lágrimas nos olhos ? "

C.Boyer

Elvis também tem enormes tv's em seu quarto algumas aos pés da cama onde ele assiste muinto o vídeo-cassete recém-lançado nos anos 70 e ele gosta de filmes de artes marciais ,a comédia britânica do Mothy Pithon, algum erotismo leve ou por exemplo Clint Eastwood en Harry o sujo.

Mais chegou a hora do Rei retornar a Las Vegas para mais uma temporada no Hilton que de uns tempos pra cá é de 15 dias e não mais 30.

Joe Esposito coordena tudo e os caras da "máfia de Memphis" seus amigos e assistentes esperam na sala.Depois de muinto atraso já tarde da noite Joe interfona e fala : -o chefe está pronto

os caras então se levantam para receber o Rei com seus óculos de aviador feitos especialmente pra ele, duas pistolas da segunda guerra mais uma deringer de dois tiros numa das botas e sua valise com suas jóias e documentos.

Elvis e a "máfia de Memphis"

Sonny West liga para o aeroporto para preparar o Lisa Marie o jato privativo de Elvis:Um convair 880 decorado ao gosto de Elvis por dentro e por fora inspirado no avião presidencial americano o força aéra um e enquanto isso Elvis despede-se de sua vó  Minnie Mae mãe do seu pai Vernon a quem ele e chamava Dodger.

o Lisa Marie

Elvis e sua vó

Depois Elvis aparece na sala e diz: -vamos rodar !!!!!!!

Elvis sai e entra na sua limousine favorita: a maior e mais luxuosa Mercedes do mundo :

Elvis está sempre acompanhado por sua namorada desde 72 Linda Thompson a ex- miss Tennesse.

Elvis e Linda

Elvis apesar de ter um médico em las vegas leva sempre consigo o Dr Nick que era seu médico pessoal e se aproveitou muinto de Elvis ganhando até uma casa do Rei ao que consta.Algumas vezes os caras encontravam uma cena chocante:Elvis semi-conciente e o Dr Nick a reanimá-lo.Apesar de todos os problemas sua voz estava incrível melhor que nunca.

Ao passar pelo portão Elvis fala com seu tio Vester chefe da segurança de Graceland.Foi ele que ensinou ao Rei os primeiros acordes de violão e ele adorava conversar com os fãs contando histórias do sobrinho famoso.

Vester irmão de Vernon

Depois de passar pelos fãs no portão o Rei segue para  aeroporto.

A bagajem do Rei é grande e ele sempre é o primeiro a subir e o último a descer do avião.

Quando está no ar voando até Vegas várias torres de controle pelo caminha mandam mensagens positivas ao Rei.

Ao chegar em Vegas Elvis entra na limousine que corre a toda para o hotel.

Hilton

O carro vai pelos fundos e o Rei entra pela porta de serviço onde vai até seu quarto no último andar na suite presidencial que ofereceria uma das mais belas vistas de Las Vegas e dos montes de Nevada , mais o Rei gosta de seu quarto todo escuro ,janelas lacradas apenas a tv ligada.O seu quarto foi devidamente preparado por seus assistentes e não pode faltar: a Blibia , o seu guia de medicamentos , revistas de karatê , seu prêmio Jaycee etc...Tudo arrumado conforme o gosto do Rei.

 

O quarto do Rei no Hilton

Devidamente instalado em seu quarto Elvis faz uma breve refeição , toma alguns comprimidos e vai dormir.Ele tem que ensaiar mais tarde mais ele está tão entediado que não tem saco especialmente de cantar por quase um mês sem folga em Vegas.

Elvis em alguns anos viajou a Las Vegas antes de começar a temporada para ensaiar novas canções e reformular os shows como aconteceu em 74 quando ele durante alguns shows começou com Big Boss Man.Mais passados alguns anos desde que retornou em 69 ele já não gostava de ensaiar e da rotina extressante das turnês.Mais ele nuca deixou de dar o seu melhor para agradar os fãs.

Elvis acordava geralmente a tarde pelas 16 horas.Depois de acordar e toda aquela rotina já no camarim para o dinner show que é o primeiro da noite quando o Rei fazia dois shows por noite Elvis, ao que dizem os membros do seu staff nos anos finais antes de se vestir colocava um corpete para diminuir a barriga e joelheiras ,enfim proteções para seu corpo suportar tamanho peso quando ele se apoiava numa perna só ou fazia movimentos de karatê.Ele cruzava os grandes corredores do hotel as veses em um carrinho elétrico enquanto ia para o Elevador etc..Um coisa que o deixava feliz era quando Priscila e Lisa Marie estavam na platéia.Agora o momento derradeiro.Já com uma de suas jumpsuits com pedras semi-preciosas do Brasil o Rei se dirige ao palco.o tema 2001  começa.....De repente a bateria toca selvagem ,vem o riff de entrada e Vegas vem abaixo quando surge a pessoa que quase todos na pletéia,gente do mundo inteiro, esperou a vida toda para ver: Elvis Presley o maior artista de todos os tempos o eterno Rei do rock 'n' roll.

Elvis Monteiro - Almost Elvis JP.

 

Elvis in Concert  a proposta de um novo olhar

 Em 1977, poucos meses antes de sua morte, Elvis teve dois shows integralmente gravados pela rede de TV americana CBS. Estes shows, nas cidades de “Omaha” e “Rapid City”, foram posteriormente editados, dando origem ao especial póstumo intitulado “Elvis in Concert”. A CBS exibiu o “Elvis in Concert” no dia 3 de outubro de 1977, das 20 às 21 horas de uma segunda-feira. No Brasil, foi transmitido no ano seguinte pela Rede Globo, exatamente no dia 16 de agosto, às 21 horas de uma quarta-feira.

Desde que o “Elvis in Concert” foi ao ar, parte da crítica internacional passou a atacar a imagem de Elvis e suas performances naquela época. No Brasil, a reação não foi diferente. No dia em que Elvis morreu, Cid Moreira, então apresentador do Jornal Nacional, noticiou o falecimento de Elvis com estas palavras: “Agora à noite, o Hospital Batista de Memphis informou que Elvis Presley foi encontrado morto... Elvis, com 42 anos, muito mais gordo e um casamento acabado, vivia sozinho em sua mansão no Presley Boulevard; e na solidão, sempre assistia ao filme que conta à história dele... Distante da glória, do palco e dos fans, ele revivia os tempos em que era o Rei do Rock and Roll”.

Essa era a imagem retratada pela impressa - um Elvis gordo, saudoso, esquecido e vivendo sozinho no absoluto ostracismo. Tratava-se de uma imagem totalmente distorcida e falseada, refletindo a animosidade e má fé de alguns setores da impressa. De fato, Elvis estava acima do peso e com a saúde comprometida. Entretanto, mantinha uma intensa agenda de shows, além de uma vendagem expressiva de discos. Seu álbum de 77 (Moddy Blue) foi certificado com o título de “disco de ouro” naquele mesmo ano; alcançando o status de “platina dupla” em 1992. Elvis continuava a ser venerado por seus fans. Admiradores de todo mundo, inclusive do Brasil, acorriam aos Estados Unidos simplesmente para vê-lo cantar. Ademais, Elvis estava reconstruindo sua vida pessoal, tanto que chegou a noivar com uma belíssima jovem americana (Ginger Alden) antes de sua morte.

Se a carreira de Elvis continuava ativa, por que havia tanta aversão dos críticos em relação a sua figura? É certo que esta hostilidade foi fortemente influenciada pelo contexto musical da época. No final da década de 70, o gênero “disco music” alcançava sua fase explosiva de popularidade. Havia uma percepção equivocada de que o “Rock and Roll” era um estilo superado, e que os cantores de Rock seriam definitivamente suplantados pela onda das discotecas. Tanto é verdade, que muitos cantores de “soul music” migraram para o gênero “disco”. Era o tempo dos “Embalos de Sábado à Noite”; tempo do brilho, das luzes saltitantes, das roupas coloridas e extravagantes. Tempo em que “Star Wars” estreava nas salas de cinema pela primeira vez. Havia uma atmosfera de modernidade, tecnologia e revolução cultural. Como a figura de Elvis estava associada às origens do Rock, os críticos mais enfurecidos passaram a admoestá-lo sistematicamente.  Sobretudo, porque Elvis era um roqueiro veterano, um Rei de 42 anos de idade, com raízes profundas na tradição do “blues” e da “country music”. Para a crítica desqualificada, é mais fácil se promover atacando quem está em evidência. “Pisar em cachorro morto” não causa repercussão.

As mudanças na aparência física de Elvis também contribuíram para acentuar esta animosidade. Nesse sentido, o especial “Elvis in Concert” favoreceu a divulgação dessas mudanças através da TV. Mas, afinal, o que se vê ao examinar estas imagens? Em resumo, vê-se um homem acima do peso, menos ágil que outrora, e sonolento em certos momentos. Porém, também se vê um intérprete de voz magistral, irrepreensível, de imponente estatura física e carisma genuíno. Elvis conservava a inigualável exuberância que o consagrou desde o princípio. Ostentava para o público um dos seus melhores trajes, adornado com o reluzente sol asteca a brilhar no peito e no dorso. O show possui momentos memoráveis, onde Elvis revela toda sua potência vocal, demonstrado que sua voz permanecia imbatível. Três canções são particularmente impressionantes pela riqueza da interpretação: “Hurt”, onde Elvis vai facilmente do grave ao agudo extremo; “Unchained Melody”, com Elvis a todo fôlego no piano; e a inspiradíssima “How Great Thou Art”.

É provável que Elvis não sofreria essas ofensas se fosse gordo desde o início. Demis Roussos, no ápice de sua carreira, já era visivelmente obeso. Contudo, sua obesidade nunca foi objeto de contestação por parte da crítica. Poderia se dizer o mesmo de B.B King, Luciano Pavarotti, Ed Motta e outros nomes da música e do cinema. E quanto à aparente sonolência manifestada por Elvis em certos momentos? Durante os seus shows, Bob Marley apresentava sinais típicos de torpor pelo uso de substâncias psicoativas. Todavia, nunca foi denegrido por esse comportamento. Ao contrário, Marley era considerado um rebelde depreendido e contestador. Qualquer observador inexperiente percebia a letargia de Amy Winehouse em decorrência do álcool e das drogas. Não obstante, Amy é referida como uma artista excêntrica, jovial e de comportamento transgressor.

O que dizer dos cantores românticos que pouco se movem no palco? Nunca se viu a imprensa retrucar a imobilidade de Julio Iglesias, de Frank Sinatra ou de Roberto Carlos, um ex-roqueiro. Não obstante, os movimentos contidos de Elvis foram duramente repreendidos, mesmo tendo um repertório majoritariamente romântico nesta época. Michael Jackson teve seu rosto desfigurado por inúmeras cirurgias plásticas, mudou do preto para o branco, e ainda foi acusado de pedofilia. No entanto, Jackson jamais teve sua imagem censurada pelas transformações físicas voluntariamente sofridas.

Fica evidente que as críticas feitas a Elvis são questionáveis e relativas. Elas têm algum fundamento quando comparam o Elvis de 77 ao Elvis de 68, por exemplo.  Porém, se o Elvis de 77 for visto com isenção, evitando-se confrontá-lo com os tempos de juventude, boa parte das acusações cai por terra. A comparação entre o Elvis maduro e o Elvis jovem desconsidera as mudanças naturais sofridas por todo artista na medida em que envelhece. Elvis estava com 42 anos. Carregava, sobre os ombros, mais de 20 anos de uma exaustiva carreira. Mesmo que gozasse de plena saúde, não poderia ser o mesmo de antes. Portanto, é necessário ver o Elvis de 77 com os olhos de 77; e não com os olhos de 53 ou de 68. Se ainda estivesse vivo, Elvis não faria aquelas proezas acrobáticas que outrora realizou no palco.

Há também aqueles que se ressentem do repertório dos últimos shows de Elvis, dizendo que era repetitivo e que pouco se modificava. Essa mesma crítica é feita às apresentações de Roberto Carlos. No entanto, qualquer artista veterano tem um show típico relativamente padronizado. Ou seja, um elenco de canções imprescindíveis que não podem faltar, sob pena de desagradar o público. Em 77, Elvis já acumulava várias destas canções que o consagrou. Este repertório formava o eixo central de sua apresentação. Ainda assim, percebe-se que Elvis acrescentava às últimas músicas de trabalho aos seus shows. Por exemplo, as canções “Hurt”, “And I Love You So” e “Unchained Melody”, todas registradas pelas câmaras da CBS. Não raro, também resgatava canções de outrem, ou canções do seu repertório poucas vezes cantada ao vivo.

Infelizmente, a EPE (Elvis Presley Enterprises) insiste em não autorizar o lançamento original dos tapes da CBS. Esta recusa reflete as duras acusações sofridas por Elvis naquela época e tempos depois. Trata-se de uma estratégia para salvaguardar a imagem de Elvis frente aos abutres da impressa marrom. A retenção dos tapes originais também pode representar uma estratégia comercial; um último coringa na manga da EPE a ser lançado no futuro a peso de ouro. Entre os fans, circulam cópias de 2ª e 3ª geração produzidas por selos piratas independentes. Por se tratarem de cópias, as imagens não têm boa qualidade. Apenas alguns fragmentos originais foram liberados oficialmente para enriquecer documentários e coletâneas. Sabemos, por estes fragmentos, que as matrizes de 1ª geração gravadas pela CBS têm excelente qualidade. As imagens são multi-câmara, permitindo a exibição em diferentes ângulos e direções. Além disso, contêm vasto material, o que inclui dois shows completos (Omaha e Rapid City), backstage com Elvis, montagem do show, tomadas externas e entrevistas com os fans. Os tapes possuem material suficiente para 3 ou 4 DVDs.

Talvez, os novos fans de Elvis não sofram o luto de sua morte, pois conheceram Elvis já morto. Este sentimento de “pesar” é experimentado pelos fans mais antigos; fans que presenciaram a sua glória e que testemunharam o seu desaparecimento prematuro. Para estes fans, os tapes da CBS possuem um significado especial. Trata-se do último registro de Elvis com qualidade de vídeo profissional. É a distância mais próxima entre Elvis e o nosso tempo; uma oportunidade ímpar de vê-lo mais uma vez. Por esta razão, admiradores de todo o mundo nutrem a esperança de que a EPE, algum dia, autorize a liberação oficial destes magníficos tapes. Viva Elvis!

22 de Outubro de 2011

Solidonio,

Colaborador do Almost Elvis JP.

 Agradeço ao amigo pelo colaboração, excelente matéria.Amigos de minha parte acho que esse especial deveria ser lançado pois se Elvis não quisesse ser visto daquele jeito não teria aceito a proposta de fazê-lo.A EPE tem que parar com a idéia de que Elvis através de imagens tem que ser até 73,74 uma besteira. Nós fãs sabemos a verdade : Elvis era infezlimente dependente de medicamentos,ficou um pouco acima do peso devido a isso e a sua alimentação e daí ? amamos Elvis assim mesmo pois antes de tudo ele era humano.Não adianta fingir que tudo isso não aconteceu não é ? abraço a todos .

Elvis Monteiro,Almost Elvis JP

Raul Seixas e Elvis Presley:

 

Todos sabem que Elvis era o grande ídolo do Raul e diante da grande admiração que tenho do cantor brasileiro fiz essa entrevista muinto boa com Silvio Passos (na foto acima) o maior especialista em Raul Seixas no Brasil fundador do Raul rock club primeiro fã club de Raul Seixas no Brasil e amigo pessoal do cantor sobre a paixão e a influência de Elvis em Raulzito:

Amigo primeiro obrigado por falar com a gente e parabéns pelo trabalho a frente do nome do Raul o qual tambem sou fã.
 
vamos lá :
 
primeiro quando Raul começou a descubrir e virou fã do Elvis incluive fundando o primeiro fã clube conhecido do Elvis no Brasil ?

 Foi logo na segunda metade da década de 1950, com amigos do Consulado Americano em Salvador/BA

Em 74 o Raul foi exilado e foi algumas vezes durante a sua vida aos EUA ,quando foi que Raul foi a casa de elvis Graceland ?

        Raul esteve na casa de Elvis em 1974.

 
O Raul morreu em agosto como o Elvis, é verdade aquela história que encontraram junto ao seu corpo uma foto do Elvis ?

 Raul estava deitado (morto) em sua cama e nos criados-mudos (um de cada lado da cama) havia um porta-retratos com a foto de Elvis num e o logotipo do Raul Rock Club noutro.

 
Quais músicas o Raul compôs insparado no seu ídolo ?

 De certa forma, muitas das músicas de Raul tem alguma inspiração em Elvis e muitos outros de seus ídolos. Descreve-las aqui seria fastidioso por demais.

 
o Raul sengundo eu li  preferia o estilo e a imagem de Presley dos anos 50 mais no repertório da sua primeira banda the panters ele cantava tambem "no more" "kiss me quick" e outras do repertório de Elvis dos anos 60 não é ? de quando é aquela gravção informal de cant help faling love ?

 Sim, Raul preferia o Elvis preto branco, antes de virar produto de consumo. Mas também gostava de algumas outras fases posteriores. A gravação de cant help faling love é de 1977/78.

 
o Raul era o profundo conhecedor da obra musical do Elvis não ? inclusive gravou muisicas que só os fãs mesmo de Elvis conhecem como a versão ao vivo de barefoot ballad que fazia parte da trilha sonora do filme kissin cousin de 64 não é mesmo ?

Ñ sou profundo conhecedor de Elvis, então não sei responder com precisão essa sua questão.

 
e fale um pouco da genialide do Raul de perceber a semelhança musical enfim o mesmo feeling em Elvis , Luiz Gonzaga, Carl Perkins, Genival Lacerda....

 Raul era uma pessoa antenada com seu tempo e sabia reconhecer coisas que a maioria desconhecia.

 
o Raul era um grande coiecionador de discos e artigos relacionados ao Elvis ? ele tinha todos os discos ?o que vc distacaria entre itens Elvísticos que o Raul colecionava e fale tambem sobre a famosa carta que o Raul recebeu do cel.Tom Parker empresário do Rei

Resp: Sim, Raul tinha muitas coisas de Elvis (discos, livros, revistas, filmes...). A carta está em meu acervo pessoal. Trata-se de uma carta padrão com PS manuscrito do Cel. Tom Parker dizendo que Elvis desejava sucesso ao Raulzito e sua banda e que havia gostado da foto deles que Raul havia enviado.

 
para finalizar o Raul quando foi aos eua nos anos 70 não teve a oportunidade nem a chance e o desejo de ver um show do Elvis ou algum contato?

 Elvis estava em tour e Raul, certamente, deve ter tido desejo de ve-lo e/ou contacta-lo. Porqe não o fez, isso não se sabe.

agradeço ao Silvio pelas informações e aqui vai algumas imagens de Raulzito nosso grande gênio:

 

    

Silvio com Raul

Raul no Festival da Canção defendendo let me sing

ao estilo de Elvis no "comeback especial"

Carteirinha de Raul do Elvis rock club de Salvador-BA .

Raul foi um dos fundadores do primeiro fã clube de que se tem noticia do Rei

no Brasil fundado nos anos 50.

 

 

 

Logo do Raul rock club

 

Elvis Monteiro

 

Matéria escrita pelo amigo Solidônio sobre feelings :

Um dos temas mais controvertidos na discografia de Elvis é a canção “Feelings” do compositor brasileiro Morris Albert. “Feelings” é considerada a composição de um brasileiro mais conhecida no mundo. A despeito do enorme sucesso, “Feelings” foi considerada plágio da música francesa “Pour Toi” pela suprema corte da Califórnia em 1988. Em inglês, foi originalmente lançada por Morris Albert em compacto simples (single) no ano de 1974; e relançada em LP em 1975. A canção foi tema da novela “Corrida de Ouro” da Rede Globo, obtendo enorme êxito e exaustivas regravações por diversos artistas do mundo.

Após a morte de Elvis, muitos pesquisadores de sua obra têm levantado a hipótese de que “Feelings” teria sido gravada por Elvis em 1976, permanecendo como “gema rara” ainda não lançada. Duas questões importantes emergem dessa surpreendente possibilidade: será que “Feelings” foi realmente cantada por Elvis na memorável “Jungle Session” de 1976? Se realmente foi, terá sido registrada em bobinas fonográficas ou mesmo em K7? A resposta à primeira questão é seguramente “Sim”. Várias fontes documentais e testemunhais atestam que “Feelings” foi ensaiada, não apenas uma, mas várias vezes por Elvis naquela ocasião. Os ensaios ocorreram, especificamente, na sessão de 8 de fevereiro de 1976, que foi iniciada na madrugada de um domingo (zero hora), e encerrada aproximadamente às sete horas da manhã. Essa informação é dada por Joseph Tunzi, profundo conhecedor da discografia de Elvis, e autor do livro “Elvis Sessions III”.

Em entrevista publicada no site “The Kings Court Forum”, Kate Westmoreland, “backing vocal” de Elvis,  confirma que “Feelings” foi efetivamente ensaiada. Estavam presentes à sessão, o produtor Felton Jarvis, engenheiros de som, Os Stamps, JD Summer e demais membros da banda. Considerando que “Feelings” foi indubitavelmente cantada por Elvis, resta indagar se foi gravada de alguma maneira. Sobre essa última questão, não há resposta segura, ainda que a gravação de “Feelings” seja uma possibilidade bastante concreta. Mas, se “Feelings” foi várias vezes ensaiada, por que não foi oficialmente lançada? Segundo os críticos, a explicação mais aceita é a de que Elvis, mesmo após muitas tentativas, não se satisfez com o resultado final. Portanto, nenhum “take” oficial poderia existir. Entretanto, sabemos que muitos ensaios de Elvis (rehearsals) foram gravados e posteriormente lançados pela RCA a peso de ouro. Nesta entrevista com Kate Westmoreland, a mesma assegura que “Feelings” foi realmente gravada naquela “Jungle Session”, em Graceland. Quando indagada pelo entrevistador, Kathy responde textualmente: “Feelings, estou certa de que Ele gravou! Felton manteve o tape rodando durante todo o tempo, havendo muitas partes que poderiam ser usadas”.

Mesmo que o ensaio de “Feelings” não tenha sido registrado em bobinas de áudio, ainda há a possibilidade de que tenha sido gravado em microcassete. Essa hipótese é discutida na entrevista realizada com Joseph Tunzi, e que está publicada no “site” Elvis Brasil (www.elvisbrasil.com.br). Tunzi admite que “Feelings” pode estar contida nos microcassetes de David Briggs (pianista de Elvis), sendo bastante provável que não tenha sido gravada de maneira profissional. De fato, é razoável admitir que, se esse tape existisse nos arquivos da gravadora, já teria sido lançado. Alguns analistas defendem que “Feelings” poderia ter sido gravada e posteriormente apagada, assim como sucedeu com a canção “América, The Beautiful”. Segundo Ernst Jorgensen, criador do selo FTD, alguns colecionadores detêm raridades capazes de deixar qualquer fã de queixo caído. Talvez, “Feelings” seja uma dessas gemas secretas de ouro puro. É tão valiosa quanto  “Blowing in The Wind”, lançada oficialmente em 1997, vinte anos após o desaparecimento do Rei.

Algumas páginas da “Web” sugerem que um “take” não finalizado de “Feelings” já circula informalmente entre os fans. Contudo, se algum “take” informal estivesse em circulação, sua difusão seria tão sigilosa que passaria desapercebida pelos colecionadores mais experientes. Essa hipótese parece-nos altamente improvável, sobretudo em tempos de Internet, onde a transmissão de arquivos é generalizada e instantânea. Além disso, nenhuma fonte confiável ou “site” especializado confirma a circulação deste “take”.

Quando esteve no Brasil, Morris Albert declarou que foi procurado pela BMG a fim de negociar o lançamento de “Feelings” na voz de Elvis. Esta declaração foi veiculada em diversos órgãos da imprensa, aguçando ainda mais a expectativa dos fans. Todavia, nenhum lançamento ocorreu após todos esses anos. Os críticos afirmam que essa declaração foi uma estratégia de autopromoção. Contudo, deve-se convir que Morris Albert não necessitaria desta afirmação para promover a canção, uma fez que “Feelings” é uma composição definitiva e consagrada em todo mundo. Se a proposta da BMG realmente ocorreu, é possível que as partes envolvidas não tenham chegado a um consenso quanto aos direitos autorais. Pode-se imaginar o altíssimo valor comercial desta transação e a repercussão que tal lançamento teria.

Outro dado interessante é que Orion Jimmy Ellis, reputado “cover” de Elvis, gravou “Feelings”, além de outras canções polêmicas do Rei.  Na voz de Jimmy Ellis, “Feelings” pode ser encontrada na coletânea tripla “Who Was That Masket Man”, atualmente disponível no mercado internacional. Dos imitadores de Elvis, Jimmy Ellis é considerado um dos melhores, senão o melhor “cover” de todos os tempos. É impressionante a capacidade de Jimmy Ellis adaptar músicas, dos mais diversos gêneros, à maneira “Elvis” de interpretar. De fato, Jimmy Ellis foi aquele que melhor captou a musicalidade do Rei, tanto em estilo, como em semelhança vocal.  No site do YouTube, essa interpretação de “Feelings” foi postada por um fã anônimo com o título sugestivo de “Elvis-Resurrection – Feelings” (http://www.youtube.com/watch?v=s4a9vzRpXkQ).

Atualmente, nossa imaginação é instigada por aquilo que seria “Feelings”, se Elvis a tivesse concluído com êxito. Teria sido ela lançada no álbum “From Elvis Presley Boulevard, Memphis, Tennessee”? Assim como foi “Solitare” de Neil Sedaka? Ou seria parte do repertório remanescente lançado no álbum “Moddy Blue”? Elvis ainda poderia tê-la gravado ao vivo, caso não tivesse partido tão prematuramente. Ou, simplesmente, teríamos uma gravação definitiva numa futura “Jungle Session” em 1978. Entre os fans, permanece a aura de mistério em torno de “Feelings”. É fascinante a possibilidade de que “Feelings” possa ter sobrevivido até a presente data, mesmo que informalmente em microcassete; a possibilidade de que esse arquivo magnífico seja finalmente revelado para o grande público na voz magistral de Elvis.

 

Solidonio, 29 de Março de 2011.

Colaborador do “Almost Elvis JP Fã Club”.

 Mais sobre feelings :

Um dos temas sobre Elvis que vem sendo mais discutidos no mundo recentemente é se existe o take de Elvis cantando feelings música do brasileiro Morris Albert.O que se sabe de fato é que Elvis teria ensaiado a canção e pretendia gravá-la durante as seções da jungle room em 76 que dariam origem aos albums moody blue e o from Elvis Presley boulevard Memphis Tennesse.

Existem fatos :

Elvis teria ensaiado a canção e não teria gostado do resultado e talvez pretendesse trabalhar mais nela e o take do ensaio teria sido perdido, como o take de America do qual só restam partes.Segundo Kathy Westmoreland o take ainda pode existir pois ela fala que Elvis com certeza queria gravar feelings uma das músicas mais bela e conhecidas no mundo.E feita por um brasileiro!!

E conversando com um amigo fan'elvis ele afirma que viu um entrevista de Morris Albert na qual ele fala que foi contactado pela rca-bmg que queria permissão para lançar a música.

Aguardemos....

Elvis Monteio,Almost Elvis JP.

Elvis era assim era assim (that´s the way it is ) 40 anos :

  Em 1970 Elvis gravou o filme that´s the way it is (Elvis era assim no Brasil ) um documentário que mostrava os ensaios e temporada de agosto de Elvis no hotel Internacional de Las Vegas.

O filme foi lançado pela MGM e foi sucesso mundial tendo sua trilha sonora sendo lançada pela RCA com gravações dos shows ao vivo e canções de estúdio.

O filme ainda traz trechos da primeira turnê de Elvis pelos Estados Unidos em muintos anos.Elvis está com ótima forma , de muinto bom humor e o repertório dos shows tem "hits" como "suspicious minds" , "in the gueto" e Elvis canta músicas de muintos outros artistas como "words" do grupo Bee Gees.Vale a pena conferir esse filme dirigido por Dennis Sanders e vale lembrar que ele já foi lançado várias vezes em dvd diferentemente do Elvis on tour.

                 

                Elvis Monteiro Almost Elvis JP

         

             Pôster do filme :

      

  

        LP:

                 

 

     Elvis That's The Way It Is Trailer

    Trailer :

     http://www.youtube.com/watch?v=D9a0wqN_2K8

 

 

Elvis 75 anos

 

 

No dia 8 de janeiro Elvis faria 75 anos.Será uma data memoravél.Elvis para mim não era um Deus , era um ser humano que tinha um talento recebido de Deus e era imperssionante a sua voz.Amigos não se esqueçam que ele não era perfeito , era humano como todos nós e as vezes cometia erros que lhe custaram a vida , mais mesmo doente ele raramente cancelava apresentações e subia ao palco as vezes sentindo até fortes dores.Ele deu tudo de si para nos agradar.Mais tirando essa faze de sua vida devemos lembrar de seus bom momentos , das pessoas que ele ajudava ........Ele sempre estará vivo nos nossos corações e eu me emociono muinto com suas canções , sonho ao ver seus filmes e vibro com seus shows........Parece ao olhos de quem não o ama que somos fanáticos mais é melhor colecionar Elvis do que usar drogas, beber etc....enfim o que quero é deixar a mensagem que Elvis nunca será esquecido e eu espero que todos possam realizar o sonho que ainda não realiazei de ir a Graceland e um dia vamos todos nos encontrar com ele num lindo lugar junto de Deus ,  do Senhor Jesus e Maria nossa amada Mãe a quem Elvis mesmo sendo criado com raízes protestantes sempre amou e gravou até a música "miracle rusariuns " .Amigos nesse 8 de janeiro não importa qual seja nossa crença rezemos todos uma oração pela alma do nosso  amado Elvis e de sua famila.Deus seja louvado e abençoe todos vocês .

                            Valeu Elvis nós te amamos!!!!!!!!!!!

                           

                       Elvis Monteiro  Almost Elvis jp

 

 

Elvis canções vetadas :

Amigos como sabemos Elvis gravou muintas canções bonitas e muintas de suas preferidas especilamente canções gospel.Mas havia muintas canções que o rei não gravou e gostaria de ter gravado como will always love you de Hitney Houston e muintas outras .O que acontece é mais uma vez a mão de ferro do coronel : Elvis teria que receber 50 % dos lucros destinados aos compositores senão nada feito!!!!!!! ou seja é o velho pensamento do coronel : se eles querem colocar Elvis na capa de auguma revista eles terão de pagar pois não são eles que estão ajudando Elvis a ter publicidade, Elvis é que está ajudando-os a vender revistas !!!!! Por isso infelizmente Elvis perdeu a chance de gravar muintas cações bonitas !!!!!!

                         Elvis Monteiro Almost Elvis JP

 

 Entrevista com Ginger Alden publicada no site Elvis World : 

Há cinco anos atrás, Ginger Alden concedeu uma das poucas entrevistas que deu desde 1977. Ela e sua irmã, Rosemary Alden, conversaram com Andren Hearn, da revista inglesa Essentia el Elvis. A entrevista continua atual, sendo assim, trazemos para você na íntegra



AH: Posso começar pedindo a vocês duas de como foi a primeira visita à Gracelande e como se encontraram com Elvis?

GA: Me encontrei com Elvis pela primeira vez quando tinha cinco anos de idade. Minha irmã falará melhor sobre isso. Então, pulo para a noite de 19 de novembro de 1976. George Klein telefonou para minha irmã Terry, a então Miss Tennessee, perguntando se ela gostaria de se encontrar com Elvis.

Minha irmã tinha namorado na época, mas pensou que seria ótimo conhecer Graceland e se encontrar com Elvis. Ela disse sim, mas sentiu-se constrangida em ir sozinha. Minha irmã Rosemary sugeriu que ela e eu fossemos juntas, dizendo que eles poderiam a qualquer momento nos pedir para sair.

Chegamos a Graceland, fomos escoltadas escada acima e entramos no quarto de sua filha Lisa. Sei que isso soa engraçado, mas quando Elvis entrou no quarto, eu pensei que as trombetas iriam soar. Ele parecia tão gentil. Rapidamente sentou-se numa cadeira e começou a falar com cada uma de nós. Foi maravilhoso, pois nos levou depois para conhecer melhor a mansão, cantou para nós e leu em voz alta alguns trechos de seus livros sobre religião.

 

RA: Tínhamos nos encontrado inicialmente com Elvis alguns anos antes, quando nosso pai era um Oficial de Relações Públicas do Exército em Memphis (nós até tínhamos várias fotos de nosso pai com Elvis pouco depois de Elvis  ter  sido  alistado).  Quando   Elvis voltou da Alemanha e não estava de serviço, nossa família foi convidada por um tio de Elvis, a se juntar a Elvis e um grupo a uma feira local. Eu tinha 12 anos na época e Ginger 5. Elvis se lembrou de nosso pai e se dirigiu a ele e a nós. Ele foi muito agradável e cordial. Elvis apertou a mão de cada um de nós e deu palmadinhas na cabeça de Ginger. Nunca sonhamos que nossos caminhos se cruzariam novamente ou que em 15 anos, Ginger se comprometeria com Elvis.

 

AH: Ginger, depois de poucos dias de tê-la encontrado, Elvis parecia estar em constante bom humor, especialmente no palco. Um dos melhores shows ao vivo de Elvis, definitivamente foi o do ano novo em 31 de dezembro de 1976 em Pittsburgh. Por favor, descreva suas recordações daquela noite.

GA: Fui a quase todos os shows de Elvis após encontrá-lo, e acho que sua voz estava na melhor forma durante os últimos anos de sua vida. Era sempre ótimo vê-lo atuando em seu auge e se divertindo, como no show em Pittsburgh. Como qualquer show, alguns eram melhores do que outros, por problemas de som ou por apenas estar cansado. Sei que Elvis sempre tentava dar 100% para seus fãs. Ele ficava sempre muito feliz quando Lisa podia ir aos seus shows. Eu sempre me sentava numa cadeira próxima do palco e, durante aquele show em particular, lembro-me de levantar Lisa para que ela pudesse ter uma visão melhor  do show de seu pai.

 

AH: Rosemary, existem alguns shows específicos que ficaram gravados em sua memória?

RA: Diversos shows. Em primeiro os shows em Las Vegas em que Elvis teve nossa família inteira voando para assistir.  Que performances fabulosas Elvis deu! Ginger já estivera em Vegas com Elvis quando ele estava apresentando dois shows por noite durante duas semanas. Houve também um grande show no qual Elvis chamou minha irmã Terry para subir no palco e tocou um clássico. Não consigo me lembrar exatamente em qual cidade estávamos, mas durante o show, eu precisei ir ao banheiro e perguntei a Ginger se ela poderia ir comigo. Ela disse que sim, mas tínhamos que voltar rápido, antes que Elvis começasse a apresentação de sua banda, porque ele costumava apresentar Ginger e nossa família também. Quando estávamos voltando, a porta que ligava ao palco travou e não conseguíamos voltar... tudo o que eu podia pensar era, o que Elvis vai pensar quando começar a nos apresentar e não estivermos lá? Finalmente abrimos a porta, e na hora certa da apresentação. Mais tarde naquela noite, eu contei pra Elvis o que acontecera e ele achou divertidíssimo. Adorávamos seu senso de humor...



 

AH: Elvis fez a proposta de casamento no dia 26 de janeiro de 1977 em Graceland. Ginger, você pode compartilhar as lembranças do que aconteceu naquele dia?

GA: Quando o dia 26 de janeiro chegou, eu me sentia como se conhecesse Elvis por muito mais tempo do que uns poucos meses. Nosso relacionamento tinha sido muito intenso, como se ele quisesse que eu soubesse quase tudo sobre ele num curto período de tempo. Eu sabia que tinha me apaixonado e não conseguia imaginar não estando com ele. Seu primo Billy tinha me contado como Elvis voltada das corridas de motocicletas, caía na cama e dizia: “Tem que existir alguém lá fora para mim”. Nós tínhamos estado juntos por um breve período, mas eu sentia que tinha encontrado minha alma gêmea. Havia um bocado de atividade acontecendo naquele dia em Graceland, e tinha a ver comigo, recebendo minha aliança de noivado. Fui chamada ao seu banheiro, onde Elvis disse muitas coisas bonitas, terminando sua proposta com: “Eu nunca imaginei que encontrasse no meu próprio quintal. Estou lhe pedindo, quer se casar comigo?”. Fiquei muito feliz quando ele me presenteou com uma caixa de veludo verde, abriu-a e colocou um anel de diamante muito grande e belo no meu dedo. Minha mão estava tremendo quando nos beijamos e saímos do banheiro para seu quarto. Minha mão ainda estava trêmula quando ele a levantou e olhou para o anel dizendo, “oh querida...”. Fomos parabenizados pelos seus irmãos adotivos e Charlie Hogde, que nos deu um joguinho de gamão como presente de última hora.

 

RA: Sei que estávamos muito felizes pelos dois depois que Ginger chegou em casa e nos mostrou seu belo anel de noivado de 11 quilates, o qual mais tarde descobrimos ter sido especialmente feito de seu anel TCB, que ele sempre usava no palco. Lembro-me de pensar que agora Elvis não se sentiria mais sozinho e teria uma família novamente.

 

AH: Você ainda tem seu anel de noivado Ginger?

GA: Sim, tenho.

 

AH: Você pode me contar um pouco mais sobre a viagem ao Havaí em março  de  1977?  As   fotografias   da época indicam que Elvis estava de excelente humor (jogando futebol, relaxando na praia e geralmente se divertindo). Vocês estavam todos lá não?

GA: Meus momentos com Elvis foram muito especiais e as férias no Havaí foram muito divertidas. Elvis sabia que eu nunca estivera no Havaí e queria levar minha família inteira. Partimos no aniversário de minha irmã Terry, que foi em 3 de março. Ele estava com uma ótima disposição, apesar do fato de ter mencionado de a maioria de seu grupo ter pedido para ir junto. Minhas irmãs e eu ficamos com Elvis no fundo do Lisa Marie durante o vôo, enquanto ele brincava, ria e cantava. A viagem foi muito bonita, mas infelizmente encurtada   quando  Elvis  irritou  um  de seus olhos e tivemos que retornar a Memphis. Eu fiquei em Graceland e apliquei creme ocular por alguns dias, e pude ajudá-lo a ficar preparado para sua próxima turnê. Senti que ele genuinamente se divertiu nessa viagem e foi por demais maravilhoso vê-lo relaxar, sair para um shopping center e cantar. Nunca esqueci a emoção daquelas férias.

 

RA: Sim, Elvis queria levar nossa família inteira, mas eles não podiam sair de seus empregos, e então Terry e eu fomos juntas com Ginger. Nos divertimos muito no Havaí vendo Elvis relaxar e tomar um pouco de sol.

 

AH: Além das férias no Havaí, poderiam  me contar sobre quaisquer outras viagens que fizeram com Elvis? Sabemos do funeral do seu avô em janeiro de 1977.

GA: Quando meu avô faleceu, Elvis ficou muito consternado e foi realmente maravilhoso. Obviamente, eu quis ir ao funeral de meu avô, mas não queria deixar Elvis. Ele foi muito doce ao perguntar se podia me acompanhar ao funeral, e eu respondi que sim. Ele transportou minha família de avião para Harrison, Arkansas, onde guiamos por vinte milhas até Jasper, para os serviços que se realizavam num pequena igreja. Deixamos Jasper e voamos de volta a Memphis.

 

RA: Elvis passou a noite em nossa casa. Isso foi algo que ele nos disse que nunca tinha feito em seus últimos anos. Elvis decidiu passar a noite depois de levar Ginger e eu de Graceland. No começo de seu relacionamento, Elvis tinha pedido para Ginger se mudar para Graceland, o que ela recusou, explicando que não era seu estilo e de seus pais. Elvis disse que a respeitava a ela e nossos pais por isso. Ele também falou que sua mãe teria adorado sua moral e valores. Nós realmente gostamos de ter Elvis como hóspede, ele era sempre muito divertido. Chegou até mencionar que pretendia ir até a Inglaterra com Ginger após o casamento.

 

AH:Quais foram alguns dos assuntos dos quais você lembra de Elvis conversando em sua presença, seja em Graceland ou qualquer outro lugar? Ele falava sobre seu passado, sua mãe, sobre crescer em Memphis ou Tupelo?

GA: Elvis adorava seus pais e falou comigo sobre sua mãe em diferentes ocasiões. Sei que ele realmente sentia a falta dela enormemente.  Ele queria me mostrar onde tinha nascido e diferentes  lugares  do  seu  passado,  e então nós com freqüência saíamos na sua moto para rodar a cidade e Tupelo.

 

AH: Elvis com freqüência passava diversos dias seguidos recluso em seu quarto. Ele chegou a explicar-lhe por que fazia isso?

GA: Quando eu visitava Graceland, nós ficávamos bastante no andar superior da mansão. Atribuo ao fato de que sempre parecia haver muitas pessoas no térreo. Ele sempre me perguntava quem estava no térreo, o qual era costumeiramente um dos empregados com suas namoradas ou amigos e ele dizia que não queria descer então. Após uma turnê, se ele tivesse de pijamas ou sem se barbear, não se sentia confortável descendo no térreo, onde alguém poderia estar por lá sem ele saber.

 

AH: Elvis chegou a discutir com vocês o livro de Red e Sonny West, “Elvis, What Happened?”, que seria lançado em breve. Existe um rumor de que ele teria lido um transcrito da pré-publicação.

GA: Fiquei espantada e entristecida ao longo dos anos pelos numerosos artigos e livros escritos por alguns que mudaram de idéia não só sobre ele como de si próprios também. Tantas mentiras. Nunca soube de Elvis lendo um transcrito da pré-publicação, mas alguém em seu grupo lhe informou. Ele estava magoado e furioso por terem lhe virado as costas e feito algo assim.

 

RA: Me lembro que Elvis estava extremamente aborrecido de que o livro estivesse sendo lançado e que os autores fizessem algo assim com ele, pois ele dissera ter feito tanto por eles e suas famílias no passado.

 

AH: Quais são os verdadeiros fatos por trás da perseguição de sua mãe ao  Espólio  Presley  por  uma piscina após a morte de Elvis?

GA: Eis os fatos a respeito do processo de minha mãe. Elvis tinha me falado que gostaria que minha família ficasse mais perto de Graceland e não tivesse que dirigir para tão longe. Elvis se preocupava muito com os meus pais, pois soubera que tiveram problemas conjugais no passado. Ele até conversou com eles sobre seus problemas, mas uma separação e divórcio pareciam ser a única resposta naquela época.

Quando ele muito generosamente ofereceu-se para comprar uma nova casa para minha mãe, ele agiu como se não fosse nada fora do comum fazer isso. Enquanto estávamos em turnê, ele com freqüência trazia o assunto da procura da casa e me perguntava se minha mãe estava procurando por uma. Eu respondia “não” porque sabia que ela não se sentiria confortável indo morar sozinha e, desde que este presente era tão generoso, ela não sabia que tipo de casa devia procurar.

Mas Elvis estava disposto a comprar a casa, e chegou ele mesmo ir atrás de algumas, mas ele não ficou feliz com as casas que viu, pois dizia constantemente que não havia lugar para uma piscina ou que a casa precisava de uma piscina. Finalmente falei com minha mãe e compreendi que ela estava contente na casa em que nós já estávamos morando. Mencionei isso a Elvis e ele imediatamente ligou para falar para ela que ele queria pagar-lhe uma casa e que ela não teria o aborrecimento de uma hipoteca sobre sua cabeça em sua velhice.

Ele estava genuinamente empolgado enquanto lhe pedia para trazer seu carnê de pagamentos e papéis relevantes para Graceland. No dia seguinte, minha mãe chegou em Graceland, gentilmente agradeceu a Elvis e entregou todos os papéis necessários a seu pai. Vernon lhe  falou que estava tratando tudo com seu advogado, o qual se encarregaria de tudo. Naquele momento, Elvis se adiantou e informou minha mãe que, não só gostaria de pagar por sua casa, como também gostaria de ter um pouco de jardim e uma piscina instalada. Mais uma vez minha mãe disse a Elvis o quanto apreciava seus maravilhosos presentes. Elvis prosseguiu com seus planos.  Duas grandes árvores foram colocadas na parte frontal, e um contrato foi feito para instalar a piscina.

Elvis foi para nossa casa, de ótimo humor, em 6 de agosto de 1977. Ele olhou as árvores e mais uma vez, nos disse que agora precisávamos de uma piscina.

Dez dias depois, Elvis faleceu e minha mãe saiu de seu trabalho para ficar em casa comigo naquela hora tão triste e difícil. A piscina foi também instalada pouco depois. Minha mãe logo recebeu uma carta da companhia hipotecária informando-lhe estar três meses atrasada nos pagamentos da casa. Desnecessário dizer, ela ficou absolutamente chocada. Disse para minha mãe ligar para o advogado do espólio, que tinha toda a documentação, o que ela fez. O advogado enviou uma carta para minha mãe, a qual ela ainda tem, em que afirma claramente: “Estivesse Elvis vivo, não haveria problema em proceder com o presente que ele tencionava fazer para você, ou seja, o pagamento do saldo devedor de sua casa. Porém, o único instrumento que dá ao Sr. Vernon autoridade para agir é o desejo de Elvis. Em virtude de não haver contrato executado, Vernon não tem autoridade para completar o presente que Elvis pretendia fazer, e ele está sem autoridade subordinada ao testamento ou a legislação do Tennessee para fazer isso”.

Era óbvio para nós que o Espólio estava tentando   estancar   toda   a    fuga   de dinheiro após a morte de Elvis. Chocada e compreendendo que tinha que largar seu emprego, minha mãe sentiu que não tinha escolha além de abrir um processo contra o Espólio, para assegurar de que as conhecidas promessas e intenções de Elvis fossem plenamente realizadas.

Mais tarde, descobrimos que os pais da ex-namorada de Elvis, também tinham sido solicitados a deixar a casa na qual residiam, por que ainda eram de propriedade do espólio.Quando o caso foi para a Corte do Condado de Shelby, nós perdemos em virtude de não haver contrato redigido dos desejos de Elvis, apenas um acordo verbal. Nosso advogado levou o caso para a Corte de Apelos    do   Tennessee,    onde     eles

reverteram a decisão unanimamente, e o Espólio foi ordenado a proceder com os desejos de Elvis e pagar a hipoteca de nossa casa. O Espólio teve um bocado de outros processos na época, e levou o caso para a Suprema Corte, onde perdemos novamente em virtude de haver somente um acordo verbal e nenhum contrato assinado.

 

RA: A verdade a respeito do processo de nossa mãe, não tinha nada a ver com a piscina. A verdade da questão é que Elvis queria mudar nossa família para mais perto de Graceland e, por conseguinte, queria comprar uma casa para nós. Elvis era conhecido por comprar casas e carros para literais estranhos,  então  seu  gosto  e desejos não eram em nada fora do comum, especialmente para a família de sua noiva. Após a morte de Elvis, seus desejos não foram sendo honrados por seu Espólio, o que ocasionou privações para minha mãe, em virtude dela ter deixado seu trabalho e ter dependido dos desejos verbais de Elvis. Elvis teria querido que nossa mãe entrasse com a ação, pois isso é algo que ele definitivamente queria fazer.

Elvis foi para o túmulo achando que isso tinha sido feito. Em virtude da carta que obtivemos, nossa mãe venceu unanimamente na Corte de Apelos. Infelizmente, ao longo dos anos, os fãs não conheceram os fatos relacionados a este caso.

Por não conhecer ou compreender nossos sentimentos feridos, muitas estórias maldosas e mentiras circularam por anos a respeito dessa questão. Sabíamos que os fãs não entenderiam este processo quando foi aberto, mas foi algo que Elvis teria querido que nós fizéssemos. Colocando simplesmente: foi meramente para honrar os desejos de Elvis.

 

AH: Agora que as necessárias, porém desconfortáveis questões estão fora do caminho, podemos finalizar perguntando a cada uma de vocês, qual foi o seu momento mais precioso com Elvis? Talvez algo especial que ele disse ou fez...

 

GA: O momento em que Elvis colocou meu anel de noivado em meu dedo tem lugar especial em meu coração. Também estimo o fato de que fui parte de sua vida e testemunha em primeira-mão do divertido, sensível e adorável homem que ele foi. Quando Elvis e eu discutimos nossos planos de casamento e marcamos a data do casamento para 25 de dezembro de 1977, lembro-me de pensar de como foi apropriado termos voltado  para  o  quarto  de Lisa, onde  o tinha encontrado da primeira vez. Era bem manhãzinha de 16 de agosto e sempre senti que foi o jeito de Deus nos dizer, mais uma vez, como Elvis verdadeiramente se sentia antes de Deus levá-lo, e para que eu fosse grata para sempre.

 

RA: Meu momento mais precioso com Elvis ocorreu quando ele contou a nossa família que ía se casar com Ginger, como ela o fez feliz e quanto ele nos amava como família enquanto colocava nossas gargantilhas TLC nos pescoços de cada uma. Lembro-me de Elvis dizendo como estava feliz. Sempre guardei aqueles momentos em meu coração.

 

AH: E como vocês duas acham que Elvis Presley deveria ser lembrado?

 

GA: Acho que Elvis deveria ser lembrado com grande respeito por sua paixão e originalidade no campo musical. Sua habilidade para “ser ele mesmo” em filmes que parecia vir sem esforços para alguém que certa vez me contou que, como ator, a parte mais difícil era ser natural para a câmera. Ele foi uma pessoa que promoveu várias mudanças em sua vida, que amou e apreciou seus fãs e queria ser lembrado por trazer um sorriso para seus rostos e alegria para suas vidas.

 

RA: Elvis devia ser lembrado como a verdadeiramente bela pessoa que foi em sua bondade e amabilidade. Sua alma tocou nossos corações. Ele também deveria ser lembrado por ser o maior artista de nossa época. Ele foi verdadeiramente único e adorava demais os seus fãs...
    

   A sensacional volta aos palcos de Elvis em 69 :

              por Elvis Monteiro Almost Elvis fan club :

A sensacional  volta de Elvis aos palcos aconteceu em Las Vegas 1969 no recem construído hotel internacional :

 

 

Elvis não fazia muintos shows desde 57 tendo feito poucas apresentações no inicío dos anos 60 e os show gravados em  Burbank 68 para o especial de tv da nbc.Durante o Especial Elvis e o coronel começaram a preparar sua volta aos palcos.Elvis estava cansado de fazer filmes que não gostava cantando canções que para ele na maioria eram ruins.Como aparece no filme Elvis o Inicío de uma lenda da cbs Elvis desejava fazer uma turnê mundial ao lado de seus antigos músicos Scotty Moore e DJ Fontana mais como sempre a mão de ferro do coronel pesou sobre ele e depois de Elvis quase demitir Parker foi informado por  ele que voltaria aos palcos em Las Vegas.Elvis foi conferir a construção do hotel e assinar os contratos.Ele estava muinto nevorso antes da estréia  e para voltar aos shows Elvis reuniu uma banda de peso que continha nomes consagrados como  James Burton guitarrista que antes tocava para Ricky Nelson.Para a noite de estréia foi convidado o mundo dos astros como artistas de cinema ,músicos etc..O nervosismo maior de Elvis é por causa de seus primeiros shows em Vegas nos anos 50 : foram um fracasso total suas aparições no  hotel frontier onde a platéia era apenas de "curiosos " que não vibravam com seus requebrados como seu público juvenil e o contrato foi cancelado.Mais a volta em 69 foi triunfal com elvis usando as jumpsuits criadas por Bill Bellew e um repertório de canções fantásticas como : suspicious minds , in the guetto e outras .A partir de 69 foram centenas de shows em Vegas admirados pelos fãs considerados pela crítica verdadeiros "porres" mais para mim íncriveis.

Fotos :

                          

 

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